Apresentação Especial de Bob Proctor
Você e eu temos algo em comum: ambos escolhemos um dos melhores livros já escritos. No entanto, lá se vão quase 50 anos desde que minha mente foi exposta pela primeira vez às informações que agora estão em suas mãos. O conteúdo de Pense e enriqueça tem potencial para aumentar sua qualidade de vida num nível muito além da sua imaginação. Veja bem, eu provavelmente conheço este livro e seu potencial melhor do que a maioria das pessoas vivas hoje. Cinquenta anos estudando a mesma técnica deixam marcas em você. Permita-me explicar.
Em 1963, quando eu tinha 29 anos, meu irmão Al me deu um presente que considero um verdadeiro tesouro: um exemplar de Pense e enriqueça que mandara encadernar em couro preto. Eu já estudava o livro havia algum tempo, porém, desde que ganhei aquele exemplar de Al, passei a carregá-lo comigo todos os dias. Muita coisa na minha vida mudou para melhor desde então.
Um dia, meu irmão me mandou um e-mail dizendo que estava satisfeito por eu ter começado a estudar Pense e enriqueça porque toda a nossa família se tornou mais próspera e feliz por causa deste maravilhoso livro de Napoleon Hill. A filosofia contida nas páginas que se seguem é uma das melhores visões do sucesso que você vai encontrar em qualquer lugar.
Estou escrevendo estas palavras sentado em minha biblioteca, cercado por alguns milhares de livros – grandes livros, mas nenhum tão impactante quanto este.
Henry Ford, John D. Rockefeller, Thomas Edison e Alexander Graham Bell foram amigos próximos de Hill. Mesmo sem pesquisar, você deve ter uma ideia bastante clara da importância desses homens – até porque, na maioria dos casos, seus nomes estão atrelados às suas realizações. A meu ver, contudo, é quase impossível descrever com exatidão o impacto positivo que Napoleon Hill e sua obra tiveram no mundo. Por meio de seus livros, ele transformou a vida de milhões de pessoas. Suas incríveis pesquisas e seus muitos anos de dedicação reverberam na mente de indivíduos que nunca ouviram falar no seu nome, mas que tiraram proveito da sabedoria que outros compartilharam ao ter contato com a grande obra desse autor.
Na primeira vez em que Pense e enriqueça foi colocado nas minhas mãos, eu estava num quartel do Corpo de Bombeiros num subúrbio de Toronto, no Canadá. Eu era um rapaz de 26 anos muito confuso, infeliz e sem um tostão no bolso. Praticamente não tinha educação formal e nenhuma experiência profissional. Estava sempre concentrado no que eu não possuía, no que me faltava e no motivo pelo qual eu não conseguia fazer tudo que sonhava. O trabalho de Hill me inspirou; ele me levou a focar naquilo que eu podia fazer. À medida que fui estudando a poderosa informação compartilhada neste livro, comecei a procurar formas de fazer as coisas em vez de razões para não poder fazê-las.
Pense e enriqueça me ensinou a desenvolver meus pontos fortes e a administrar meus pontos fracos. Com a repetição, lendo cada capítulo incontáveis vezes, passei a nutrir um saudável respeito por meu potencial e por minhas capacidades. Hoje sou dono de diversas empresas bem-sucedidas espalhadas pelo mundo inteiro. Atraí parceiros de negócios com os quais qualquer um teria orgulho de trabalhar. O grupo LifeSuccess se concentra em prestar serviços na mesma área à qual Hill se dedicou: ajudar as pessoas a compreender e a desenvolver seu potencial.
Adquiri o hábito de ler algumas linhas de Pense e enriqueça diariamente e cheguei à conclusão de que, seja qual for o obstáculo que tiver pela frente, a solução será encontrada nas páginas deste maravilhoso livro. Outro hábito que aconselharia você a seguir é ler o capítulo “Persistência” durante 30 dias pelo menos duas vezes ao ano.
Recentemente, viajei para Kuala Lumpur, na Malásia, para falar na conferência internacional da Napoleon Hill Foundation, ocasião em que o primeiro-ministro malaio foi agraciado com o Prêmio Napoleon Hill. Embora o autor tenha passado para o plano seguinte de sua jornada eterna, a instituição perpetua suas realizações. Lembro-me do instante em que entrei na biblioteca da fundação, que abriga boa parte das obras originais de Hill, e fui tomado por um sentimento de profunda gratidão; senti-me devedor a ele e à fundação pela vida confortável que tenho.
Decida agora mesmo. Tome a decisão de canalizar a filosofia deste livro de modo que ela faça por você o que já fez por milhões de pessoas. Recomendo fortemente que faça o que fiz há tantos anos: ler Pense e enriqueça inúmeras vezes até se tornar parte de seu modo de pensar, de seu modo de ser. Você será ricamente recompensado por isso.
Bob Proctor, 2007
autor de Você nasceu rico
não espere.
nunca será o momento perfeito.
Apresentação do Editor
No fim da primeira década do século XXI, os Estados Unidos e diversos outros países enfrentaram um abismo financeiro e econômico que por pouco não causou o colapso de todo o sistema mundial. De acordo com a maioria das estimativas, a crise teria sido bem pior – até cinco vezes maior – do que a da Grande Depressão. Bilhões de pessoas poderiam ter ficado arruinadas e milhares de empresas teriam sido destruídas.
Como patos num estande de tiro, gigantes das finanças e grandes empresas se equilibravam um após outro na beira do abismo: Goldman Sachs, Morgan Stanley, Lehman Brothers, AIG, Merrill Lynch, Bear Stearns, General Motors. Muitos faliram. Todos correram perigo. Estávamos diante de um buraco negro na economia. Hoje, ao menos por enquanto, parece que o navio retomou o prumo e que o “buraco negro” de 2008 foi evitado.
Durante a Grande Depressão dos anos 1930, nasceu um fenômeno cultural e editorial feito sob medida para ajudar pessoas abandonadas pela sorte e arruinadas financeiramente: Pense e enriqueça, escrito por Napoleon Hill. Nenhuma outra obra teve maior relevância na época ou tem no momento atual, quando diversos povos do mundo estão reconstruindo e fortalecendo suas economias enquanto tentam planejar um futuro que, apesar de diversos sinais favoráveis, ainda permanece incerto.
Pense e enriqueça é o único “manual” sobre sucesso pessoal que você precisa ter. Ele vai ajudá-lo a enriquecer – além de enriquecer sua vida – em todos os aspectos que importam, não só do ponto de vista financeiro e material. As ideias por trás deste livro são a origem de todos os movimentos de “Sucesso Pessoal” e “Atitude Mental Positiva”. Todos os livros, CDs, DVDs, podcasts, discursos, seminários, materiais on-line ou outros produtos sobre realização pessoal criados depois da publicação de Pense e enriqueça fazem pouco mais do que redescobrir e reempacotar as ideias e os princípios do Dr. Hill.
Se você estiver lendo Pense e enriqueça pela primeira vez, não dê atenção às notas de rodapé, às notas de fim de texto ou aos apêndices por enquanto. Eles contêm informações que um dia vão aumentar seu apreço pelo livro, mas durante sua primeira leitura diminuirão seu ritmo e interferirão no seu processo de aprendizado. Quando tiver completado sua leitura (a primeira de muitas!), iniciando assim sua jornada no caminho rumo a sua grande realização pessoal, sua independência financeira e seu verdadeiro sucesso na vida, volte a esta apresentação. Leia então as reflexões suplementares sobre o livro e sua filosofia. Estude as notas de fim de texto, que ampliarão sua visão sobre conceitos como “Atitude Mental Positiva” e também sobre a época em que Napoleon Hill trabalhou e escreveu, sobre as pessoas de quem ele falou e sobre o autor em si.
