A felicidade está nas pequenas coisas (ESGOTADO) | Sextante
Livro

A felicidade está nas pequenas coisas (ESGOTADO)

Haim Shapira

Como Freud, Platão e o Pequeno Príncipe podem mudar seu conceito sobre o que realmente importa

Como Freud, Platão e o Pequeno Príncipe podem mudar seu conceito sobre o que realmente importa

Este livro não oferece uma receita para a felicidade, ainda que inspire o leitor a ser mais feliz. Também não é um livro de aforismos, apesar de estar cheio de frases de grandes pensadores. Não é uma obra de humor, embora seja recheado de trechos engraçados. Do que se trata este livro, então?

A felicidade está nas pequenas coisas é uma viagem inteligente e provocadora pelas grandes questões da vida, usando como guia a sabedoria de renomados pensadores e filósofos. Platão e Saint-Exupéry, Wittgenstein e Lewis Carroll, Freud e Descartes, Ursinho Pooh e Vladmir Nabokov, entre muitos outros, se reúnem aqui para tratar de temas como amor, medo, egoísmo, ócio, amizade e sofrimento.

Galileu Galilei afirma que não podemos ensinar nada a ninguém, apenas ajudar o próximo a descobrir, dentro de si, o que procura. Assim, este livro não pretende bancar o professor, mas nos convida a construir nossos próprios conceitos sobre a vida e descobrir o que a felicidade significa para nós.

Com leveza e simplicidade, Haim Shapira vai fazer você pensar sobre o que realmente importa e inspirá-lo a encontrar novas perspectivas para sua velha opinião formada sobre tudo.

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Ficha técnica
Lançamento 15/06/2015
Título original THINGS THAT MATTER
Tradução MARIA BEATRIZ MEDINA
Formato 14 x 21 cm
Número de páginas 160
Peso 150 g
Acabamento BROCHURA
ISBN 978-85-431-0225-2
EAN 9788543102252
Preço R$ 29,90
Conteúdos especiais
Lançamento 15/06/2015
Título original THINGS THAT MATTER
Tradução MARIA BEATRIZ MEDINA
Formato 14 x 21 cm
Número de páginas 160
Peso 150 g
Acabamento BROCHURA
ISBN 978-85-431-0225-2
EAN 9788543102252
Preço R$ 29,90

Leia um trecho do livro

Prefácio

Ao longo do tempo, muita gente refletiu sobre as questões fundamentais da existência humana. Este livro é uma viagem ao vale das grandes perguntas. Trago comigo sábios e pensadores de todas as crenças, nacionalidades e épocas para nos inspirar com suas ideias.

Na viagem, encontraremos Platão e Saint-Exupéry, Wittgenstein e Lewis Carroll, Freud e Descartes, Rabindranath Tagore e Thich Nhat Hạnh, Nietzsche e o rei Salomão, A. A. Milne e Tolstói, só para mencionar alguns.

Faremos um teste sobre o sentido da vida, tentaremos descobrir por que os números são tão importantes para as pessoas e saberemos de quanta terra o homem precisa, segundo o conde Tolstói. Nietzsche nos guiará pela experiência das Máscaras. O Ursinho Pooh revelará o momento mais feliz da vida. Indagaremos às mulheres o que as faz felizes e veremos por que as respostas surpreendem tanto os homens. Descobriremos o que Mark Twain pensava da fúria. Epicuro nos apresentará sua receita para uma vida feliz. A Raposa dará lições de amor e amizade ao Pequeno Príncipe.

O livro que você tem em mãos pretende mudar seu ponto de vista sobre quase tudo na vida – principalmente o conceito de felicidade. Mas, como você deve saber, nada sai de graça. Quem quiser aproveitar este livro ao máximo terá de ser ativo: destacar partes do texto, corrigir os erros que encontrar e promover as ideias de que gostar.

Por mais séria que seja a viagem à terra das coisas que importam, aproveitar o passeio é igualmente válido. Depois de descobrir que sério não é o contrário de divertido, fiz um sério esforço para lhe apresentar um livro engraçado e divertido que discuta profundamente sobre aquilo que de fato é importante.

