julho 2020 | Sextante
É preciso falar sobre as nossas dores
AUTOAJUDA

É preciso falar sobre as nossas dores

Em seu novo livro, A vida perfeita não existe, Daiana Garbin propõe uma conversa franca sobre as dores que a gente não gosta de tocar nem de olhar. Chegou a hora de encará-las de frente!

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Em seu novo livro, A vida perfeita não existe, Daiana Garbin propõe uma conversa franca sobre as dores que a gente não gosta de tocar nem de olhar. Chegou a hora de encará-las de frente!

Em 2017, a jornalista e escritora Daiana Garbin surpreendeu muita gente ao falar publicamente em seu primeiro livro, Fazendo as pazes com o corpo, sobre a obsessão com o corpo e sobre os distúrbios físicos e emocionais com os quais conviveu durante anos. Daiana, hoje, entende com clareza que sua dor não era resultado de uma vaidade excessiva, mas, sim, uma doença, causada por um eterno sentimento de inadequação.

Agora, a jornalista lança sua segunda obra, A vida perfeita não existe,e dá continuidade a um trabalho que começou há mais de quatro anos, quando deu início ao seu processo de cura e pôde, enfim, falar abertamente sobre as feridas profundas que a impediam de ser feliz.

Neste novo título, encontramos uma autora mais madura, experiente e com uma bagagem de anos de pesquisa e de escuta. Com o enorme sucesso de seu primeiro livro e de seu canal no YouTube, o EuVejo, a escritora passou a receber milhares de mensagens de todo o país – pessoas de todas as idades, condições financeiras, graus de instrução, de todas as cores e amores. Homens e mulheres extremamente infelizes com a vida que levam. A partir de então, ampliou seus questionamentos: Por que sofremos tanto? Por que sofremos calados? Afinal, o que está acontecendo?

Ao falar sobre si e sobre os relatos de milhares de pessoas, Daiana compartilha sentimentos íntimos e profundos, analisando com empatia cada um deles e propondo novas maneiras de nos aproximarmos. Ao reavaliar as próprias vulnerabilidades e abordá-las abertamente, uma por uma, a autora estabelece um diálogo com os leitores, ao mesmo tempo que faz um convite a todos. É fundamental compartilharmos nossa humanidade e nossas dores. Só assim conseguiremos enfrentar os grandes desafios da vida, seremos capazes de perceber que não estamos sozinhos e poderemos enxergar com mais compaixão as dores que vivemos.

Inveja, culpa, vergonha, raiva, ressentimento, autopunição e apego ao sofrimento, a cada capítulo a escritora mergulha em algum aspecto que está na base das nossas tristezas. Com extrema coragem e franqueza, Daiana se revela por inteira em seu novo livro e propõe aos leitores que façam o mesmo para que possam discutir claramente temas espinhosos, como, por exemplo, a inveja, aquele sentimento tão antigo quanto a vida em sociedade, mas que poucas pessoas têm a coragem de assumir.

Sem rodeios, a autora afirma: “Eu descobri nos últimos anos que sou invejosa, controladora, voraz, possessiva, ciumenta. Sinto ódio, raiva, guardo rancor, tenho uma dificuldade imensa de perdoar quem me feriu e de lidar com as frustrações e com o fracasso. Sim, sou tudo isso e muito mais. E você?”

Selecionamos aqui trechos do livro sobre a inveja, tema analisado já no primeiro capítulo da obra. Para se aprofundar nas reflexões de Daiana sobre os demais sentimentos que nos tornam infelizes, você precisa conferir A vida perfeita não existe e descobrir o que a autora chama de modo respeitoso de viver.

Sobre a inveja, por Daiana Garbin:

  • Precisamos conversar sobre aquilo que nos corrói por dentro, e é pelo sentimento de que mais me envergonho que vamos começar: a inveja. Como assim eu sou invejosa? Eu sou uma pessoa má?
  • A inveja é uma mescla de ódio, ressentimento e a sensação de que algo se tornou inalcançável.
  • A inveja se manifesta quando o desejo de ter algo é substituído por uma ânsia de que o outro não o tenha.
  • A inveja está relacionada com o desamparo, a ausência e a privação, por isso muitas vezes não percebemos quando ela se manifesta. Sabemos que sofremos, mas não entendemos direito o porquê.
  • O que vai libertar você da vergonha e da inveja é, primeiro, ter consciência do que sente, e, segundo, tentar compreender o que o seu julgamento e a sua inveja querem lhe mostrar.

Este post foi escrito por:

Felipe Maciel

Jornalista com 20 anos de experiência no mercado e pós-graduação em Mercado Editorial e em Tradução, trabalhou em jornais, revistas e agências de comunicação. Foi coordenador de comunicação do Sesc Rio. Desde 2010, trabalha no mercado editorial com passagens por algumas das principais editoras do país.

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