Se este for seu primeiro contato com este livro, peço-lhe que pare de ler ao fim deste parágrafo e pule imediatamente para o “Prefácio do Autor” na página 19. Ali está o início de uma experiência mais profunda, capaz de mudar sua vida – uma experiência que proporcionou a milhares de homens e mulheres a chave do sucesso ano após ano desde que Napoleon Hill publicou sua obra seminal. O que eles aprenderam ajudou muita gente a sobreviver à Grande Depressão e outras pessoas a alcançarem sucesso e riqueza nos anos que sucederam essa época desesperadora. Então, leitor de primeira viagem, não hesite. Não perca tempo. Pule para o “Prefácio do Autor” para começar seu estudo – e faça isso agora!
Se você não for um iniciante e já tiver lido outra versão de Pense e enriqueça, um tipo diferente de recompensa está à sua espera. O livro que você tem nas mãos é uma edição restaurada e revisada da versão original. Lembre-se de que o Dr. Hill publicou Pense e enriqueça pela primeira vez em 1937, em plena Grande Depressão. Em 1960, ele publicou uma edição revista na qual eliminou diversas partes que diziam respeito a questões específicas relacionadas a uma crise econômica profunda. Essas e outras mudanças foram feitas para não deixar o livro “datado”.
Desde então, os exemplares disponíveis nas livrarias e na maioria das bibliotecas são os da edição de 1960 e de suas subsequentes reimpressões. Por ironia, muito do que se omitiu na edição de 1960 revela-se extremamente relevante para as circunstâncias e condições que prevalecem hoje, devido às imensas crises, mudanças e incertezas que varreram o mundo a partir do colapso econômico generalizado em 2008. O formato original do livro dialoga de modo tão claro e significativo com as pessoas do século XXI quanto com aquelas que as precederam – talvez até mais.
Assim, a edição que você está lendo neste instante restaura o formato original do livro, reintroduzindo boa parte do material removido mais de cinco décadas atrás. (Alguns trechos não foram mesmo reinseridos devido a sua obsolescência.) Além disso, o “visual” original de Pense e enriqueça foi recriado, reproduzindo o uso “criativo” dos destaques feito pelo Dr. Hill e imprimindo ao texto uma qualidade visual cheia de vigor e entusiasmo.
Embora esta nova edição recupere o texto e o visual da original, o livro também foi integralmente revisado. Dados financeiros e econômicos foram atualizados, por exemplo. Cada uma dessas alterações visou apenas remover qualquer obstáculo a uma compreensão plena das ideias do autor. O objetivo foi tornar Pense e enriqueça tão acessível quanto possível ao leitor de hoje.
Esta edição revisada também é a primeira e única inteiramente comentada, com notas de rodapé, notas de fim de texto e apêndices. A maior parte dessas notas será interessante principalmente para o entusiasta da obra de Napoleon Hill em busca de uma compreensão melhor do contexto histórico no qual ele criou este livro. Embora sua mensagem seja atemporal, muitas das pessoas, das circunstâncias e dos acontecimentos por ele mencionados em seus comentários e exemplos não são mais conhecidos pelos leitores. Assim, esta edição pretende tornar todos esses aspectos mais claros, sem, de modo algum, interferir nem perturbar a integridade e a mensagem da obra original.
Pense e enriqueça é um fenômeno editorial. Ano após ano, pessoas continuam a “descobri-lo” – seja em uma livraria ou em uma biblioteca, revelado por algum parente, amigo ou colega profissional – e leem, amam e usam o livro para revolucionar sua vida e libertar seus poderes de criatividade e imaginação.
O primeiro exemplar de Pense e enriqueça foi vendido em 1937. Onze anos depois, em fevereiro de 1948, a revista Coronet fez uma pesquisa com 300 rapazes e moças bem-sucedidos perguntando o seguinte: “Que livro ou livros mais influenciaram sua vida e contribuíram para seu sucesso?” Pense e enriqueça apareceu em quarto lugar na lista. Em setembro de 1986 – 38 anos e oito presidentes norte-americanos depois –, o USA Today publicou uma lista dos 10 livros de investimento mais vendidos no país naquele mês. Embora não se enquadre exatamente na categoria “investimento” (a não ser investimento em si mesmo e nos outros), ele ficou em primeiro lugar na lista. (Os livros que ele derrotou? How to Buy Stocks [Como comprar ações], The Only Investment Guide You’ll Ever Need [O único guia de investimento de que você vai precisar] e Getting Yours [Como conseguir seu financiamento].)
Alguns anos atrás, a Biblioteca do Congresso americano fez uma pesquisa perguntando quais livros mais tinham influenciado a vida dos leitores. A Bíblia ganhou de longe. Em segundo e terceiro lugares apareceram, respectivamente, A Revolta de Atlas, de Ayn Rand, e Pense e enriqueça, de Napoleon Hill. Em 2002, na edição de 14 de outubro da revista Business Week, por mais inacreditável que pareça, Pense e enriqueça ficou em 10o lugar na lista dos 15 livros de negócios mais vendidos da atualidade – 65 anos depois de o primeiro exemplar ter sido vendido!
Entre em qualquer boa livraria ou em qualquer site que venda livros e você encontrará, na seção de negócios ou motivação pessoal, alguns exemplares de Pense e enriqueça (em geral, alguma edição da versão de 1960). O livro perdura porque funciona.
Por três anos, tive o privilégio de ser o primeiro editor-chefe da Think and Grow Rich Newsletter, publicada pela Imagine Inc. para a Napoleon Hill Foundation, a organização filantrópica criada pelo Dr. Hill. Minha experiência nessa função não apenas me proporcionou a compreensão e a segurança necessárias para empreender esta restauração/revisão de Pense e enriqueça, mas também me apresentou ao poder deste livro de transformar a vida das pessoas. Fui exposto diariamente a uma avalanche de correspondências e telefonemas do mundo inteiro, de gente que leu o livro, aplicou seus princípios e conquistou autoconfiança, autoconhecimento e níveis de sucesso com os quais a maioria ousa apenas sonhar. Um dia você pode se ver dando um depoimento desse tipo.
Mas Pense e enriqueça vai além do princípio que ele apresenta. Parte do poder de atração do livro está na percepção extraordinária e quase profética de Napoleon Hill sobre questões muito atuais. Ele falava sobre conceitos como rede, gerenciamento participativo, excelência na prestação de serviços ao cliente, técnicas de visualização, brainstorming e uso de metas e objetivos por escrito muito antes que qualquer uma dessas expressões se tornasse chavão no mundo corporativo ou da psicologia – antes mesmo, na maioria dos casos, de os termos em si terem sido criados. Hill passa quase um capítulo inteiro discorrendo sobre o conceito de mentoria, embora jamais se refira a isso por esse nome. Suas especulações quanto ao funcionamento do cérebro humano antecipam toda a área das pesquisas sobre os lados esquerdo e direito do cérebro. Qualquer um dos vários testes de autoanálise espalhados por estas páginas é totalmente aplicável hoje em dia e já vale o preço do livro. Cinquenta anos antes de a palavra downsizing entrar em voga, Napoleon Hill explicou em detalhes a estratégia e a tática perfeitas a serem usadas caso a pessoa fosse repentinamente forçada a procurar emprego ou estivesse tentando iniciar um negócio. Sua análise do que é e do que significa o capitalismo (no Capítulo 6) é a mais envolvente e persuasiva já feita e deveria constituir leitura obrigatória para todos.
