Livros de autoajuda, espiritualidade e negócios estão entre as dicas reunidas pela Editora Sextante para presentear os pais. Que tipo de pai é o seu? Este ano, a data será comemorada no dia 11 de agosto.
O Dia dos Pais se aproxima e, como já se tornou tradição neste singelo espaço virtual, destacamos aqui sugestões de livros para presente. As dicas estão separadas por temas que contemplam as especialidades da Sextante, indo de autoajuda à finanças, passando por negócios, espiritualidade, empreendedorismo, natureza e memória. Abaixo, você encontra 15 opções especiais.
Que as boas lembranças da data – dia
11, segundo domingo de agosto – se estenda aos próximos dias, semanas, meses e
anos. Que tipo de pai é o seu?
Pais sem medo de aprender
A lista começa com um escritor que, há décadas, enfileira sucessos e conquista leitores: Augusto Cury. Em “Inteligência socioemocional”, ele compartilha ferramentas da Escola da Inteligência, projeto pioneiro presente em mais de mil escolas parceiras que auxilia no desenvolvimento da gestão da emoção de crianças e adolescentes. Temas como ansiedade, solidão, depressão e estresse são abordados com o olhar aguçado e sensível do autor brasileiro mais lido da atualidade. O livro é dedicado aos pais e professores: “Só tem uma felicidade sustentável quem dá o melhor de si para fazer os outros felizes. É por isso que agradeço a todos os pais, professores e escolas preocupadas com a educação socioemocional no Brasil e no mundo”, frisa ele logo nas primeiras páginas da publicação. Em breve, teremos um texto sobre esse lançamento.
Outro nome notável é Marshall Rosenberg, criador e principal responsável pela difusão da Comunicação Não Violenta (CNV) no mundo. Se você se interessa pelo assunto, “Vivendo a comunicação não violenta” é ainda mais fundamental. Diante da agressividade do mundo contemporâneo, o livro mostra como a compaixão e a empatia são valores elementares para a boa convivência. As páginas, com muitas dicas e ferramentas, apresentam alternativas pacíficas para a resolução de conflitos e ensinam o leitor a ter mais consciência sobre seus anseios e vulnerabilidades.
O caminho do autoconhecimento também faz parte de “Atenção plena para iniciantes”, no qual Jon Kabat-Zinn ressalta a importância da prática de mindfulness (ou atenção plena, como o termo é traduzido por aqui) para viver o tempo presente com autenticidade e sinceridade. O objetivo é a verdadeira busca de si. Para os pais perdidos, às voltas com os problemas de toda a sorte, ou para os que desejam se aproximar da filosofia budista, esse é um bom ponto de partida.
Pais com uma rica vida interior
Aos pais interessados em experiências atreladas a nossa verdade interior, eis um sensível trio que tem tudo para agradá-los. Como o título aponta, “O poder do agora” defende que o caminho da felicidade é aquele percorrido no presente. Eckhart Tolle criou um guia a partir de conceitos de diversas religiões e tradições espirituais, e essa costura ilumina as potências que guardamos dentro da gente e que, infelizmente, insistimos em ignorar.
O olhar para si também é um movimento inerente a “Propósito”, livro escrito por Sri Prem Baba. Nele, o mestre espiritual fala do amor e da expansão da consciência, partes que desembocam num mesmo todo, a alma. Prem Baba ressalta que “saber qual é o propósito é saber o que viemos fazer aqui. E o que viemos fazer aqui está intimamente relacionado àquilo que somos em essência”.
“A morte é um dia que vale a pena viver”, por sua vez, celebra a vida até em seu momento mais delicado, quando o fim, certo para todos nós, se aproxima. Ana Claudia Quintana Arantes, médica que cuida de pessoas em processo de morrer, sustenta a importância de uma despedida de dimensão humanizada, capaz de unir familiares, apesar do inevitável desenlace. Uma curiosidade: o livro foi uma das referências dos autores de “Bom Sucesso”, novela exibida na faixa das 19h na Rede Globo, para desenvolver a história do protagonista da trama, interpretado por Antonio Fagundes.
Pai, patrão: sempre de olho nos negócios!
Os três títulos aqui selecionados instigam o leitor a sair da estagnação e a se reinventar no mercado de trabalho. É o caso do seu pai? “Descubra seus pontos fortes 2.0”, por exemplo, apresenta um percurso para que os talentos, as técnicas e os conhecimentos dos profissionais sejam melhor explorados. Para isso, fornece um teste e, a partir do resultado, detalha características e caminhos possíveis para aprimorar o desempenho. Como a própria publicação indica, a sensação de aproveitamento dos pontos fortes é escassa entre profissionais de diversos ramos. Para reverter o ciclo, é preciso se redescobrir. O livro taí para isso.
