Brasil: Paraíso restaurável | Sextante
Brasil: Paraíso restaurável

Brasil: Paraíso restaurável

Um livro de Jorge Caldeira, Julia Marisa Sekula e Luana Schabib.
O potencial brasileiro inserido no cenário da economia limpa do século 21

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Um livro de Jorge Caldeira, Julia Marisa Sekula e Luana Schabib.
O potencial brasileiro inserido no cenário da economia limpa do século 21

Um resgate histórico e filosófico do passado aliado a uma visão otimista de futuro, que recupera a mítica europeia do Paraíso terrestre e a visão dos povos originários do território brasileiro sobre uma Terra Sem Mal. Assim, o livro Brasil: Paraíso restaurável, que reuniu autores de três gerações distintas – o cientista político Jorge Caldeira, a jornalista e publicitária Luana Schabib e a economista e cientista política Julia Marisa Sekula –, apresenta questões urgentes sobre o modelo econômico que emerge nestas primeiras décadas do século 21, em que o meio ambiente passa a ocupar o centro da agenda global.

Em capítulos curtos, dinâmicos, ricamente ilustrados e amparados em gráficos, infográficos e mapas até então pouco conhecidos, a obra revela o que o mundo já fez, tem feito e está projetando para esse novo futuro. Nesse cenário, a natureza preservada está no centro da criação de valor econômico, e o Brasil apresenta as condições ideais para se tornar a definição do Paraíso restaurável. Não se trata apenas de um ideal utópico, mas de condições materiais e históricas que apontam como o país reúne os pré-requisitos para se sobressair nesse momento crucial para o planeta. Afinal, as decisões tomadas hoje serão fundamentais para a vida e o bem-estar das próximas gerações.

Não estamos acostumados a pensar no crescimento econômico como algo vinculado ao estado das condições naturais. E ainda há quem defenda que a conservação da natureza representa um entrave ao desenvolvimento. Mas a oposição entre o binômio “natureza” e “desenvolvimento” está em processo de reavaliação. Brasil: Paraíso restaurável é um convite para analisar o conceito de produção econômica a partir da natureza. Isso exige novas diretrizes, que levam em conta o que ocorre na natureza não apenas como algo que tem valor, mas como o próprio centro de criação de valor na economia.

Basicamente, o mundo da energia mudou. Não havia há 30, 40 anos a possibilidade real de manter a produção econômica sem prejuízo ambiental. Agora, as duas coisas caminham lado a lado, como podemos ver com a adoção de metas ambientais como política de governo”, avalia Jorge Caldeira.

No lugar dos antigos objetivos relacionados ao PIB e ao crescimento quantitativo da produção, metas relacionadas a uma economia em equilíbrio com a natureza se tornaram preceitos fundamentais para o longo prazo. Alemanha (desde 2005), União Europeia (desde 2007) e China (desde 2010) organizam seu planejamento estratégico com esse viés. Já nos Estados Unidos, o cenário é desigual, mas as metas ambientais norteiam o planejamento de 24 estados da federação.

Nasci no Pantanal que, como revelam os antigos mapas europeus, ocupa o centro de onde estaria o tão sonhado Paraíso terrestre, mas demorei para incorporar a questão ambiental como algo fundamental para o debate político. Escrever este livro foi determinante para ampliar o meu entendimento sobre o tema”, avalia Luana Schabib.

O setor energético é certamente o que passa pela maior transformação. Nas últimas décadas, a produção de energia eólica e solar foi multiplicada por 150. Todas as previsões de longo prazo indicam que as fontes renováveis vão corresponder a mais de 50% do mercado de energia antes de 2050 – e, diante do impacto da recessão de 2020, já há previsões que apontam para uma mudança ainda mais rápida. A combinação entre metas ambientais e definições econômicas chegou também ao mercado financeiro. Seguradoras, fundos de pensão, fundos de investimento e até as regulações de bancos centrais passaram a empregar cada vez mais o enquadramento ESG (Environmental, Social and Good Governance) como norma.

No Brasil, vivemos uma situação complexa. As matrizes elétrica e energética do país são historicamente as mais limpas do planeta, um fundamento imprescindível para o futuro. Mas isso não está sendo aproveitado para uma mudança realmente significativa: criar normas para um futuro, como estão se estruturando as grandes economias do mundo, mesmo com um potencial natural bem menor se comparado ao que já dispomos.

Nosso país vive eternamente no ‘potencial’, como o ‘país do futuro’. Mas o futuro vem e o futuro passa. Mais do que nunca, a nossa política e as nossas terras abundantes clamam por palavras novas, ideias novas, caminhos novos. Este livro é a história da busca de um Paraíso. Uma luta por uma Terra Sem Mal – um futuro melhor”, finaliza Julia Marisa Sekula.

Sobre os autores:

Jorge Caldeira, 64, autor de 15 livros sobre história brasileira, entre eles História da riqueza no Brasil e Mauá: empresário do Império, coordenou o trabalho de equipe para escrever Paraíso restaurável.

Julia Marisa Sekula, 27, nascida em Curitiba, crescida na China, economista e cientista política formada em Londres.

Luana Schabib, 34, pantaneira de Corumbá, jornalista e publicitária com longa experiência em mídias digitais.

Os autores Luana Schabib, Julia Marisa Sekula e Jorge Caldeira

Este post foi escrito por:

Felipe Maciel

Jornalista com 20 anos de experiência no mercado e pós-graduação em Mercado Editorial e em Tradução, trabalhou em jornais, revistas e agências de comunicação. Foi coordenador de comunicação do Sesc Rio. Desde 2010, trabalha no mercado editorial com passagens por algumas das principais editoras do país.

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