É uma dessas pessoas cuja vida é cheia de experiências muito variadas, a começar pela infância. Bradley nasceu na Tasmânia e viveu na Inglaterra, Escócia, Hong Kong e Cingapura. Aos 10 anos, mudou-se com sua família para a Austrália, levando na memória as imagens de flores brilhantes, grandes insetos assimétricos e selvas exóticas do Extremo Oriente.
O prazer de viajar e o desejo de aventuras, somados a um fervoroso patriotismo juvenil, podem ter sido os motivos que o levaram a se formar na Academia Militar de Duntroon, Austrália, onde fez parte do pelotão de pára-quedistas. Apesar de se considerar atualmente um pacifista, Bradley tem orgulho de suas realizações dessa época e lembra-se de que foram tempos de desafio, principalmente porque ele tinha um medo terrível de altura. Mas foi durante esse período que ele viajou pela Austrália e pelo mundo todo e teve a chance de ampliar, muito cedo, sua vivência sobre a natureza humana.
Depois de deixar o Exército por causa de uma séria infecção nos pulmões contraída durante uma operação de treinamento, Bradley passou um ano tentando fazer carreira em publicidade, começou a fazer cartuns e conseguiu publicar seu trabalho em revistas e jornais de Sidney, na Austrália. Foi então que continuou a desenvolver suas atividades de escrita, pintura, e sua atividade como cartunista, até que publicou um pequeno e singular livro preto com uma foto de um leão na capa que se tornou recordista de vendas no Brasil e em diversos países do mundo.