Cristiane Correa é autora do livro Abilio e do best-seller Sonho grande, obras que já venderam mais de 500 mil exemplares.
“O Mestre ensinou que 70% do resultado é liderança. Porque, para as outras coisas – conhecimento, método –, você pode ter, no seu time, gente que preencha a lacuna, mas, se não tem liderança, não dá. O líder é aquele que faz o time confiar na própria capacidade, aquele que inspira as pessoas, dá feedback quando precisa, é duro, mas justo. Ele desenvolve as pessoas e faz elas acreditarem que podem muito mais do que podem.” – Carlos Brito, CEO da AB InBev
Na década de 1980, Vicente Falconi, então professor de Engenharia da UFMG, começou a cruzar o Brasil para apresentar a empresários conceitos inspirados na eficiência das companhias japonesas e que eram praticamente desconhecidos no país.
O Professor levaria a combinação poderosa de disciplina e foco financeiro para empresas como Gerdau, Sadia (depois BRF), Unibanco e dezenas de outras no Brasil e no exterior. Foi graças à sua atuação que gigantes globais como a cervejaria AB InBev aprenderam, por exemplo, a estabelecer – e cobrar – metas para todos os seus milhares de funcionários.
Na esfera pública, nenhum outro consultor brasileiro se tornaria tão influente. Nos últimos 20 anos, Falconi se envolveu em projetos em diversos municípios e estados do país. Ele foi um dos artífices do maior programa federal para redução de consumo de energia elétrica, em 2001, quando o país viveu o risco de um “apagão” – as metas de consumo estabelecidas para clientes comerciais, industriais e residenciais foram ditadas por ele.
Este livro relata em detalhes o pensamento e a trajetória de Falconi, revelando os princípios de liderança e gestão que podem transformar organizações grandes ou pequenas, públicas ou privadas. A obra conta ainda os bastidores da consultoria criada por ele – onde, algumas vezes, disputas de poder colocaram em xeque as lições ensinadas pelo Professor.
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“Falconi deu uma contribuição espetacular para o sucesso da nossa empresa. Esteve conosco desde o comecinho da Brahma: a gente precisava matar um leão por dia. Talvez porque a companhia crescesse tão rápido e as pessoas mudassem tanto de lugar, não havia processos que assegurassem as boas práticas.
Nós éramos muito duros em termos de estabelecer metas agressivas e de criar incentivos como remuneração variável e participação acionária para quem atingisse as metas. Mas o Falconi nos deu o desdobramento das metas, que é a coisa mais importante. Não adianta ter metas para o topo da companhia se elas não descerem até o chão de fábrica. Esse é o poder de, todo ano, descobrir o que você pode e precisa fazer melhor – e depois desdobrar isso para toda a empresa. Aí se torna algo imbatível, uma máquina.” Marcel Telles, sócio da 3G Capital
“Falconi nos ajudou a desenvolver uma nova cultura, com maior sentido de propriedade, menos hierarquia, mais responsabilidade. No fim, todo mundo correu atrás de uma meta que parecia inalcançável, mas acabou não sendo.” Pedro Moreira Salles, ex-presidente do Unibanco e presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco
“Fiquei muito impressionado, porque sempre gostei do tema gestão, mas nunca havia tido a oportunidade de me aproximar de conceitos práticos. E era exatamente isso que o Falconi trazia.” Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil e presidente da Petrobras
“O Falconi falava assim: ‘O mundo é que nem um ônibus. De um lado senta quem bate meta e do outro quem não bate. Você tem que entrar no ônibus e escolher: de que lado vai se sentar?’ Ele falou isso em 1999 e eu uso até hoje.” Bernardo Hees, CEO da Kraft Heinz