Em “Negocie como se sua vida dependesse disso”, um ex-agente do FBI (Chris Voss, que escreve em parceria com Tahl Raz) revela as principais técnicas da agência para convencer as pessoas. Ele lembra que a vida é feita de sucessivas negociações e que é importante estar sempre preparado para enfrentá-las. Seu pai concorda com isso? Se sim, negócio fechado. Mas, independentemente disso, trata-se de uma boa pedida para aquele pai incerto sobre como agir em determinadas situações. Inspiração e persuasão caminham lado a lado.
Aliás, essas também são palavras de ordem do “Comece pelo porquê”, outra sugestão da Sextante. O autor Simon Sinek, após analisar a trajetória de grandes líderes e empresas, identifica o que ele chama de propósito forte, cuja raiz é justamente o porquê. De pergunta em pergunta, também numa jornada de autoconhecimento, é possível encontrar um motivo pelo qual vale a pena viver e lutar. Esse encontro do verdadeiro sentido, levado ao campo empresarial, é um elemento capaz de contagiar a equipe e outros colaboradores, numa potente comunhão.
Pais que estão cansados de ouvir: “pai, me dá dinheiro?”
Entra crise, sai crise, o tema permanece quente. Afinal, quem não quer administrar melhor o dinheiro? O recado de Nathalia Arcuri é enfático e serve a muitos pais cansados de ouvir “pai, me dá dinheiro?”: “Me poupe!”. Brincadeiras à parte, a jornalista abre os olhos do leitor e dá o caminho das pedras para fazer a grana render. São dez passos para jamais faltar dinheiro no bolso, Arcuri promete. Dona de uma conta bancária milionária e de um canal no Youtube com milhões de seguidores, referência na área, ela é a prova viva que o método funciona. Duvida?
Outro especialista em finanças, Gustavo Cerbasi sugere que você aposte na qualidade de vida – e não no padrão de vida – em “A riqueza da vida simples”. Autor de 16 títulos que abordam o assunto, ele diferencia os termos e ressalta o quanto o planejamento financeiro e as escolhas sustentáveis são pilares para a realização de nossos sonhos. “Conquistar um grande sonho não deve ser resultado de privação, mas sim de construção”, ensina ele. Mas essa é só a ponta da história.
No fim das contas, os livros têm como princípio descortinar os mistérios da vida financeira. Descomplicar. Nesse sentido, “Os segredos da mente milionária” é uma referência. Escrito por T. Harv Eker e lançado em 1992, a publicação traz 17 modos de agir e pensar que diferenciam pessoas ricas das de mentalidade pobre. O autor explica como desenvolvemos nosso modelo de dinheiro e como somos impactados por nossas crenças, alimentadas desde a infância. Apesar dos empecilhos, ele lembra que sempre é possível mudar. Ter consciência dessa limitação é o começo. A transformação vem com a prática. De pai para filho. Ou de filho para pai.
Pais afetuosos: natureza e memória
Os pais que mantêm uma relação de afeto com os bichos certamente vão gostar de “A vida secreta dos animais”, livro que proporciona uma renovação do olhar em relação a esses seres. E não falo apenas de gatos e cachorros, com os quais estamos mais familiarizados. A despeito das incontáveis diferenças, o autor Peter Wohlleben mostra pontos de encontro que aproximam animais (diversos deles) de humanos. Com o auxílio de pesquisas, ele afirma que animais têm sentimento, prazer sexual e sentem dor. Além disso, a partir de sua convicção como estudioso, Wohlleben defende que também têm alma. O que você pensa sobre isso?
As últimas duas sugestões da Sextante são ligadas às memórias da família: “Pai, me conta a sua história” e “Vô, me conta a sua história”, ambos criados por Elma Van Vliet. Há poucos dias, o blog trouxe um texto sobre os livros, guiados por uma proposta de aproximação e compartilhamento. Neles, o pai ou o avô podem registrar lembranças e episódios marcantes de sua trajetória. Curiosamente, como Vliet explica, são presentes que devem ser devolvidos, como uma herança, um tesouro familiar. Assim, a história daqueles que nos antecederam no tempo podem ser apreciadas e preservadas. “Espero que preencher estas páginas inspire conversas sobre episódios divertidos da sua vida, mas também sobre questões mais profundas e importantes”, escreve a autora sobre a viagem no tempo proporcionada pela iniciativa.