Aos 89 anos, ativista britânica é uma das principais vozes que defendem a esperança como sentimento fundamental para a vida dos humanos e a preservação da natureza.
Jane Goodall é reconhecida com mais de 100 prêmios internacionais pelos estudos pioneiros sobre os chimpanzés na África. Aos 26 anos foi enviada para a Tanzânia com a arriscada missão de investigar os animais selvagens da região. Sua pesquisa revolucionou a comunidade científica e surpreendeu o mundo inteiro. O olhar cuidadoso e altruísta de Jane foi capaz de notar que eles exibiam personalidades individuais e laços familiares afetuosos semelhantes aos humanos.
Além do trabalho de Goodall com primatas, ela também é considerada uma das personalidades mais ativas na proteção ambiental e uma porta-voz da esperança como um sentimento fundamental para enfrentar as adversidades do mundo.
Em O livro da esperança, ela conversa com o escritor Douglas Abrams sobre as experiências que moldaram suas descobertas revolucionárias e reitera suas crenças no poder dos jovens, na resiliência da natureza e no indômito espírito humano, ou seja, a força interior que nos impede, enquanto espécie, de desistir.
Ter contato com a história da ativista é como beber de uma fonte inesgotável de inspiração. Seus ensinamentos vão muito além da área social. Se estendem a nossos relacionamentos, trabalho, sonhos, aspirações.
Aqui vão algumas lições que podemos aprender com ela:
Nunca desista!
Durante toda a sua vida, Jane foi um modelo de persistência e uma das maiores defensoras de suas crenças.
Quando jovem, ela trabalhou duro para conseguir um emprego com o arqueólogo Louis Leakey e descobrir como estudar os chimpanzés de uma forma que nunca havia sido feita antes. Por não ter tido nenhum treinamento científico formal quando iniciou sua pesquisa, além de ser mulher, Jane não era levada muito a sério. No entanto, sabia o que havia observado, documentou bem sua pesquisa e, por fim, o mundo científico não teve escolha a não ser admitir que ela estava correta.
Leia!
Os livros sempre foram muito importantes na vida de Jane Goodall. Aos 10 anos, ela leu um exemplar sobre Tarzan e ainda hoje acredita que esse livro a colocou no caminho para a África. A leitura também foi responsável por uma de suas maiores oportunidades: Jane impressionou o arqueólogo Louis Leakey com seu vasto conhecimento sobre a África – informações que ela havia obtido apenas nos livros. Ele ficou tão admirado que a enviou para a expedição que marcaria para sempre sua vida.
Faça sua parte, mesmo se ela for mínima
“A esperança é um conceito frequentemente mal compreendido. As pessoas tendem a acreditar que ela não passa de um pensamento passivo, um desejo vão: eu tenho a esperança de que algo vai acontecer, mas não ajo para que aconteça. Na verdade, esse é o exato oposto da verdadeira esperança, que requer ação e engajamento. Não importa quão pequenas possam parecer, suas ações realmente fazem a diferença. O efeito cumulativo de milhares de ações éticas pode ajudar a salvar e curar o nosso planeta”, ressalta Jane.