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“Os segredos da mente milionária”: pessoas ricas assumem o compromisso de serem ricas
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“Os segredos da mente milionária”: pessoas ricas assumem o compromisso de serem ricas

Campeão de vendas desde 1992, livro de T. Harv Eker explica como nossa formação influencia a maneira de lidar com o dinheiro e apresenta 17 modos de pensar que diferenciam pessoas bem-sucedidas das demais

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Campeão de vendas desde 1992, livro de T. Harv Eker explica como nossa formação influencia a maneira de lidar com o dinheiro e apresenta 17 modos de pensar que diferenciam pessoas bem-sucedidas das demais

A presença de Os segredos da mente milionária na lista dos mais vendidos é corriqueira, um interesse confirmado pela expressiva venda, só no Brasil, de mais de um milhão de livros. O espantoso aqui é que esse sucesso do catálogo da Sextante, escrito por T. Harv Eker, foi lançado em 1992. Ou seja, quase três décadas depois, permanece atraindo novos leitores. As páginas explicam o fôlego da publicação.

De maneira didática, Eker destaca os princípios da riqueza e apresenta 17 procedimentos – modos de agir e pensar – que diferenciam pessoas ricas das de mentalidade pobre. As crenças e valores sobre dinheiro, cristalizados na infância, ganham destaque na primeira parte do livro, no qual ele propõe uma investigação consciente sobre nossa formação, essencial para abandonar estereótipos que freiam futuras conquistas. Na segunda, ele detalha procedimentos que estão no horizonte de pessoas bem-sucedidas. São os arquivos da riqueza. Todos os segredos estão no livro, mas você pode encontrar alguns deles por aqui. O autor defende que esses hábitos podem e devem ser ensinados.

1 –  Para Eker, o caráter, o pensamento e as crenças ajudam a formar o que ele chama de modelo de dinheiro, uma espécie de programação estabelecida ainda na infância, determinante para o nosso grau de sucesso – vamos falar mais sobre isso. Em outras palavras, o autor chama a atenção para a capacidade interna que forma os indivíduos, e lembra que nem todos conseguem conquistar e conservar grandes quantidades de dinheiro. Quem nunca ouviu a história de um ganhador da Loteria que, meses depois, já não tinha nada? Em compensação, para ele, um revés do tipo dificilmente ocorreria a quem enriqueceu pelo próprio esforço. Se alguém assim perde a fortuna, a refaz em pouco tempo. A diferença entre o primeiro e o segundo exemplo está na mente milionária.

2 – Pessoas com mente milionária sabem da importância do que é invisível. Numa analogia, pode-se dizer que elas têm consciência de que é o que está embaixo da terra (as raízes) que cria o que está em cima dela. Porém a maioria, Eker provoca, só liga para o visível, alheia a um princípio básico da riqueza: “Se você quer mudar os frutos, primeiro tem que trocar as raízes”. Ou, quando deseja alterar o que está visível, antes deve modificar o que está invisível. É comum ouvir reclamações sobre a falta de dinheiro, mas poucos se arriscam a investigar a causa da escassez. Ela é a raiz do problema. 

3 – Eker destaca uma sequência elementar denominada Processo de Manifestação, cujo encadeamento é o seguinte: pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a ações. Ações conduzem a resultados. O modelo financeiro, já mencionado acima, consiste justamente na combinação desses três elementos. A formação do modelo remete à infância, quando recebemos as primeiras noções de como lidar com o dinheiro. A proposta do livro passa por rever a forma como a maioria de nós foi condicionada a pensar sobre o assunto. Ou seja, instiga uma mudança na nossa programação.

4 – A mudança de mentalidade implica rever e questionar todo o arsenal negativo relacionado à riqueza. Frases como “O dinheiro é fonte do mal” ou “Os ricos são pessoas ruins e gananciosas” ficam no subconsciente e determinam os resultados. “O primeiro elemento da mudança é a conscientização. Você não pode modificar uma coisa cuja existência ignora”, frisa. Ao compreender que pensamentos do tipo devem ficar para trás, você se dissocia dessa mentalidade do passado e, então, tem a capacidade de fazer diferente.

