A liberdade é uma escolha | Sextante
Livro

A liberdade é uma escolha

Edith Eva Eger

Lições práticas e inspiradoras para ajudar você a se libertar de suas prisões mentais

Lições práticas e inspiradoras para ajudar você a se libertar de suas prisões mentais

 

Da autora do best-seller A bailarina de Auschwitz, 20 mil exemplares vendidos no Brasil.

Com a delicadeza e a força inspiradora que se tornaram sua marca registrada, a Dra. Eger joga luz sobre as principais crenças que limitam nossa liberdade e nos ensina a mudar os pensamentos e comportamentos que nos mantêm presos ao passado.

“A história da Dra. Eger é profundamente transformadora. Todos nós temos a capacidade de escolher prestar atenção no que perdemos ou no que ainda temos.” – Oprah

“Quando escrevi A bailarina de Auschwitz eu não queria que as pessoas lessem minha história e pensassem: ‘Meu sofrimento não é nada em comparação com o dela.’ Queria que as pessoas conhecessem a minha vida e entendessem: ‘Se ela pode fazer isso, eu também posso.’

Com o sucesso do primeiro livro, muitos leitores pediram um guia com dicas práticas da terapia que apliquei em minha própria vida e no trabalho clínico que desenvolvi com meus pacientes. A liberdade é uma escolha veio para cumprir este papel.” – Edith Eva Eger

 

Em seu primeiro livro, Edith Eva Eger emocionou o mundo ao contar como sobreviveu aos horrores da guerra e transformou seu sofrimento numa jornada de perdão e cura, ajudando milhares de pessoas a lidar com seus traumas mais profundos.

Agora, em A liberdade é uma escolha, ela apresenta ensinamentos práticos que vão nos ajudar a identificar nossas próprias prisões mentais e a desenvolver as estratégias necessárias para nos libertarmos delas.

Afinal, o que importa não é o que nos aconteceu, mas o que faremos de agora em diante e como poderemos encontrar na dor o aprendizado de que precisamos para seguir em frente.

Este livro é uma verdadeira lição de esperança e superação – uma afirmação do poder que temos sobre nossa própria felicidade e um oportuno lembrete de que a liberdade é uma escolha que podemos fazer todos os dias, independentemente das circunstâncias.

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Ficha técnica
Lançamento 17/03/2021
Título original The Gift
Tradução Débora Chaves
Formato 16 x 23 cm
Número de páginas 176
Peso 230 g
Acabamento brochura
ISBN 978-65-5564-125-7
EAN 9786555641257
Preço R$ 49,90
Ficha técnica e-book
eISBN 978-65-5564-126-4
Preço R$ 29,99
Ficha técnica audiolivro
ISBN 9786555641714
Duração 06h 46min
Locutor Monica Magnani
Lançamento 17/03/2021
Título original The Gift
Tradução Débora Chaves
Formato 16 x 23 cm
Número de páginas 176
Peso 230 g
Acabamento brochura
ISBN 978-65-5564-125-7
EAN 9786555641257
Preço R$ 49,90

E-book

eISBN 978-65-5564-126-4
Preço R$ 29,99

Audiolivro

ISBN 9786555641714
Duração 06h 46min
Locutor Monica Magnani
Preço US$ 7,99

Leia um trecho do livro

INTRODUÇÃO

LIBERTE-SE DE SUAS PRISÕES MENTAIS

Eu aprendi a viver num campo de extermínio

Na primavera de 1944, eu tinha 16 anos e vivia com meus pais e minhas duas irmãs mais velhas em Kassa, na Hungria. Havia diversos sinais de guerra e preconceito à nossa volta: as estrelas amarelas costuradas em nossos casacos; os nazistas húngaros – os nylas – que ocuparam o nosso antigo apartamento; as notícias dos jornais sobre as frentes de batalha e a ocupação alemã que se espalhava por toda a Europa; os olhares apreensivos que meus pais trocavam à mesa; o terrível dia em que fui cortada da seleção de ginástica olímpica por ser judia. Felizmente, nessa época, minhas únicas preocupações eram com as questões naturais da adolescência. Estava apaixonada por meu primeiro namorado, Eric, um garoto alto e inteligente que conheci no Clube do Livro. Eu reencenava nosso primeiro beijo e me encantava com o vestido novo de seda azul que meu pai tinha feito para mim. Era evidente o meu progresso no balé e na ginástica olímpica, e eu brincava com Magda, minha linda irmã mais velha, e com Klara, a irmã do meio, que estudava violino no conservatório em Budapeste.

