Coleção Brasilis | Sextante
Livro

Coleção Brasilis

Eduardo Bueno
BOXE COM 4 LIVROS

“Ao escrever com foco global e grande riqueza narrativa, Eduardo Bueno permite que o leitor se delicie com a dialética entre o particular e o geral, o local e o mundial – afinal a característica nova para os encontros humanos que essa viagem do descobrimento efetivamente permitiu. Uma leitura imperdível.” – Jorge Caldeira, autor de Mauá, empresário do Império

“Ele conta história do jeito que deveria ser nas escolas: sem aquele monte de datas para decorar.” – Drauzio Varella, médico e escritor

“Tornei-me um pouco menos ignorante em relação à história do Brasil graças aos livros de Bueno. Viajei bastante com ele.” – Walter Salles Jr.,cineasta

“Uma das artes mais difíceis é a de escrever bem, de modo claro e sintético, mantendo-se fiel aos acontecimentos. Pois é isso que Eduardo Bueno consegue em uma síntese de séculos de nossa história. Não há melhor introdução para um público não especializado que queira ter uma noção da história do Brasil.” – Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, ex-presidente do Brasil

“O Brasil estava precisando de livros de história gostosos de ler. Achei fascinante.” – Fernanda Torres, atriz

“Eduardo Bueno é o Capistrano de Abreu do nosso tempo. A diferença é que seus livros são lidos por centenas de milhares de leitores.” – Max

Justo Guedes, contra-almirante e historiador “Eduardo Bueno descobriu o Brasil e não foi comido pelos índios.” – Fernando Gabeira, escritor

“Ao ler, me senti cumprindo uma obrigação – de saber das minhas raízes – com o maior prazer.” – Marília Gabriela, jornalista e atriz

“De um historiador para outro.” – Do autógrafo dado por Eric Hobsbawm a Eduardo Bueno

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Ficha técnica
Lançamento 29/08/2016
Título original COLEÇÃO BRASILIS
Formato 16 x 23 cm
Número de páginas 856
Peso 1000 g
Acabamento BROCHURA
ISBN 978-85-5608-016-5
EAN 9788556080165
Preço R$ 99,90
Ficha técnica e-book
eISBN 9788556080417
Preço R$ 79,99
Selo
Estação Brasil
Lançamento 29/08/2016
Título original COLEÇÃO BRASILIS
Tradução
Formato 16 x 23 cm
Número de páginas 856
Peso 1000 g
Acabamento BROCHURA
ISBN 978-85-5608-016-5
EAN 9788556080165
Preço R$ 99,90

E-book

eISBN 9788556080417
Preço R$ 79,99

Selo

Estação Brasil

Leia um trecho do livro

APRESENTAÇÃO

A viagem do descobrimento é bem mais do que uma leitura muito agradável (o que já não é pouco). Eduardo Bueno fez um livro capaz de permitir ao leitor entender melhor a frase famosa de Adam Smith:

“A descoberta da América e de uma passagem para as Índias Orientais pelo cabo da Boa Esperança são os dois maiores e mais importantes eventos da história da humanidade. Suas consequências já têm sido muito grandes; entretanto, no curto período de dois a três séculos, decorridos desde que feitas essas descobertas, é impossível que já tenhamos podido enxergar todo o alcance dessas consequências. Não há sabedoria humana capaz de prever que benefícios ou que infortúnios podem ainda advir futuramente à humanidade através desses grandes acontecimentos” (Adam Smith, A riqueza das nações, São Paulo, Nova Cultural, 1983, v.II, p. 100).

A frase está em A riqueza das nações, livro publicado em 1776 – antes ainda de o capitalismo se impor como sistema nacional de produção. Escrevendo em 1998, em plena era da globalização, Eduardo Bueno desvenda para o leitor uma versão muito atualizada das dimensões mundiais da expedição de Pedro Álvares Cabral, a primeira a ligar Europa, América, África e Ásia num único percurso – e a humanidade num conjunto de contatos imediatos entre seres humanos que até então haviam vivido isolados entre si.

O livro não se limita à ruptura do isolamento geográfico. Eduardo Bueno narra em grande detalhe como, em plena Idade Média europeia, Portugal dirigiu um projeto tecnológico regular (foram sete décadas de investimento contínuo) e revolucionário. Para atravessar os oceanos foi preciso recolher informação no mundo inteiro, gente (também do mundo inteiro) capaz de processar a informação na direção do objetivo constante, técnicos capazes de aplicar o conhecimento em artefatos, financiadores em larga escala.

O resultado disso foi uma mudança completa na estrutura do próprio conhecimento. Quando tudo começou, a astrologia não estava separada da astronomia; a química, da alquimia; a medicina, do ocultismo; a geografia, do mito. Bueno mostra como cada viagem foi dando sua contribuição para que, ainda antes de Copérnico, os navegantes portugueses fizessem tratados sobre a arte de navegar numa terra esférica.