5 – Eker ressalta que o caminho da consciência é inerente à mente milionária. Nesse sentido, ele provoca os leitores a pensar sobre o que os motiva a querer enriquecer: “Se a razão possui uma raiz negativa, como o medo, a raiva ou a necessidade de provar algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe trará felicidade”, garante. Aos que são movidos pela necessidade de mostrar que são capazes, ele adianta, nem a maior fortuna vai fazer com que essa insatisfação pare. “Está tudo dentro de você. O seu mundo interior reflete o seu mundo exterior”.

6 – O sucesso do seu negócio depende do seu modelo de dinheiro, resume o autor. Para descobrir qual é o seu modelo, ele pede que você examine conta bancária, renda, patrimônio líquido, investimentos e sucesso nos negócios. Algumas perguntas podem ajudar nessa dinâmica: Você é um gastador ou um poupador? O seu dinheiro é suado ou chega a você com facilidade? Você fica muito tempo no mesmo negócio ou emprego ou muda com frequência? As questões visam a compreender qual é a sua programação. Ter consciência dela é o primeiro passo para transformá-la.

7 – Eker identificou 17 modos de pensar e agir que distinguem os ricos das outras pessoas. O primeiro é a crença na seguinte ideia: “Eu crio a minha própria vida”. É uma frase diferente de “Na minha vida, as coisas acontecem”, que o autor liga justamente aos que não são bem-sucedidos, os de mentalidade pobre, segundo ele. A primeira postura diz respeito à responsabilidade, enquanto a outra resvala numa ideia de vitimismo, na qual os outros (a economia, a bolsa de valores, o gerente, a família, o sócio) são sempre os culpados. Quem faz papel de vítima sempre tem do que se queixar.

8 – De acordo com o autor, “pessoas ricas assumem o compromisso de serem ricas. As de mentalidade pobre gostariam de ser ricas”. Na avaliação de Eker, embora a maioria admita o desejo de enriquecer, boa parte tem a vontade sabotada pelo subconsciente (as crenças cristalizadas na infância, já mencionadas aqui), que informa que há algo de errado em ser rico. Se os ricos não têm dúvida de que almejam uma fortuna, a maioria se debate sem saber o que quer. “As pessoas de mentalidade pobre apontam uma série de motivos para explicar por que enriquecer e ser rico pode ser um problema”, explica. 

9 – Um dos princípios de riqueza destacados em “Os segredos da mente milionária” traduz a importância que o autor dá à intuição e ao compromisso de enriquecer: “Se você não está verdadeira e plenamente determinado a fazer fortuna, o mais provável é que não a obtenha mesmo”. Como você avalia seu comportamento sobre o assunto?

10 – Oportunidade e obstáculo. Segundo Elker, o foco dos ricos está no primeiro substantivo, atrelado ao potencial de crescimento; os de mentalidade pobre se concentram no segundo, invariavelmente presos ao potencial de perda. “A expectativa das pessoas de mentalidade pobre é fracassar. Elas não têm confiança em si mesmas nem na sua capacidade. Estão certas de que, se não forem bem-sucedidas nas suas ações, será uma catástrofe. E, como só veem obstáculos, geralmente não estão dispostas a correr riscos. Sem risco, não há recompensa”, afirma.

Este post foi escrito por:

Filipe Isensee

Filipe é jornalista, especialista em jornalismo cultural e mestrando do curso de Cinema e Audiovisual da UFF. Nasceu em Salvador, foi criado em Belo Horizonte e há oito anos mora no Rio de Janeiro, onde passou pelas redações dos jornais Extra e O Globo. Gosta de escrever: roteiros, dramaturgias, outras prosas e alguns poucos versos estão em seu radar.

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