Independentemente de onde você more, sua biblioteca de sucesso pessoal nunca estará completa sem esta versão revista e restaurada de Pense e enriqueça. Além de incluir todo o conteúdo original, o material restaurado torna o livro mais relevante e valioso para a economia dos tempos atuais do que na época em que foi escrito. Ensinar os passos práticos para alcançar a independência financeira é um dos principais objetivos desta obra. No entanto, seu maior valor não é tornar o leitor financeiramente bem-sucedido, mas poder levar você ou qualquer um a alcançar o sucesso – seja qual for sua definição dessa palavra – e ajudá-lo a conseguir tudo que desejar da vida.
Parafraseando a afirmação mais famosa de Napoleon Hill:
“Tudo que a mente for capaz de conceber e em que for capaz de acreditar, ela pode conquistar!”
Pense e enriqueça mostra passo a passo como fazer isso.
Ross Cornwell
Prefácio do Autor
Em todos os capítulos deste livro é mencionado o segredo para ganhar dinheiro que fez a fortuna de mais de 500 pessoas extremamente ricas analisadas por mim durante muitos anos.
Quem chamou minha atenção para esse segredo foi Andrew Carnegie. Aquele velho escocês o plantou em meu cérebro displicentemente quando eu mal passava de um menino. Então se recostou de volta na cadeira, com um brilho maroto nos olhos, e ficou observando para ver se eu era inteligente o bastante a ponto de compreender o pleno significado do que ele tinha dito.
Ao perceber que eu havia entendido a ideia, ele perguntou se eu estaria disposto a passar 20 anos ou mais me preparando para espalhá-la pelo mundo para homens e mulheres que poderiam passar a vida fracassados. Eu respondi que sim e, com a cooperação do Sr. Carnegie, mantive a promessa.
Este livro contém esse segredo, testado na prática por milhares de pessoas em quase todas as áreas da vida. Foi ideia do Sr. Carnegie levar a público a fórmula mágica que lhe valeu sua estupenda fortuna. Ele esperava que eu conseguisse testar e demonstrar a solidez da fórmula por meio da experiência de pessoas de todas as profissões. Acreditava que ela deveria ser ensinada em todas as escolas e faculdades e expressou a opinião de que, se ensinada de forma adequada, iria revolucionar de tal maneira o sistema educacional que o tempo passado nas instituições de ensino poderia ser reduzido a menos da metade.
A experiência com Charles M. Schwab e outros jovens colaboradores convenceu Carnegie de que boa parte do que se ensinava não tinha valor algum no que dizia respeito a ganhar a vida ou acumular riqueza. Ele havia chegado a essa conclusão depois de ter empregado em seu negócio vários jovens, muitos com pouquíssima instrução, que, com o treinamento no uso dessa fórmula, desenvolveram uma liderança rara. Além disso, sua orientação fez a fortuna de todos aqueles que seguiram suas instruções.
Neste livro você vai conhecer a espantosa história da criação da gigante da siderurgia americana United States Steel Corporation, concebida e executada por um dos jovens colaboradores – Charles M. Schwab – por meio dos quais Andrew Carnegie provou que sua fórmula funciona para todos que estiverem prontos para ela. Essa única aplicação do segredo valeu a esse rapaz uma imensa fortuna tanto em dinheiro quanto em oportunidades. Essa aplicação específica da fórmula rendeu aproximadamente 600 milhões de dólares para todos que a aplicaram.
Esses fatos – e são fatos que praticamente todos que conheceram o Sr. Carnegie sabem – dão uma boa ideia do que a leitura deste livro poderá lhe proporcionar, contanto que você saiba que é isso que você quer.
Antes mesmo de ter sido testado na prática por 20 anos, o segredo foi transmitido a muitos milhares de homens e mulheres que o usaram para seu proveito pessoal, conforme Carnegie imaginara. Muitos fizeram fortuna graças a ele. Outros o utilizaram com sucesso para criar um ambiente de harmonia em seu lar.
Arthur Nash, um alfaiate de Cincinnati, fez de seu negócio quase falido uma “cobaia” para testar a fórmula. O empreendimento ressuscitou e rendeu uma fortuna a seus proprietários. O experimento foi tão extraordinário que jornais e revistas fizeram publicidade elogiosa para ele num valor de mais de 1 milhão de dólares.
O segredo também foi transmitido a Stuart Austin Wier, de Dallas, Texas. Ele estava pronto para recebê-lo – tão pronto que desistiu de sua carreira e foi estudar direito. Ele foi bem-sucedido? Essa história também é contada aqui.
Contei a fórmula a Jennings Randolph no dia em que ele se formou na faculdade e ele a usou tão bem que o segredo o levou a uma cadeira no Senado dos Estados Unidos e a uma longa e respeitada carreira no serviço público em nível nacional.
Na época em que fui gerente de publicidade da LaSalle Extension University, quando a instituição mal passava de um nome, tive o privilégio de ver J. G. Chapline, reitor da universidade, usar a fórmula com tanta eficiência que fez da LaSalle uma das maiores instituições de ensino do país.
O segredo ao qual me refiro é mencionado pelo menos uma centena de vezes ao longo deste livro. Ele não foi diretamente nomeado, pois parece funcionar melhor quando é apenas revelado e deixado à vista, para que aqueles que estão prontos e que estão à sua procura possam utilizá-lo. Por isso Andrew Carnegie o lançou para mim de modo tão discreto, sem nomeá-lo. Se você estiver pronto para colocá-lo em prática, vai reconhecer esse segredo pelo menos uma vez em cada capítulo. Gostaria de ter o privilégio de lhe dizer como você vai saber quando estiver pronto, mas isso o privaria de boa parte dos benefícios que vai receber ao fazer a descoberta da sua própria maneira.
Enquanto este livro estava sendo escrito, meu filho, na época concluindo a faculdade, pegou o manuscrito do Capítulo 1, leu-o e descobriu sozinho o segredo. Ele usou a informação de modo tão eficiente que logo conseguiu um cargo de responsabilidade com um salário inicial maior do que o que o trabalhador padrão jamais vai ganhar na vida. Sua história é contada brevemente no primeiro capítulo. Quando lê-la, você talvez descarte qualquer sensação de que este livro promete algo além do que pode cumprir. Além disso, se você ficou desanimado, se teve dificuldades para superar algum obstáculo que exigiu seu suor e seu sangue, se tentou e fracassou, se alguma vez foi prejudicado por uma doença ou por uma limitação física, essa história da descoberta e da utilização da fórmula de Andrew Carnegie pelo meu filho pode se revelar o oásis no “Deserto da Desesperança” que você vem buscando.
Esse segredo foi muito usado pelo ex-presidente americano Woodrow Wilson durante a Primeira Guerra Mundial. Foi transmitido a todo soldado que lutou nesse conflito, cuidadosamente incorporado ou “embutido” no treinamento antes de partir para a frente de batalha. O presidente Wilson contou que a fórmula foi um fator decisivo na obtenção dos recursos necessários para a guerra.
Nos primeiros dias do século XX, Manuel L. Quezon (então Comissário Residente das Filipinas) foi inspirado pelo segredo a obter liberdade para seu povo e acabou se tornando o primeiro presidente da nação quando a ilha ficou livre. Um aspecto singular desse segredo é que aqueles que o adquirem e colocam em prática pela primeira vez se veem literalmente arrebatados pelo sucesso com um esforço aparentemente pequeno, e nunca mais se submetem ao fracasso! Se você duvida, estude os nomes daqueles que o usaram, verifique você mesmo seu histórico e convença-se.
algo em troca de nada não existe!