Então, de repente, tudo mudou.

Numa manhã gelada de abril, os judeus de Kassa foram levados e presos numa fábrica de tijolos na periferia da cidade. Algumas semanas depois, Magda, meus pais e eu fomos colocados num vagão de carga no trem com destino a Auschwitz. Meus pais foram assassinados nas câmaras de gás no mesmo dia em que chegamos lá.

Na minha primeira noite em Auschwitz, fui forçada a dançar para Josef Mengele, o oficial da SS conhecido como Anjo da Morte, o homem responsável por fazer a seleção na fila de recém-chegados daquele dia e que enviou minha mãe para a morte. “Dance para mim”, ele ordenou, me deixando paralisada de medo no chão de cimento frio do barracão. No lado de fora, a orquestra do campo começou a tocar a valsa “Danúbio azul”. Relembrando o conselho dado por minha mãe – Ninguém pode tirar de você o que você colocar na sua mente –, fechei os olhos e me transportei para um mundo interior. Na minha imaginação, eu não era mais a prisioneira morta de frio e de fome e arrasada pela perda. Eu estava no palco da Ópera de Budapeste interpretando a Julieta do balé de Tchaikovsky. Foi escondida nesse refúgio interior que obriguei meus braços a se erguerem e minhas pernas a girarem. Reuni forças para dançar pela minha vida.

Todo minuto que vivi em Auschwitz foi como um inferno na Terra. Mas foi também minha melhor escola. Submetida à perda, à tortura, à fome e sob constante ameaça de morte, descobri as estratégias de sobrevivência e liberdade que uso até hoje, diariamente, em meu consultório e em minha vida.

Escrevo esta introdução no outono de 2019, aos 92 anos. Completei o meu doutorado em psicologia clínica em 1978 e atendo pacientes no ambiente terapêutico há mais de quarenta anos. Trato veteranos de guerra, sobreviventes de violência sexual, estudantes, líderes civis, executivos, dependentes químicos, pessoas com quadros de ansiedade e depressão, casais mergulhados em ressentimentos ou que anseiam por uma reaproximação, pais e filhos aprendendo a viver juntos ou descobrindo como viver separados. Como psicóloga, mãe, avó e bisavó, como observadora de meu próprio comportamento e do comportamento dos outros, além de sobrevivente de Auschwitz, estou aqui para dizer a você que minha pior prisão não foi aquela em que os nazistas me colocaram. Minha pior prisão foi aquela que eu construí para mim mesma.

Apesar de nossas experiências de vida serem diferentes, talvez você entenda o que quero dizer. Muitas pessoas se sentem prisioneiras da própria mente. Nossos pensamentos e convicções determinam e, quase sempre, limitam como nos sentimos, o que fazemos e o que consideramos possível fazer. O trabalho que desenvolvo me mostrou que, embora as crenças limitantes surjam e sumam de maneiras diferentes, há algumas prisões mentais que contribuem para o sofrimento. Este livro é um guia prático para ajudar você a identificar suas próprias prisões mentais e a desenvolver as estratégias necessárias para se libertar delas.

A base da liberdade é o poder de escolha. Nos últimos meses da guerra, eu tinha pouquíssimas opções e nenhuma chance de fugir. Os judeus húngaros estavam entre os últimos na Europa a serem deportados para os campos de extermínio. Depois de oito meses em Auschwitz, pouco antes de o exército russo derrotar a Alemanha, minha irmã, eu e centenas de outros prisioneiros fomos retirados de Auschwitz e obrigados a marchar da Polônia, atravessando a Alemanha, até a Áustria. Submetidos a trabalho escravo em fábricas ao longo do caminho, viajamos no teto dos trens que transportavam munição alemã, nossos corpos usados como escudos humanos para proteger a carga das bombas inglesas. (O que não impedia os britânicos de bombardearem os trens mesmo assim.)

