Autor: Filipe Isensee
Livros mostram o que você precisa saber em 29 minutos
O post de hoje destaca dois assuntos diferentes, com autores distintos, embora unidos pelo mesmo selo, o 29 minutos: 29 minutos para falar bem em público e 29 minutos para entender a Bíblia. A proposta dos livros dessa série é oferecer um conteúdo de qualidade que pode ser lido e estudado rapidamente. O tempo curto […]
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O post de hoje destaca dois assuntos diferentes, com autores distintos, embora unidos pelo mesmo selo, o 29 minutos: 29 minutos para falar bem em público e 29 minutos para entender a Bíblia.
A proposta dos livros dessa série é oferecer um conteúdo de qualidade que pode ser lido e estudado rapidamente. O tempo curto não tem a ver com conhecimento superficial, mas com a síntese do que foi apresentado ao final de cada capítulo. Assim, quem não está com pressa ou simplesmente se interessou por um tópico específico pode acompanhar os desdobramentos do tema com a devida calma. Se for assim, a leitura pode durar um pouco mais, ok? Vinte e nove é também o número de capítulos – todos escritos de forma descomplicada – dos dois títulos. Abaixo, você conhece algumas dicas e informações contidas neles.
Para falar bem em público
A mensagem dos autores Reinaldo e Rachel Polito é clara: falar bem não é um dom, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida e aperfeiçoada. Essa certeza é o ponto de partida do livro, que oferece inúmeras lições para chegar ao objetivo de se comunicar da melhor maneira possível com seu interlocutor.
Ainda que a fala seja o elemento primordial aqui, os ensinamentos extrapolam a característica, especialmente ao ressaltar a sensibilidade do orador como matéria-prima de uma comunicação eficiente. A preocupação com o público – por mais óbvio que possa parecer – é um sentimento essencial muitas vezes ignorado, base tanto para falar bem quanto para uma boa convivência em sociedade: “O conteúdo da mensagem e a forma como você se expressa devem sempre levar em conta os ouvintes. Tudo precisa ser feito pensando nas características e aspirações da plateia”, sustentam. O mundo dos negócios parece o local adequado para aplicar as dicas dos autores, mas é certo que elas podem auxiliar profissionais de muitas outras áreas.
Os capítulos antecipam diversas situações (Aprenda a puxar conversa no elevador e E se disserem o que você ia dizer?, por exemplo) e dão ferramentas para você se destacar e se desvencilhar de potenciais problemas. Aos que ainda têm medo de falar em público, o conselho é manter a calma em primeiro lugar.
“Não chegue falando diante do público para se livrar logo da obrigação. Você precisa ganhar tempo para se acalmar e queimar o excesso de adrenalina. Pequenas atividades como acertar a altura do microfone, beber alguns goles de água, ajeitar as folhas que utilizará como apoio e olhar para a plateia poderão dar os segundos de que precisa para ter um pouco mais de controle. A fim de não deixar transparecer o desconforto e a instabilidade emocional, comece falando mais devagar e com o volume de voz mais baixo”, confirmam. Além disso, apoiar as mãos na mesa ou no encosto da cadeira e conversar com colegas de trabalho ou amigos sobre o que pretende falar são boas ações para ficar mais confiante.
Em outro capítulo, o livro lembra que a melhor técnica para falar em público é aquela com a qual você se sente mais à vontade. Ou seja, vale memorizar tópicos, decorar todo o discurso e também se apoiar em algumas anotações. O importante é levar em conta para quem estamos falando. Nesse sentido, os autores também chamam a atenção para a importância da postura, que é capaz de minar ou alavancar o que está sendo dito. “Às vezes podemos nos sentir intimidados com o tipo de público que iremos enfrentar e acabamos nos apresentamos com a cabeça baixa, o corpo curvado, demonstrando excesso de humildade e atitude perdedora, de alguém fracassado”, alertam. Cuidado.
Outras cinco dicas para falar bem
– Evite a falta e o excesso de gesticulação. Entre essas duas atitudes desaconselháveis, prefira a falta ao excesso.
– Procure falar em público com as mesmas palavras que usa no dia a dia.
– Fale só o necessário. Quem fala além do que precisa ser dito se torna desagradável e pode se comprometer.
– Saiba escutar. Saiba falar. Esse é o equilíbrio perfeito na comunicação.
– Aprenda a contar histórias curtas e interessantes. Essa é uma combinação importante, pois, numa boa conversa, de maneira geral, não adianta a história ser curta se não for interessante, nem ser interessante se não for curta.
Para entender a Bíblia
O entendimento da Bíblia vai além da adesão a alguma religião específica, afinal ela não deixa de ser uma lente para compreender o mundo e o país onde vivemos. Muitas falas e ações de impacto social (algumas consideradas polêmicas) têm o livro como referência e origem. “A Bíblia está no cotidiano mesmo daqueles que jamais folhearam uma única página dela”, frisam os autores Esequias e Daniele Soares. Eles lembram que sua tradução, em parte ou no todo, atinge seis bilhões de pessoas, um número espantoso e que sublinha sua importância histórica, cultural e política na maior parte do mundo.
Com resumos ao final de cada capítulo, “29 minutos para entender a Bíblia” tem proposta didática muito parecida com “29 minutos para falar bem em público”. Mas ao contrário deste, aqui os autores não sublinham dicas ou lições. A principal preocupação é contextualizar as histórias narradas, de forma que você compreenda as origens dos diversos livros que a compõem e os fundamentos bíblicos. “O Antigo Testamento registra o relacionamento de Deus com o ser humano (…) Já o Novo Testamento, Deus se revela na encarnação de Jesus. Assim, o Antigo é a base do Novo, a expectativa messiânica dos profetas se torna realidade nos evangelhos na pessoa de Jesus”, afirmam os autores. Segundo eles, a revelação divina aos seres humanos é o aspecto comum que une os dois grandes textos.
Nos capítulos seguintes, eles comentam as principais versões da Bíblia e destrincham os personagens do Antigo (com destaque para os profetas) e do Novo Testamento, no qual a história de Jesus é contada a partir da experiência dos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João – cada um tem um livro diferente.
Tudo que se sabe de Jesus vem desses quatro livros, os mais importantes do cristianismo e reunidos na Bíblia Os autores resumem o conteúdo de cada narrativa: “O texto de Marcos é o menor em tamanho dos quatro evangelhos, isso porque ele deu ênfase às obras poderosas de Jesus, enquanto os discursos estão mais ausentes ou aparecem reduzidos”, exemplificam. É um bom ponto de partida para quem tem interesse em explorar o livro mais influente do mundo.
Algumas curiosidades sobre a Bíblia
– Antes da invenção da prensa móvel no século XV, a produção de uma cópia da Bíblia durava dois anos. Gutenberg imprimiu 200 exemplares em cinco anos, um sucesso na época. Mas, hoje, a Gráfica Bíblia da Sociedade Bíblica do Brasil imprime uma Bíblia a cada três segundos.
– A história de Davi ocupa mais espaço do que a de qualquer outra personagem do Antigo Testamento. Depois de Jesus Cristo, Davi é o homem a que se dedicam mais páginas na Bíblia.
– Os profetas serviam como porta-vozes de Deus. Os sacerdotes apresentavam o povo a Deus e os profetas apresentavam Deus ao povo. O profetismo bíblico é a voz de Deus na terra.
– O evangelho de João é mais discursivo do que narrativo. O objetivo do quarto evangelho é mostrar que Jesus é Cristo.
– Apocalipse é o último livro do cânon do Novo Testamento; é a profecia do fim do mundo, o epílogo da jornada e da história da humanidade.