O segredo ao qual me refiro não pode ser obtido sem um preço, embora esse preço seja muito menor do que seu valor. Ele não pode ser obtido, seja a que preço for, por quem não estiver intencionalmente à sua procura. Ele não pode ser dado nem comprado, pois vem em duas partes. Aqueles que estão prontos para ele já têm uma dessas partes.
O segredo funciona igualmente bem para todos que estão prontos para ele. O grau de instrução não faz diferença. Muito antes de eu nascer, o segredo havia chegado às mãos de Thomas Alva Edison, e ele o usou de modo tão inteligente que se tornou o maior inventor do mundo, embora só tivesse ido à escola por três meses.
O segredo foi transmitido a um dos colaboradores profissionais de Edison. Ele o usou de modo tão eficaz que, embora na época ganhasse apenas 12 mil dólares por ano, acumulou uma grande fortuna e se aposentou do trabalho ativo quando ainda era um rapaz. A história dele se encontra no início do próximo capítulo. Deve convencê-lo de que a riqueza não está fora de alcance, de que você ainda pode ser o que deseja, de que dinheiro, fama, reconhecimento e felicidade podem ser alcançados por todos que estiverem prontos e decididos a obter essas bênçãos.
Como eu sei essas coisas? Você deve ter a resposta antes de terminar de ler este livro. Talvez a encontre logo no primeiro capítulo ou mesmo na última página.
Enquanto trabalhava na pesquisa de mais de 20 anos que tinha iniciado a pedido do Sr. Carnegie, analisei a trajetória de centenas de indivíduos conhecidos, muitos dos quais admitiram que haviam acumulado suas imensas fortunas com o auxílio do segredo de Carnegie. Alguns deles foram:
Henry Ford John D. Rockefeller
William Wrigley Jr. Thomas A. Edison
John Wanamaker Frank A. Vanderlip
James J. Hill F. W. Woolworth
Fannie Hurst Coronel Robert A. Dollar
George S. Parker Edward A. Filene
E. M. Statler Edwin C. Barnes
Henry L. Doherty Arthur Brisbane
Cyrus H. K. Curtis Woodrow Wilson
George Eastman William Howard Taft
Theodore Roosevelt Luther Burbank
John W. Davis Edward W. Bok
Marie Dressler Frank A. Munsey
Elbert Hubbard Kate Smith
Wilbur Wright Elbert H. Gary
William Jennings Bryan Alexander Graham Bell
Dr. David Starr Jordan John H. Patterson
J. Ogden Armour Julius Rosenwald
Charles M. Schwab Stuart Austin Wier
Ernestine Schumann-Heink Dr. Frank Crane
Dr. Frank Gunsaulus J. G. Chapline
Daniel Willard Arthur Nash
King Gillette Ella Wheeler Wilcox
Ralph A. Weeks Clarence Darrow
Juiz Daniel T. Wright Jennings Randolph
Esses nomes representam apenas uma pequena fração das centenas de norte-americanos famosos cujo sucesso, tanto financeiro quanto de outra natureza, prova que aqueles que compreendem e aplicam a fórmula de Carnegie alcançam altas posições na vida. Nunca conheci alguém que tenha sido inspirado a usar o segredo sem alcançar um sucesso notável. Nunca conheci alguém que tivesse obtido verdadeiro destaque profissional ou acumulado qualquer riqueza significativa sem conhecer, de uma forma ou de outra, o segredo. A partir desses dois fatos, concluo que o segredo é mais importante – como parte do conhecimento essencial para a autodeterminação – do que qualquer coisa recebida pelo que é conhecido popularmente como “educação”.
O que é educação, afinal? Isso será respondido em todos os detalhes.
Muitos desses indivíduos tiveram pouquíssima educação formal. John Wanamaker certa vez me disse que sua pouca instrução fora adquirida da mesma forma que uma locomotiva a vapor recebe água: recolhendo-a enquanto avança.
Henry Ford nunca chegou ao ensino médio, quem dirá ao superior. Não estou tentando minimizar o valor da educação formal, mas sim tentando expressar minha vigorosa crença de que aqueles que dominarem e aplicarem o segredo alcançarão posições elevadas, acumularão riqueza e receberão da vida o que quiserem, mesmo que seu nível de instrução seja baixo.
Em algum lugar, conforme você for lendo, o segredo ao qual me refiro vai saltar aos seus olhos se você estiver pronto para ele! Quando aparecer, você vai reconhecê-lo. Quer receba o sinal no primeiro ou no último capítulo, pare um instante quando ele se apresentar e comemore – essa ocasião será o mais importante divisor de águas de sua vida.
Vamos passar agora à Introdução e à história do meu querido amigo, que generosamente reconheceu ter visto o místico sinal e cujas conquistas profissionais são prova suficiente de que ele descobriu o segredo. Conforme você for lendo sua história e as que se seguem, lembre-se de que elas lidam com os problemas importantes pelos quais todo mundo passa na vida – problemas que vêm do esforço para ganhar o próprio sustento, encontrar esperança, coragem, contentamento, paz de espírito, acumular riqueza e gozar a liberdade do corpo e do espírito.
Lembre-se também, enquanto lê este livro, de que ele lida com fatos, não com ficção, e tem como objetivo transmitir uma grande verdade universal pela qual todos que estiverem prontos podem aprender não só o que fazer, mas também como fazer e receber o estímulo necessário para começar.
Antes de você começar o próximo capítulo, posso fazer uma breve sugestão que talvez forneça uma pista para reconhecer o segredo de Carnegie? É a seguinte: toda conquista, toda riqueza conquistada, começa com uma ideia! Se você estiver pronto para o segredo, já tem meio caminho andado e, portanto, vai reconhecer prontamente a outra metade assim que ela chegar à sua mente.
Napoleon Hill
O sucesso chega para quem se torna
sensível ao sucesso.
O fracasso chega para quem,
por indiferença, se permite se
tornar sensível ao fracasso.
Introdução
Poder da Mente
O homem que abriu caminho “pensando”
Pensamentos são, de fato, coisas – e coisas poderosas, quando misturadas a clareza de propósito, persistência e um desejo ardente de que tudo isso se traduza em riquezas ou outros objetos materiais.
Edwin C. Barnes descobriu como é verdade que as pessoas podem realmente pensar e enriquecer. Sua descoberta não veio de uma vez só, e sim aos poucos. Começou com um desejo ardente de trabalhar com o grande Thomas Alva Edison.
Uma das principais características do desejo de Barnes era ser claro. Ele queria trabalhar com Edison, não para Edison. Se observar com cuidado a descrição de como ele procedeu para transformar seu desejo em realidade, você compreenderá melhor os 13 passos que conduzem à riqueza.
Na primeira vez em que esse desejo ou impulso de pensamento surgiu na mente de Barnes, ele não tinha condições de torná-lo realidade. Duas dificuldades se interpunham no caminho. Ele não conhecia Edison e não tinha dinheiro suficiente para pagar a passagem de trem até Orange, Nova Jersey, onde ficavam os laboratórios do cientista. Essas dificuldades teriam bastado para desencorajar a maioria das pessoas de empreender qualquer tentativa para transformar o desejo em realidade. Mas aquele não era um desejo qualquer! Barnes estava tão decidido a arrumar um jeito de torná-lo realidade que, em vez de se render ao fracasso, acabou decidindo viajar como “bagagem”. (Em outras palavras, ele foi até East Orange a bordo de um trem de carga.)