Cerca de um ano depois de sermos presas, quando minha irmã e eu fomos libertadas do campo de concentração austríaco Gunskirchen, meus pais e quase todas as pessoas que conhecíamos estavam mortas. Era maio de 1945. Minha coluna estava fraturada por causa dos constantes traumas físicos. Faminta, coberta de feridas, eu mal conseguia me afastar da pilha de corpos onde permanecia deitada. Não podia desfazer o que haviam feito comigo. Não podia fazer nada pelos seres humanos que os nazistas enfiaram nos vagões de gado ou nos crematórios na tentativa de exterminar o maior número de judeus e outros grupos “indesejáveis” antes do fim da guerra. Eu não tinha como mudar a desumanização sistemática ou o massacre dos mais de seis milhões de inocentes que morreram nos campos de extermínio. Tudo que eu podia fazer era decidir como reagir ao terror e à desesperança. De alguma forma, encontrei dentro de mim forças para escolher a esperança.

Mas sobreviver a Auschwitz foi apenas a primeira etapa de minha jornada em direção à liberdade. Permaneci prisioneira do passado por muitas décadas. Na superfície, tudo parecia estar indo bem, o trauma sendo esquecido e a vida seguindo em frente. Casei-me com Béla, filho de uma família proeminente de Prešov, que lutara na Resistência durante a guerra, combatendo os nazistas nas montanhas da Eslováquia. Tornei-me mãe, fugi dos comunistas na Europa, imigrei para a América, vivi com pouco dinheiro, saí da pobreza e, aos 40 anos, entrei na faculdade. Virei professora do ensino médio, fiz mestrado em psicologia educacional e, depois, doutorado em psicologia clínica. No entanto, mesmo ao fim da minha formação, engajada em ajudar outras pessoas por meio da terapia – inclusive sendo encarregada de tratar alguns dos casos mais difíceis em meus estágios clínicos –, eu ainda estava em negação. Eu fugia do passado, negando e minimizando o luto e o trauma, fingindo e tentando agradar os outros, sendo perfeccionista, culpando Béla por ressentimentos e desapontamentos crônicos. E buscava realizações como se elas pudessem compensar tudo o que perdi.

Um dia, ao chegar ao Centro Médico do Exército William Beaumont, em Fort Bliss, no Texas, onde coordenava um estágio clínico muito disputado, vesti meu jaleco branco e coloquei a placa de identificação que dizia “Dra. Eger, Departamento de Psiquiatria”. Por um segundo as palavras se embaralharam e pareciam dizer: “Dra. Eger, Impostora.” Naquele momento, entendi que não poderia tratar as outras pessoas se não me tratasse primeiro.

Minha abordagem terapêutica é eclética e instintiva, uma mistura de intuição com teorias e práticas cognitivas. Chamo isso de terapia de escolha, já que a liberdade é basicamente uma questão de escolha. Embora o sofrimento seja inevitável e universal, podemos sempre escolher como responder a ele – e eu procuro ressaltar e estimular o poder de escolha dos meus pacientes para concretizar uma mudança positiva na vida deles.

O trabalho que desenvolvo tem como base quatro princípios psicológicos fundamentais:

O primeiro princípio, baseado na psicologia positiva criada por Martin Seligman, é o conceito de “desamparo aprendido”, que mostra que sofremos mais quando acreditamos que somos incapazes de dar sentido à vida e que nada do que fizermos poderá melhorar a situação. Progredimos quando vivenciamos o “otimismo aprendido”, ou seja, a força, a resiliência e a habilidade de criar sentido e direção para nossa vida.

O segundo é a Terapia Cognitivo-Comportamental, que entende que nossos pensamentos criam nossos sentimentos e comportamentos. Para mudar comportamentos prejudiciais, disfuncionais ou contraproducentes, é preciso mudar os pensamentos, substituir as crenças negativas por outras que atendam e apoiem nosso crescimento.

O terceiro vem de Carl Rogers, um de meus mentores mais importantes. Esse princípio prega a importância da autoestima positiva incondicional. Muito do nosso sofrimento deriva da ideia equivocada de que não podemos ser amados e autênticos – que, se quisermos ser aceitos e aprovados pelos outros, temos que negar ou esconder o nosso verdadeiro eu. Em meu trabalho, eu me esforço para mostrar aos pacientes que só nos tornamos livres quando paramos de usar máscaras e de representar papéis para atender às expectativas que os outros projetam sobre nós, e também quando começamos a nos amar incondicionalmente.