Com a soma das dimensões geográficas, tecnológicas e de aventura postas na leitura, o episódio brasileiro da viagem de Pedro Álvares Cabral ganha uma nova qualidade. A terra tropical, as praias brancas, o clima suave, os rios caudalosos, os animais coloridos e barulhentos formam o cenário de encantamento, e de surpresa, até mesmo para quem vivia de surpresa em surpresa. Havia conhecimento hipotético da terra, mas a experiência sensorial dos viajantes excedeu suas próprias fantasias.

Claro, tal experiência foi completada por um encontro inusitado. Pessoas postas em grandes navios e cobertas de panos em pleno calor tropical trocaram olhares e experiências com nativos nus. Ali mesmo nasceu uma hipótese europeia: a terra onde estavam deveria ser o próprio Paraíso, e os seres nus, os inocentes primitivos, pessoas que ainda não conheciam o Pecado Original.

Ao leitor atento não escapará nem mesmo o destino de Afonso Ribeiro, português que foi deixado para viver entre os nativos enquanto a viagem da frota cabralina prosseguia. Ficaria ali muito tempo, não fosse uma extraordinária coincidência.

Em meados de 1501, no porto de Bezeguiche (hoje Dakar), a frota que voltava da Índia encontrou outra que vinha para o Brasil. O piloto desta, Americo Vespúcio, trazia ainda notícias da descoberta do atual Canadá por navegadores portugueses – e juntou uma notícia com outra, mais a própria experiência no Caribe, para presumir que havia todo um novo continente, desconhecido de europeus, asiáticos e africanos.

Sabendo onde estava Afonso Ribeiro, a frota foi resgatá-lo – e o piloto ouviu suas histórias. Juntou-as com outras que conhecia e escreveu, em setembro de 1502, uma carta para Francesco de Medici a que deu o título de Mundus Novus. O documento acabou publicado, foi o segundo grande best-seller da história da humanidade (só perdia para a Bíblia) e causou tanto impacto entre os leitores que o nome do autor acabou sendo dado
ao continente.

Como parte desse mundo agora integrado, o Brasil acabou entrando como possibilidade nova, utopia, paraíso e inferno. Era uma das conse­quências não previstas e cujos desdobramentos não se podiam calcular de que falou Adam Smith. Assim foi tratado por muito tempo pelos historiadores, até mesmo depois que a terra havia se transformado no país independente em que hoje vivemos.

Por muito tempo, apesar das dificuldades vencidas e dos esforços de muitos, houve um empenho para separar a chamada semana de Pedro Álvares Cabral – como chegaram a ser eventualmente denominados os dez breves e felizes dias que os portugueses passaram em Porto Seguro – do contexto bem mais amplo de sua viagem pioneira. De olhar para o particular, ignorando o geral. Tal tradição gerou a parte conhecida por quase todos os cidadãos brasileiros da aventura de 1500.

Ao escrever com o foco mundial indicado por Adam Smith e com grande riqueza narrativa, Eduardo Bueno permite que o leitor se delicie com a dialética entre o particular e o geral, o local e o mundial – afinal, a característica nova para os encontros humanos que a viagem do descobrimento efetivamente permitiu. Uma leitura imperdível.

Jorge Caldeira
Escritor, autor de Mauá, empresário do Império e de Júlio Mesquita e seu tempo

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Eduardo Bueno

Sobre o autor

Eduardo Bueno

Eduardo Bueno é escritor, com mais de 30 livros publicados, jornalista, editor e tradutor. Com a coleção Brasilis, que reúne A viagem do descobrimento, Náufragos, traficantes e degredados, Capitães do Brasil e A coroa, a cruz e a espada, tornou-se o primeiro autor brasileiro a emplacar simultaneamente quatro títulos entre os cinco primeiros nas listas de mais vendidos dos principais jornais e revistas do país. Eduardo também traduziu 22 livros, sendo o principal deles o clássico On the Road – Pé na Estrada, de Jack Kerouac, que marcou o desembarque da “literatura beat” no Brasil. Ao longo das décadas de 1980 e 1990, editou mais de 200 títulos, tendo colaborado com algumas das principais editoras brasileiras. Como jornalista, trabalhou nos principais veículos de comunicação, entre eles a Rede Globo, a TV Cultura, a TVE-RS e os jornais O Estado de S. Paulo e Zero Hora. Já dirigiu e estrelou um programa sobre história do Brasil no Fantástico, da TV Globo, e foi o primeiro apresentador do History Channel no Brasil. Eduardo Bueno ganhou dezenas de prêmios, dentre eles o Jabuti, em 1999, e a Ordem do Mérito Cultural, comenda concedida pelo Ministério da Cultura do governo federal.

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