Barnes apresentou-se no laboratório de Edison e anunciou que fora até lá para trabalhar com o inventor. Anos mais tarde, ao falar sobre seu primeiro encontro com Barnes, Edison disse: “Ele estava ali na minha frente parecendo um vagabundo qualquer, mas algo em seu rosto transmitia a impressão de que estava determinado a conseguir o que fora buscar. Anos de experiência me levaram a aprender que, quando alguém realmente deseja algo de modo tão profundo que está disposto a arriscar todo seu futuro num único lance para consegui-lo, ele vai vencer. Eu lhe dei a oportunidade que me pediu porque vi que ele estava decidido a aguardar até conseguir. Os acontecimentos subsequentes mostraram que eu não estava errado.”
O que exatamente o jovem Barnes disse a Edison naquela ocasião é bem menos importante do que aquilo que ele pensou. O próprio Edison afirmou isso! Também não foi a aparência do rapaz que lhe permitiu começar a trabalhar no escritório de Edison, pois ela definitivamente depunha contra ele. O importante era o que ele pensava.
Se o significado dessa afirmação pudesse ser transmitido facilmente ao leitor, não haveria necessidade de ler este livro.
Barnes não conseguiu sua almejada sociedade com Edison nessa primeira conversa. Conseguiu uma oportunidade de trabalhar no escritório do cientista mediante um salário muito modesto. Fazia um trabalho sem tanta importância, mas que deu a Barnes a oportunidade de exibir sua “mercadoria” num lugar em que seu sócio pretendido pudesse vê-la.
Meses se passaram. Aparentemente, nada aconteceu para que fosse alcançada a cobiçada meta que Barnes havia fixado em sua mente como seu objetivo principal preciso. Mas algo fundamental estava acontecendo na mente de Barnes. Ele estava intensificando seu desejo de se tornar sócio de Edison.
Psicólogos já sugeriram que, “quando alguém está verdadeiramente pronto para alguma coisa, essa coisa surge”. Barnes estava pronto para uma sociedade com Edison. Além disso, ele estava decidido a continuar pronto até conseguir o que buscava.
Ele não pensou: “Ah, puxa, de que adianta? Acho que vou deixar para lá e tentar um emprego de vendedor.” O que pensou foi: “Eu cheguei até aqui para conseguir uma sociedade com Edison e vou alcançar esse objetivo mesmo que isso leve o resto de minha vida.” Ele estava falando sério! Que história diferente as pessoas teriam para contar se apenas adotassem um objetivo claro e se ativessem a esse objetivo até ele se tornar uma obsessão que as consumisse por completo!
Talvez o jovem Barnes não soubesse disso na época, mas sua determinação e sua persistência em se ater a um único desejo estavam fadadas a destruir todas as dificuldades e a lhe trazer a oportunidade que ele estava buscando.
Quando a oportunidade apareceu, surgiu num formato e de uma direção diferente da que Barnes imaginara. Essa é uma das características da oportunidade: tem o hábito dissimulado de entrar pela porta dos fundos e muitas vezes surge disfarçada, na forma de um infortúnio ou de uma derrota temporária. Talvez seja por isso que tanta gente não a reconhece.
Thomas A. Edison havia acabado de aperfeiçoar uma nova ferramenta de escritório conhecida na época como a Máquina de Ditar de Edison (que mais tarde viria a se tornar o ditafone). Sua equipe de vendas não estava muito entusiasmada com a novidade. Ninguém acreditava que ela pudesse ser vendida facilmente. Barnes viu sua oportunidade surgir sem fazer alarde, escondida dentro de um aparelho de aspecto esquisito que não interessava a ninguém, exceto a Barnes e seu inventor.
Barnes sabia que poderia vender a Máquina de Ditar de Edison. Sugeriu isso ao patrão e na mesma hora conseguiu sua oportunidade. Ele de fato vendeu o aparelho. Na verdade, vendeu-o com tamanho êxito que Edison contratou Barnes para distribuir e comercializar o produto no país todo. Dessa sociedade nasceu o famoso slogan “Fabricado por Edison e instalado por Barnes”.
Essa parceria profissional foi bem-sucedida por mais de três décadas. Com ela, Barnes enriqueceu financeiramente, mas também realizou algo infinitamente maior: provou que de fato é possível “pensar e enriquecer”.
Não tenho como saber que quantia exata esse desejo original rendeu a Barnes. Talvez 2 ou 3 milhões de dólares, uma quantia insignificante se comparada ao benefício muito maior de tê-la adquirido na forma da clara certeza de que um impulso de pensamento intangível pode ser “transmutado” no seu correspondente físico por meio da aplicação de princípios conhecidos.
Barnes conseguiu uma sociedade com o grande Edison pensando! Ele fez fortuna pensando. Não tinha nada com que começar a não ser a capacidade de saber o que queria e a determinação de não desistir desse desejo até realizá-lo.
No começo ele não possuía dinheiro algum. Tinha pouquíssima instrução. Nenhuma influência. Mas havia dentro dele iniciativa, fé e vontade de vencer. Com essas forças intangíveis, conseguiu se tornar o colaborador “número um” do maior inventor de todos os tempos.
A poucos metros do ouro
Agora vamos analisar outra situação: alguém que tinha muitos indícios tangíveis de riqueza, mas que os perdeu – porque parou a poucos metros do objetivo que estava buscando.
Uma das causas mais comuns do fracasso é o hábito de desistir quando se é surpreendido por uma derrota temporária. Todo mundo comete esse erro em algum momento da vida.
Um tio de R. U. Darby foi contaminado pela “corrida do ouro” da década de 1930 e partiu rumo ao Oeste para garimpar e enriquecer. Ele nunca tinha ouvido dizer que já se garimpou mais ouro no cérebro humano do que foi encontrado debaixo da terra. Conseguiu uma licença e pôs mãos à obra com sua picareta e sua pá. Era um trabalho árduo, mas seu desejo pelo ouro era sério. Após semanas de esforço, foi recompensado pela descoberta do fulgurante minério. Precisava de máquinas para trazê-lo até a superfície. Discretamente, ele cobriu a mina, refez o caminho de volta até Williamsburg, sua cidade natal em Maryland, e contou para os parentes e alguns vizinhos que tinha tirado a sorte grande. Todos se juntaram e levantaram dinheiro para enviar as máquinas necessárias. O tio e Darby voltaram para trabalhar na mina.
O primeiro vagão de minério foi garimpado e despachado para uma fundição. Seu rendimento demonstrou que eles tinham uma das minas mais ricas do Colorado! Mais alguns vagões daquele minério acabariam com as dívidas. Então viriam os lucros gigantescos.
As perfuradoras adentraram a terra! As esperanças de Darby e do tio subiram aos céus! Então algo aconteceu. O veio de ouro sumiu! Eles tinham chegado ao fim do arco-íris e o pote de ouro não estava mais lá! Seguiram perfurando, tentando desesperadamente encontrar o veio outra vez – mas de nada adiantou.
Por fim, eles resolveram desistir.
Venderam as máquinas a um sucateiro por umas poucas centenas de dólares e pegaram o trem de volta para casa. Alguns sucateiros são ignorantes, mas não aquele. Ele chamou um engenheiro de mineração para inspecionar a mina e fazer alguns cálculos. O engenheiro afirmou que o projeto tinha fracassado porque os donos da mina não sabiam o que eram “linhas de falha”. Seus cálculos mostravam que o veio poderia ser encontrado a apenas 1 metro de onde os darbys tinham parado de perfurar! E foi isso que aconteceu!