Por fim, uso o conhecimento compartilhado com meu querido mentor, amigo e companheiro sobrevivente de Auschwitz, Viktor Frankl, de que as piores experiências podem ser os melhores professores, pois catalisam descobertas inesperadas e nos abrem para novas possibilidades e perspectivas. A cura terapêutica, a satisfação e a liberdade resultam de nossa capacidade de escolher como reagir diante de qualquer coisa que a vida nos apresente e a dar sentido e propósito a tudo que vivemos – em especial, ao nosso sofrimento.

A liberdade é um eterno exercício, uma escolha que precisamos fazer todos os dias, a todo momento. Em última análise, a liberdade exige esperança, que defino de duas maneiras: a consciência de que o sofrimento, embora terrível, é temporário; e a curiosidade para descobrir o que vem a seguir. A esperança nos permite viver o presente em vez do passado e abre as portas de nossas prisões mentais.

Setenta e cinco anos após a libertação, eu ainda tenho pesadelos e flashbacks. Sei que até o dia da minha morte vou sofrer pela perda de meus pais, que não puderam ver as quatro gerações que renasceram de suas cinzas. O horror ainda está em mim. Não existe liberdade em minimizar o que aconteceu nem em tentar esquecer o que vivi.

No entanto, permanecer presa à culpa, à vergonha, à raiva, ao ressentimento ou ao medo do passado é bem diferente de relembrar e reconhecer. Posso enfrentar a realidade do que aconteceu e lembrar que, apesar do que perdi, nunca parei de amar e de ter esperança. Para mim, a capacidade de escolher, mesmo em meio a tanto sofrimento e impotência, é a verdadeira dádiva que Auschwitz me proporcionou.

Pode parecer errado chamar de dádiva qualquer coisa que tenha a ver com campos de extermínio. Como algo de bom pode vir do inferno? Lembro do medo constante de, a qualquer momento, ser arrastada da fila de seleção e atirada à câmara de gás, aquela fumaça escura saindo das chaminés, um lembrete onipresente de tudo que eu havia perdido e que teria a perder. Eu não tinha controle sobre aquelas circunstâncias aflitivas e absurdas, mas podia me concentrar no que se passava na minha cabeça. Podia obedecer, podia não reagir. Auschwitz me deu a oportunidade de descobrir minha força interior e meu poder de escolha. Aprendi a confiar em partes de mim que de outra forma eu nunca saberia que existiam.

Todo mundo tem a capacidade de escolher. Quando as circunstâncias externas são difíceis é que surge a possibilidade de descobrir quem realmente somos. O que importa não é o que nos acontece, mas o que fazemos com nossas experiências.

Ao escapar de nossas prisões mentais, não apenas nos libertamos do que nos paralisava como ficamos livres para exercitar o livre-arbítrio.

Aprendi a diferença entre liberdade negativa e liberdade positiva em maio de 1945, aos 17 anos. Eu estava caída na lama, junto a uma pilha de pessoas mortas e moribundas, quando a 71ª Infantaria chegou para libertar o campo. Lembro-me dos olhares horrorizados dos soldados, com o rosto coberto por lenço para não sentirem o cheiro de carne podre. Naquelas primeiras horas de liberdade, vi meus colegas ex-prisioneiros – aqueles que conseguiam andar – saírem pelos portões da prisão e, momentos depois, voltarem para se sentar na grama encharcada ou no chão sujo dos barracões, incapazes de seguir adiante. Viktor Frankl percebeu o mesmo fenômeno quando as forças soviéticas libertaram Auschwitz. Não estávamos mais presos, mas muitos não conseguiam reconhecer, física ou mentalmente, a liberdade. Corroídos por doenças, pela fome e pelo trauma, não tínhamos capacidade de assumir a responsabilidade por nossa vida. Mal conseguíamos nos lembrar de como ser nós mesmos.

Tínhamos finalmente sido libertados dos nazistas. Mas ainda não estávamos livres.

Hoje reconheço que a prisão mais nociva está em nossa mente, mas sei que a chave está em nosso bolso. Não importa o tamanho do sofrimento ou do portão das celas, é possível nos libertarmos de qualquer coisa que esteja nos aprisionando.

Não é fácil, mas vale muito a pena.