Capítulo 1

Viagem à felicidade

Aristóteles acreditava que “a felicidade é o sentido e o propósito da vida; toda a sua meta”. Mas nós temos ideias diversificadas sobre o que é felicidade. Alguns precisam praticar bungee-jump para ter um surto de alegria, enquanto outros encontram a bem-aventurança ao cuidar da casa. Alguns são felizes escutando música clássica numa sala de concerto, enquanto outros ficam contentes ao ouvir o som de crianças brincando numa pracinha. Há quem fique em êxtase ao resolver uma equação complicada, e há aqueles que se lembram com alegria dos dias em que a professora de matemática faltava. Os romances de Dostoiévski nos apresentam personagens que se sentem felizes só por existirem, outros que adoram sofrer e vários cuja maior alegria é fazer os outros sofrerem.

Somos diferentes, mas será que há um jeito certo e um errado de ser feliz? Todos queremos ser felizes, mas é realmente possível alcançar a felicidade?

“A intenção de que o homem seja feliz
não faz parte do plano da Criação.”
– Sigmund Freud

Não devemos confundir felicidade com momentos ou períodos de alegria. É possível ser feliz por duas horas, dois dias, talvez até por um ano inteiro, mas a coisa para por aí. Woody Allen, no entanto, discorda de mim. Ele acredita que os períodos de felicidade são muito mais curtos, e que se uma pessoa se sente feliz por mais de dois dias seguidos é porque alguém está escondendo alguma coisa dela.

Neste capítulo, veremos por que Nabokov acreditava que o caminho da felicidade é estreitíssimo, com espaço apenas para uma pessoa. Vamos nos juntar a Heinrich Heine enquanto ele planeja seu dia de suprema felicidade. Vamos nos familiarizar com momentos de apogeu na vida de homens e mulheres e tentar entender a razão da imensa diferença entre eles. Também descobriremos o que o Ursinho Pooh pensa sobre comer mel.

Antes de colocarmos o pé na estrada, aí vai uma breve reflexão:

“A felicidade é uma borboleta que, quando perseguida,
está sempre fora de alcance, mas que, caso nos sentemos
em silêncio, pode pousar em nós.”
– Nathaniel Hawthorne

Como ser feliz para sempre em apenas três minutos

Caso nunca tenha lido O segredo, vou lhe poupar algum tempo. Eis a grande revelação: Se sentir vontade de ser alguma coisa, pense que já é.

Só isso.

Li alguns livros desse tipo para compreender melhor o fenômeno da autoajuda. Eis a minha conclusão: na maioria dos casos, ler livros sobre como ser feliz não o fará mais feliz. Vou citar as três razões principais, dentre muitas:

1. É óbvio que os livros que ensinam a ser feliz são inúteis

Se apenas um fiapinho das promessas feitas em muitos desses guias fosse verdadeiro, o mundo estaria mergulhado até o pescoço numa quantidade absurda de bem-aventurança. Sabemos que isso não é verdade.

2. Não sabemos o que nos deixará felizes

Ao pesquisar os guias para a felicidade, encontrei O que nos faz felizes, excelente livro de Daniel Gilbert. Ele não pretende nos guiar até a felicidade, mas explicar, com base em toneladas de estudos psicológicos atuais, por que não somos capazes de saber o que nos deixa felizes (nem mesmo uma TV de LED 3D top de linha, um carro de luxo ou uma cozinha nova). “Se você não sabe aonde vai, como conseguirá chegar lá?”, pergunta Gilbert. E se estiver no caminho errado?

3. Saber como se faz não traz vantagem alguma em estudos sobre a felicidade

O conhecimento é fundamental quando se quer resolver uma equação diferencial, preparar uma torta de trufas ou mandar um foguete para o espaço. Mas é completamente inútil quando se busca a felicidade. Vou explicar. Ao folhear um desses guias, encontrei um conselho sapientíssimo: “Levante-se toda manhã com um sorriso largo e excelente humor.” Como eu me senti contente com os autores por decidirem me revelar essa descoberta! Antes de deparar com essa ideia maravilhosa, eu achava que deveria me levantar com uma dor aguda no rim esquerdo e profundamente deprimido. Agora sei que estava errado.