O sucateiro faturou milhões de dólares com essa mina porque teve o tino de pedir conselho a um especialista antes de desistir. A maior parte do dinheiro usado no maquinário havia sido obtida graças aos esforços de R. U. Darby, na época um rapaz muito jovem. O dinheiro veio de seus parentes e vizinhos, que botaram fé nele. Ele reembolsou cada dólar, mesmo levando anos para fazê-lo.
Muito tempo depois, Darby recuperou essa perda ao fazer a descoberta de que o desejo pode ser transmutado em ouro. Isso ocorreu depois que ele entrou para o ramo de seguros de vida.
Lembrando que tinha perdido uma imensa fortuna por ter parado a 1 metro do ouro, Darby utilizou essa experiência no trabalho, empregando o simples método de dizer para si mesmo: “Eu parei a 1 metro do ouro, mas nunca vou parar porque as pessoas dizem ‘não’ quando lhes peço para comprar um seguro.”
Darby fez parte de um seleto grupo de menos de 50 pessoas que vendiam mais de 1 milhão de dólares em seguros de vida por ano. Ele devia essa persistência à lição aprendida com sua desistência no ramo da mineração.
Antes de o sucesso acontecer, as pessoas com certeza experimentarão muitas derrotas temporárias, e talvez alguns fracassos. Quando a derrota domina alguém, a coisa mais fácil e mais lógica a fazer é desistir. É exatamente isso que a maioria faz.
Mais de 500 dos indivíduos mais bem-sucedidos dos Estados Unidos me disseram que seu maior sucesso ocorreu apenas um passo à frente do ponto em que eles tinham sido surpreendidos pela derrota. O fracasso é um farsante dotado de um aguçado senso de ironia e astúcia que adora nos dar rasteiras quando o sucesso está quase ao nosso alcance.
Uma lição de persistência por 50 centavos
Pouco depois de se formar na “Universidade das Agruras da Vida” e decidir tirar proveito de sua experiência no ramo da mineração, Darby teve a sorte de estar presente numa ocasião que lhe provou que nem sempre “não” quer dizer necessariamente não.
Certo dia, à tarde, estava ajudando um tio a moer trigo numa moenda antiga. O tio era proprietário de uma grande fazenda na qual viviam muitos meeiros negros. Sem fazer barulho, a porta da moenda foi aberta e uma criança, filha de uma das famílias de arrendatários, entrou e ficou parada perto da porta.
O tio de Darby ergueu os olhos, viu a menina e bradou rispidamente: “O que você quer?”
Dócil, a criança respondeu: “Minha mãe disse para o senhor dar 50 centavos para ela.”
“Eu não vou dar nada”, respondeu o tio. “Agora volte para casa.”
“Sim, senhor”, retrucou a menina. Mas não se mexeu.
O tio continuou seu trabalho e, de tão entretido, não prestou atenção na criança, que continuava ali. Ao erguer os olhos e ver a menina ainda parada, gritou: “Falei para você voltar para casa! Vá embora ou lhe dou uma surra!”
“Sim, senhor”, respondeu a menininha, mas não se moveu.
O tio de Darby largou um saco de cereal que estava prestes a despejar na calha da moenda, pegou uma vara de madeira e partiu para cima da criança com uma expressão que indicava problemas.
Darby prendeu a respiração. Teve certeza de que estava prestes a testemunhar uma surra horrível. Sabia que o tio tinha um temperamento violento. Naquela época, as crianças pobres, principalmente as filhas de meeiros, não tinham permissão para demonstrar uma teimosia tão ostensiva. Quando o tio alcançou a menina, ela rapidamente deu um passo à frente, olhou para cima bem dentro dos olhos dele e berrou a plenos pulmões com sua voz esganiçada: “minha mãe precisa desses 50 centavos!”
O tio parou e encarou a menina por um minuto. Vagarosamente, pousou a vara no chão, enfiou a mão no bolso, pegou uma moeda e entregou a ela.
A menina pegou o dinheiro e recuou devagar em direção à porta sem tirar os olhos do homem que acabara de dominar. Depois que ela saiu, o tio de Darby se sentou numa caixa e passou mais de 10 minutos olhando para o nada. Estava refletindo, assombrado, sobre a “surra” que acabara de levar.
Darby também pensava. Era a primeira vez que ele via uma criança negra derrotar intencionalmente um adulto branco. Como ela conseguira fazer aquilo? O que ela fizera com seu tio para desmontar aquela agressividade e torná-lo dócil feito um cordeiro? Que estranho poder aquela criança havia usado para dominá-lo? Essa e outras perguntas semelhantes vieram à mente de Darby, que só encontrou as respostas anos depois, ao me contar essa história. Por mais estranho que possa parecer, essa incrível história me foi contada na antiga moenda, exatamente no lugar onde o tio fora desafiado. De modo igualmente estranho, eu havia dedicado quase um quarto de século ao estudo do mesmo poder que permitira à pequena e analfabeta filha de meeiro derrotar uma poderosa figura de autoridade.
Ali, naquela velha moenda bolorenta, Darby repetiu o relato dessa vitória incomum e concluiu com a pergunta: “O que o senhor acha? Que estranho poder aquela criança usou para derrubar meu tio?”
A resposta integral a essa pergunta pode ser encontrada nos princípios descritos neste livro. Ele contém detalhes e instruções suficientes para que qualquer um compreenda e aplique a mesma força na qual a menininha esbarrou por acidente.
Mantenha a mente alerta e você poderá observar exatamente qual foi o estranho poder que veio em socorro da menina. Terá um vislumbre desse poder no próximo capítulo. Em algum lugar deste livro, você encontrará uma ideia que despertará seus poderes de recepção e colocará sob suas ordens, em seu próprio benefício, esse mesmo irresistível poder. A consciência desse poder pode lhe ocorrer na forma de uma única ideia ou como um plano ou um propósito. Ela também pode fazê-lo voltar a seus fracassos e trazer à superfície alguma lição através da qual você poderá recuperar tudo o que “perdeu” ao “fracassar”.
Depois que descrevi para Darby o poder usado inconscientemente pela menininha, ele logo rememorou seus 30 anos de experiência como vendedor de seguros de vida e reconheceu, com toda a sinceridade, que seu sucesso nesse ramo se devia, em grande parte, à lição que ele havia aprendido com a criança.
Darby comentou: “Toda vez que um cliente em potencial tentava me dispensar sem comprar nada, eu via aquela menina ali em pé na velha moenda, com os grandes olhos desafiadores chispando, e pensava: ‘Eu preciso fazer essa venda.’ A maioria das vendas que fechei aconteceu depois de as pessoas terem dito ‘não’.” Ele recordou também o próprio erro ao largar a mineração a 1 metro do ouro, “mas essa experiência”, falou, “foi uma bênção disfarçada. Aprendi a continuar insistindo por mais dificuldades que encontrasse, uma lição que eu precisava aprender antes de obter qualquer tipo de sucesso”.
A história de Darby, seu tio, a menina e a mina de ouro será, sem dúvida, lida por centenas de homens e mulheres que trabalham com vendas. A todos eles, desejo lembrar que Darby deveu a essas duas experiências sua capacidade de vender mais de 1 milhão de dólares por ano em seguros de vida – um feito incrível na sua época.