Em A bailarina de Auschwitz, contei a história de minha jornada desde a prisão, passando pela libertação, até a verdadeira liberdade. Fiquei surpresa e grata pela receptividade internacional do livro e por todos os leitores que compartilharam suas histórias de como enfrentaram o passado e curaram suas dores. Muitas dessas histórias foram incluídas neste livro. (Claro que os nomes e outros detalhes foram trocados para proteger a privacidade de todos.)

Quando escrevi A bailarina de Auschwitz, eu não queria que as pessoas lessem minha história e pensassem: “Meu sofrimento não é nada em comparação com o dela.” Queria que as pessoas conhecessem a minha vida e entendessem: “Se ela pode fazer isso, eu também posso.” Com o sucesso do primeiro livro, muitos leitores pediram um guia com dicas práticas da terapia que apliquei em minha própria vida e no trabalho clínico que desenvolvi com meus pacientes. A liberdade é uma escolha veio cumprir este papel.

Em cada capítulo analiso uma prisão mental, ilustrando seus efeitos com histórias pessoais e com casos tirados de minha experiência profissional. Depois apresento sugestões de estratégias para você aplicar em sua vida e se libertar de suas próprias prisões. Algumas estratégias são perguntas que podem ser usadas como lembretes diários ou como inspiração para uma conversa com seu terapeuta ou amigo de confiança. Há também algumas dicas práticas para melhorar sua vida e seus relacionamentos. Organizei o livro numa sequência objetiva que reflete a minha trajetória para a liberdade. Mas como a terapia não é um processo linear, os capítulos também podem ser lidos individualmente ou em qualquer ordem. Você está no comando da sua jornada. Portanto, use o livro da maneira que considerar mais adequada.

Ofereço agora três orientações iniciais para você dar os primeiros passos a caminho da liberdade.

Ninguém muda até estar pronto.

Ninguém muda até estar pronto. Às vezes, uma circunstância difícil, como um divórcio, um acidente, uma doença ou a morte, nos força a enfrentar o que não está funcionando em nossa vida e a tentar outro caminho. Outras vezes, a dor interior ou um anseio frustrado se torna tão visível e insistente que é impossível ignorar. Mas a disposição para a mudança não vem de fora nem pode ser acelerada ou forçada. Você está pronto quando se sente pronto, quando algo se acende lá dentro e você decide: Até agora eu fiz assim. De hoje em diante vou fazer diferente.

Mudar é interromper hábitos e padrões que não nos servem mais.

Mudar é interromper hábitos e padrões que não nos servem mais. Se você quer alterar sua vida de maneira significativa, não pode simplesmente abandonar um hábito ou convicção disfuncional. É preciso substituí-lo por uma versão mais saudável. Você escolhe o caminho que vai percorrer. Encontra uma indicação e a segue. Ao iniciar a jornada, é importante refletir não apenas sobre aquilo de que gostaria de se libertar, mas também sobre o que quer fazer com essa liberdade.

Você muda para assumir o seu verdadeiro eu.

Por fim, quando você muda sua vida não é para se tornar uma nova pessoa, mas para assumir o seu verdadeiro eu – o diamante único que nunca poderá ser replicado ou substituído. Tudo o que lhe aconteceu, as escolhas que fez até aqui, a maneira como lidou com elas, tudo isso importa. Não precisa jogar tudo fora e começar do zero. Seja lá o que você fez ou o que viveu, isso o trouxe até este momento. A estratégia definitiva para alcançar a liberdade é continuar sendo quem você realmente é.

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Edith Eva Eger

Sobre o autor

Edith Eva Eger

EDITH EVA EGER Foi bailarina e ginasta até os 16 anos, quando foi enviada a Auschwitz com sua família. Após sobreviver ao Holocausto, sofreu diversos sintomas de estresse pós-traumático até os 50 anos, quando iniciou um longo processo de cura. Hoje é doutora em psicologia e já trabalhou com veteranos de guerra e vítimas de trauma físico e emocional. Aos 90 anos escreveu A bailarina de Auschwitz e continua atendendo pacientes na sua clínica, na Califórnia.

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Em uma conversa franca e afetiva, Edith Eva Eger aborda, em novo livro, as crenças que limitam nossa liberdade e mostra como podemos deixar o passado para trás.

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