O impacto de conselhos assim é igual ao do “Bom dia!” de um balconista. É claro que ouvir isso não deixará o seu dia bom. Saber o que fazer não ajuda muito. Os fumantes sabem que devem largar o cigarro, mas como isso cura fisiologicamente o vício em nicotina? É claro que esses livros são tão populares porque quem os lê se identifica com a meta: “Isso é verdade. Eu deveria mesmo abrir um grande sorriso toda manhã e fazer uma boa ação pelo menos uma vez por dia.” O estranho é que esses manuais nos fazem pensar: e agora? Como eu faço isso? Essa é a grande questão.

“Não há visitas guiadas à felicidade.
Duvido que o caminho estreito que
leva a esse sentimento tenha espaço
suficiente para uma pessoa.”
Inspirado em Vladimir Nabokov

É claro que Nabokov está certo. É absurdo supor que uma visita guiada possa levar todos à felicidade. Afinal, somos tão diferentes uns dos outros que nem mesmo uma visita guiada à Itália satisfaria os desejos de todos os viajantes. Enquanto alguns querem ver a Capela Sistina e se banquetear com macarronadas e vinho tinto, outros querem encontrar compatriotas em Roma. Embora essas visitas guiadas sempre sejam insuficientes, será que existem regras de navegação que nos ajudem a encontrar o caminho que devemos percorrer sozinhos? Em outras palavras, haverá verdades que possamos aprender e que sejam válidas para a maioria?

Aí vai um belo exercício. Tente responder: se tudo fosse possível, como seria o dia mais feliz da sua vida?

Não é uma pergunta simples. Portanto, pense um pouco antes de responder.

Enquanto isso, vou lhe contar o que o poeta Heinrich Heine teve a dizer sobre essa questão.

O dia mais feliz da minha vida
Inspirado em Heinrich Heine

O dia mais feliz da minha vida começará quando eu acordar lentamente numa cabana de madeira muito bem projetada nos Alpes suíços. Saio da cama tranquilo, alongo o corpo, me coço, bocejo e me aproximo da mesa do café da manhã. Seguindo o olfato, encontro uma baguete quentinha na qual espalho bastante manteiga fresca. Suavemente, mordo o pão crocante e tomo um longo gole do café italiano recém-passado que meus criados trouxeram.

Depois ando até a janela e banqueteio os olhos no pequeno lago turquesa que cintila no vale lá embaixo. Meu olhar passeia pela trilha da montanha que leva à minha cabana enquanto percebo a cordilheira nevada e seu reflexo no lago.

Sim, isso é bem-aventurança, mas ainda não é perfeito. Do que um poeta e pensador como eu precisa agora? Ora, se Deus quiser mesmo me fazer feliz, aqui vai a coisinha a mais de que preciso para tornar o dia absolutamente maravilhoso: eu gostaria de ver, entre a cabana e o lago, uma árvore com meus inimigos pendurados em cada galho. Isso! A cabana, a vista, a manteiga fresca numa baguete quentinha e quem me odeia enforcado na árvore. Nada poderia ser melhor!

Simpatizei bastante com Heine, até chegar à parte da árvore dos enforcados. Não quero ver ninguém pendurado em nada, muito menos em árvores. Isso não me deixa feliz, nem um pouquinho. Mas, numa das minhas palestras, alguém na plateia adorou a ideia. E foi além: disse que um país pequeno como Israel não tem árvores suficientes para todos aqueles que ele gostaria de enforcar. Agora tente dizer a esse homem que ele deveria se levantar toda manhã com um sorriso no rosto.

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Haim Shapira

Sobre o autor

Haim Shapira

Nasceu na Lituânia, em 1962, e mudou-se para Israel em 1977, onde é um requisitado palestrante. Ele é Ph.D. em Matemática e em Ciência da Educação, tem sete livros publicados e é professor de Matemática, Psicologia, Filosofia e Literatura. Além de tudo, nas poucas horas vagas que lhe restam entre os livros e as aulas, é pianista e adora colecionar coisas bonitas. A felicidade está nas pequenas coisas foi seu livro de estreia no Brasil.

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