A vida é estranha, e muitas vezes imponderável! Tanto seus sucessos quanto seus fracassos estão baseados nas mesmas experiências. O que Darby vivenciou foi bastante simples e banal, mas constituiu a solução para seu destino, portanto foi tão importante para ele quanto a vida em si. Ele tirou proveito dessas duas experiências dramáticas porque as analisou e encontrou a lição que elas ensinavam.
Mas e a pessoa que não tem nem tempo nem inclinação para estudar o fracasso em busca de um conhecimento que possa conduzir ao sucesso? Onde e como esse indivíduo poderá aprender a arte de transformar a derrota em alavanca para a oportunidade?
Este livro foi escrito para responder a essas perguntas. A resposta pede a descrição de 13 passos ou princípios, mas, quando estiver lendo, lembre-se: a resposta que você busca para as perguntas que o fizeram refletir sobre a estranheza da vida talvez possa ser encontrada dentro de sua mente – por meio de alguma ideia, algum plano ou objetivo que possa lhe ocorrer ao longo da leitura.
Uma ideia sólida é tudo que alguém precisa para alcançar o sucesso. Os princípios descritos neste livro contêm os melhores e mais práticos meios conhecidos de se criar ideias úteis.
Antes de avançarmos na descrição desses princípios, creio que você tem o direito de receber uma importante recomendação: quando a riqueza começa a chegar, ela vem tão depressa, com tamanha abundância, que ficamos nos perguntando onde estava escondida durante todos esses anos.
Essa é uma afirmação espantosa, ainda mais se levarmos em conta a crença popular de que a riqueza só vem para quem trabalha com afinco e por muito tempo.
Quando você passar a pensar e enriquecer, vai observar que a riqueza começa com um estado de espírito – com um objetivo preciso e pouco ou nenhum trabalho árduo. Todo mundo deveria se interessar em saber como alcançar esse estado de espírito que atrairá a riqueza. Eu passei 25 anos estudando e analisando milhares de pessoas porque também queria saber “como os ricos se tornam ricos”.
Sem essa pesquisa, este livro não poderia ter sido escrito.
Neste ponto, atentem para um acontecimento real bastante significativo: iniciada em 1929, a Grande Depressão se aprofundou, chegando a um nível de destruição econômica jamais visto. Isso durou até um pouco depois da posse do presidente Franklin Delano Roosevelt, em 1933. A partir daí, a Depressão começou a se dissipar até desaparecer. Da mesma forma que as luzes do cinema vão sendo acesas aos poucos para que a escuridão seja gradualmente “transmutada” em luz antes, o domínio do medo na mente das pessoas foi aos poucos se dissipando e se transformou em fé.
Observe: assim que você dominar os fundamentos dessa filosofia e começar a seguir as instruções para aplicar seus princípios, seu status financeiro vai melhorar e tudo em que tocar se transformará numa vantagem em seu benefício. Parece impossível, mas não é.
Uma das principais fraquezas da espécie humana é sua familiaridade com a palavra “impossível”. As pessoas conhecem todas as regras que não funcionam. Conhecem todas as coisas que não podem ser feitas. Pense e enriqueça foi escrito para aqueles que procuram as regras que tornaram outras pessoas bem-sucedidas e que estão dispostos a apostar tudo nessas regras.
Muitos anos atrás, comprei um dicionário. A primeira coisa que fiz com ele foi abrir no verbete “impossível” e recortá-lo meticulosamente do livro. Seria bastante sensato que você fizesse o mesmo.
O sucesso vem para quem se torna sensível ao sucesso.
O fracasso vem para quem, por indiferença, se permite se tornar sensível ao fracasso.
O objetivo deste livro é ajudar todos aqueles que desejam aprender a arte de modificar suas mentes, substituindo a sensibilidade ao fracasso pela sensibilidade ao sucesso.
Outra fraqueza encontrada em várias pessoas é o hábito de medir tudo e todos com base nas próprias impressões e crenças. Alguns leitores vão acreditar que ninguém pode pensar e enriquecer. Não são capazes de pensar em termos de riqueza, pois seus hábitos mentais estão imersos em pobreza, necessidade, miséria, fracasso e derrota.
Essas pessoas pouco afortunadas me lembram um célebre asiático que veio aos Estados Unidos para receber uma educação típica norte-americana. Estudante, ele frequentou a Universidade de Chicago. Certo dia, o reitor William Rainey Harper, ao encontrar esse rapaz no campus, parou para conversar com ele por alguns minutos e perguntou qual lhe parecia ser a característica mais perceptível do povo americano.
“Ora”, exclamou o estudante, “os olhos!”
O que o caucasiano típico diz sobre as pessoas de origem asiática?
Nós nos recusamos a acreditar, ou então consideramos esquisito, aquilo que não é conhecido ou que não compreendemos. Acreditamos tolamente que nossas limitações são a medida correta das limitações. É claro que os olhos dos outros podem parecer “diferentes”, porque eles não são iguais aos seus.
Milhões de pessoas olham para as conquistas de empreendedores altamente bem-sucedidos, como Henry Ford, depois de eles terem chegado lá e os invejam devido à sua boa fortuna, à sua sorte, à sua genialidade ou ao que quer que seja aquilo a que creditam a riqueza desse empreendedor. Talvez uma pessoa em cada 100 mil conheça o segredo do sucesso empresarial, e aqueles que o conhecem são humildes demais ou relutam em falar nele por causa de sua simplicidade. Um único evento vai ilustrar de modo perfeito esse “segredo”.
Um dia, Ford decidiu produzir seu hoje famoso motor V-8, uma das inovações mais bem-sucedidas na história da indústria automobilística. Ele decidiu fabricar um motor com todos os oito cilindros fundidos num mesmo bloco e instruiu seus engenheiros a fazerem um projeto para esse motor. O projeto foi desenhado, mas os engenheiros foram unânimes em dizer que era simplesmente impossível fundir um bloco de motor a gasolina com oito cilindros numa peça só.
“Produzam mesmo assim”, disse Ford.
“Mas é impossível!”, responderam os engenheiros.
“Vão em frente”, ordenou Ford, “e insistam até conseguirem, não importa quanto tempo levar.”
Os engenheiros continuaram tentando. Era a única coisa que podiam fazer se quisessem continuar trabalhando para a Ford. Seis meses se passaram; nada aconteceu. Outros seis meses se passaram e ainda nada aconteceu. Os engenheiros tentaram todos os planos possíveis para cumprir a ordem, mas aquilo parecia fora de cogitação – impossível!
No fim do ano, Ford consultou seus engenheiros e eles mais uma vez lhe informaram que não haviam encontrado um jeito de cumprir suas ordens.
“Continuem”, disse Ford. “Eu quero e vou conseguir isso.”
Os engenheiros continuaram tentando e então, como num passe de mágica, o segredo foi descoberto. A determinação de Ford tinha vencido outra vez! Podem faltar alguns detalhes nessa história, mas sua essência está correta. Dela você poderá deduzir, se quiser pensar e enriquecer, qual é o segredo dos milhões de Henry Ford. Não precisará procurar muito.
Henry Ford teve sucesso porque compreendeu e aplicou os princípios do sucesso. Um desses princípios é o desejo – saber o que se quer. Lembre-se dessa história conforme for lendo este livro e selecione as linhas em que o segredo dessa espetacular conquista for descrito. Se conseguir fazer isso, se conseguir identificar o conjunto específico de princípios que tornaram Henry Ford rico, você poderá se equiparar às conquistas dele em quase qualquer atividade que escolher.
Você é “o Senhor do seu Destino, o Capitão da sua Alma!”
Quando o poeta William Ernest Henley escreveu as proféticas linhas “Sou o Senhor do meu Destino, o Capitão da minha Alma”, deveria ter nos informado que somos os Senhores do nosso Destino, os Capitães de nossas Almas porque temos o poder de controlar nossos pensamentos.
Ele deveria ter dito que o universo no qual este pequeno planeta flutua, no qual nos movemos e existimos, é, em si, uma forma de energia e está cheio de uma forma de poder universal que se adapta à natureza dos pensamentos que guardamos na mente – e nos influencia, de modos naturais, a transmutar nossos pensamentos em seu equivalente físico.
Se o poeta tivesse nos contado essa grande verdade, saberíamos por que somos os Senhores do nosso Destino, os Capitães de nossas Almas. Ele deveria ter dito, com muita ênfase, que esse poder não faz qualquer tentativa de distinguir pensamentos destrutivos de construtivos, que ele nos leva a transformar pensamentos de pobreza em realidade com a mesma rapidez com que nos influencia a transformar em ação pensamentos de riqueza.
Ele deveria ter dito também que nossos cérebros se tornam “magnetizados” pelos pensamentos predominantes que guardamos em nossas mentes. E que, por um processo que ninguém compreende totalmente, esses pensamentos predominantes nos atraem como ímãs para as forças, pessoas e situações da vida que estejam em harmonia com a natureza dos nossos pensamentos predominantes.
Ele deveria ter dito que, antes de conseguirmos acumular riqueza, devemos magnetizar nossas mentes com o intenso desejo de riqueza, que precisamos nos tornar “sensíveis ao dinheiro” até que o desejo de ter dinheiro nos leve a bolar planos precisos para adquiri-lo.
Por ser poeta, contudo, e não filósofo, Henley se contentou em afirmar uma verdade em forma de poesia, deixando a cargo daqueles que vieram em seguida interpretar o significado filosófico de seus versos.
Pouco a pouco, a verdade foi se revelando até mostrar, hoje, a certeza de que os princípios descritos neste livro guardam o segredo do controle de nosso destino econômico.
Estamos agora quase prontos para examinar o primeiro dos 13 passos para a riqueza que sustentam a filosofia Pense e Enriqueça. Mantenha sua mente aberta e lembre-se, conforme for lendo, de que esses princípios não foram inventados por nenhum indivíduo. Eles foram coletados nas experiências de vida de mais de 500 pessoas que realmente acumularam riqueza – pessoas que começaram pobres, com pouquíssima instrução, sem influência social. Os princípios funcionaram para elas. Você pode fazê-los funcionar para seu próprio proveito.
Será fácil.
Antes de ler o próximo capítulo, quero que você saiba que ele transmite informações concretas que podem facilmente modificar todo o seu destino financeiro, da mesma forma que trouxeram mudanças de proporções gigantescas para duas pessoas cujas histórias serão contadas.
Quero que saiba também que minha relação com essas duas pessoas é de tal ordem que eu não poderia ter tomado nenhuma liberdade com os fatos, ainda que quisesse. Um deles foi meu amigo mais íntimo durante mais de um quarto de século. O outro é meu filho. O sucesso incomum desses dois homens, sucesso que eles generosamente creditam ao princípio descrito no capítulo a seguir, mais do que justifica essa referência pessoal como um modo de enfatizar o poder de alcance desse princípio.
Muitos anos atrás, fui paraninfo de uma turma de formandos na Salem College, na Virgínia Ocidental. Em meu discurso, ressaltei com tanta intensidade os princípios descritos no próximo capítulo que um dos formandos se apropriou dele e o tornou parte da própria filosofia. Esse rapaz mais tarde se tornou um respeitado membro do Congresso e uma figura importante no governo dos Estados Unidos. Um pouco antes da entrega deste livro à editora, esse senador me escreveu uma carta na qual afirmava tão claramente sua opinião sobre o princípio destacado no capítulo a seguir que decidi publicá-la aqui como um “prefácio”. Ela dá uma ideia das recompensas que estão por vir.
Meu caro Napoleon,
Meu trabalho como membro do Congresso me proporcionou alguma compreensão dos problemas que afligem homens e mulheres, portanto escrevo para sugerir algo que talvez venha a ser útil para milhares de pessoas de valor.
Peço desculpas, e devo dizer que essa sugestão, caso levada a cabo, significará vários anos de trabalho e responsabilidade para o senhor, mas fico animado ao fazê-la, pois sei de seu grande amor pela prestação de serviços úteis.
O senhor fez o discurso de paraninfo na Salem College no dia em que me formei. Nesse discurso, plantou na minha mente uma ideia que foi responsável pela oportunidade que hoje tenho de servir ao povo do meu estado e que será responsável, em grande medida, por qualquer sucesso que eu venha a ter no futuro.
A sugestão que tenho em mente é que o senhor ponha num livro a essência do discurso que fez na Salem College e dê ao povo dos Estados Unidos uma oportunidade de tirar proveito de seus muitos anos de experiência e vínculo com [aqueles] que, pela sua grandeza, fizeram dos Estados Unidos a nação mais rica do mundo.
Lembro-me como se fosse ontem da maravilhosa descrição que o senhor fez do método pelo qual Henry Ford, com pouca instrução, sem 1 dólar no bolso e sem amigos influentes, chegou aonde chegou. Naquele momento eu decidi, antes mesmo de o senhor concluir seu discurso, que abriria um espaço para mim, por maiores que fossem as dificuldades que precisasse superar.
Milhares de jovens vão terminar os estudos neste e nos próximos anos. Todos eles estarão buscando exatamente uma mensagem de incentivo prático igual à que eu recebi do senhor. Vão querer saber para onde se virar, o que fazer para começar. O senhor poderá lhes dizer, pois já ajudou a resolver os problemas de muita, muita gente.
Se houver alguma maneira possível de o senhor prestar um serviço tão grande, permita-me sugerir que inclua junto a cada exemplar uma daquelas suas planilhas de análise pessoal, permitindo ao leitor ter o benefício de um levantamento pessoal completo que indique, como o senhor me indicou anos atrás, exatamente o que está atrapalhando seu sucesso.
Um serviço como esse, que proporcionará aos leitores do seu livro um retrato completo e imparcial de suas falhas e virtudes, significaria para eles a diferença entre sucesso e fracasso. O valor desse serviço seria incalculável.
Milhões de pessoas estão enfrentando o desafio de ter que dar a volta por cima… e falo por experiência própria quando digo: tenho certeza de que essas pessoas ficariam gratas pela oportunidade de receber suas sugestões.
O senhor conhece os problemas enfrentados por quem precisa encarar a necessidade de recomeçar. Existem hoje nos Estados Unidos milhares de pessoas que gostariam de saber como converter ideias em dinheiro, pessoas que precisam começar do zero, sem dinheiro, e recuperar suas perdas. Se alguém pode ajudá-las, esse alguém é o senhor.
Caso publique o livro, eu gostaria de ficar com o primeiro exemplar que sair da gráfica, autografado pessoalmente.
Com meus melhores votos,
Cordialmente,
Jennings Randolph
O que aquele discurso de paraninfo despertou no senador Jennings Randolph quando ele estava prestes a embarcar na vida adulta foi sua primeira real compreensão do imenso poder do desejo – o primeiro passo para a riqueza.
um desejo ardente de ser
e de fazer é o ponto de partida
do qual o sonhador deve decolar.
Sonhos não nascem da indiferença,
da preguiça ou da falta de ambição.