Mulheres em ebulição | Sextante
Livro

Mulheres em ebulição

Julie Holland

A verdade sobre os remédios que você está tomando, o sono que está perdendo, o sexo que não está fazendo e todas as coisas que estão tirando você do sério

A verdade sobre os remédios que você está tomando, o sono que está perdendo, o sexo que não está fazendo e todas as coisas que estão tirando você do sério

“Finalmente, um manual de valor inestimável sobre saúde que aborda a mente, o corpo e o espírito feminino.” – Andrew Weil, autor de Felicidade espontânea “Num estilo franco e agradável, como uma conversa entre amigas, Dra. Julie Holland analisa como os medicamentos funcionam em cada estágio da vida da mulher.” – “Este livro vai ajudar você a assumir o controle do seu temperamento e da sua vida. Combinando a sabedoria ancestral com a ciência moderna, ele vai fazer você compreender a montanha-russa em que se acostumou a viver. Ao entender seu corpo e seus ciclos hormonais naturais (e descobrindo como os medicamentos desorganizam sua sensível calibragem), você poderá fazer escolhas melhores, que lhe permitirão viver com mais qualidade.” – Dra. Julie Holland

 

Baseado em estudos e pesquisas científicas, Mulheres em ebulição faz um raio X da vida e da saúde da mulher, abordando temas como TPM, sexualidade, casamento, envelhecimento, menopausa, anticoncepcionais, reposição hormonal, relação entre comida e humor, importância do sono, terapias naturais e depressão.

Especializada em psicofarmacologia e com mais de 20 anos de experiência clínica, Dra. Julie Holland afirma que a variação de humor que toda mulher vive – um dia cheia de energia, o outro se sentindo a pior das mortais – é uma característica feminina básica que não deve ser anulada com remédios nem encarada como um problema a ser resolvido.

A autora analisa a fundo esta questão e discute os prós e contras do uso de medicamentos, mostrando quando eles são indicados e quando só pioram a situação. Além disso, ela traz informações detalhadas sobre como os hormônios influenciam nossas decisões, nosso comportamento e nossos relacionamentos.

A variação de humor é um indicador poderoso de quem somos e do que queremos. Quando anulamos nossa emotividade, abrimos mão de uma parte importante de nós mesmas. E quando aprendemos a compreendê-la, podemos fazer dessa aparente fragilidade a maior fonte de nossa força.

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Ficha técnica
Lançamento 01/10/2015
Título original MOODY BITCHES
Tradução DÉBORA CHAVES
Formato 16 x 23 cm
Número de páginas 240
Peso 370 g
Acabamento BROCHURA
ISBN 978-85-431-0279-5
EAN 9788543102795
Preço R$ 39,90
Ficha técnica e-book
eISBN 9788543102801
Preço R$ 24,99
Conteúdos especiais
Lançamento 01/10/2015
Título original MOODY BITCHES
Tradução DÉBORA CHAVES
Formato 16 x 23 cm
Número de páginas 240
Peso 370 g
Acabamento BROCHURA
ISBN 978-85-431-0279-5
EAN 9788543102795
Preço R$ 39,90

E-book

eISBN 9788543102801
Preço R$ 24,99

Leia um trecho do livro

Introdução

As mulheres estão sobrecarregadas e exaustas. Vivem ansiosas e irritadas, além de deprimidas e emocionalmente esgotadas. O humor e a libido estão no fundo do poço; a energia vital é consumida enquanto elas se esforçam para ser bem-sucedidas no trabalho, para dar atenção à família e às centenas de “amigos” virtuais. Elas se culpam por se sentirem assim, pois acreditam que deveriam ser capazes de dar conta de tudo. Sonham em ser perfeitas e tentam fazer parecer fácil equilibrar todas essas demandas, mas não é tão simples. Fomos programadas para ser dinâmicas, cíclicas, temperamentais, efervescentes. Sim, nós, mulheres, vivemos em ponto de ebulição – e isso não é uma fraqueza.

Evoluímos dessa maneira por ótimas razões: as oscilações hormonais são a base da sensibilidade que nos permite interagir com o mundo ao nosso redor. Nosso dinamismo transmite flexibilidade e capacidade de adaptação. Ser determinada e rígida não é garantia de sobrevivência. Na natureza, ou você se adapta ou morre. A instabilidade emocional – ser sensível, carente e de vez em quando insatisfeita – é nossa fonte natural de energia.

No entanto, sempre nos disseram o contrário. Crescemos ouvindo que isso era algo ruim. Aprendemos a pedir desculpas por nossas lágrimas, a reprimir a raiva e a temer sermos chamadas de histéricas. Ao longo da vida, o estresse e as expectativas do mundo interferiram em nossa saúde e em nossos hormônios, e o resultado disso é o mal-estar e a frustração que tantas mulheres sentem. Mas as coisas não precisam ser assim.

Este livro vai ajudar você a assumir o controle do seu temperamento e, portanto, da sua vida. Combinando a sabedoria ancestral e a ciência moderna, ele vai fazer você compreender a montanha-russa em que se acostumou a viver. Ao entender seu corpo e seus ciclos hormonais naturais (e descobrindo como os medicamentos desorganizam sua sensível calibragem), você poderá fazer escolhas melhores, que lhe permitirão viver com mais qualidade.

Os hormônios femininos estão sempre oscilando. Eles passam por altos e baixos durante o ciclo mensal e aumentam e diminuem ao longo de décadas de fertilidade, tornando-se bem mais instáveis durante a adolescência e a perimenopausa – a primavera e o outono dos anos reprodutivos. A instabilidade emocional feminina é uma característica totalmente natural. Ainda assim, uma em cada quatro americanas toma remédios para controlar as emoções, sem ter a menor ideia dos efeitos que isso pode lhes causar no
futuro.

Seja comida, álcool, drogas, internet ou compras, todas nós dependemos de algo para nos alienar nos momentos difíceis. Seja qual for o objeto escolhido, a promessa é sempre a mesma: a de que as coisas vão melhorar assim que ele for consumido.

No meu consultório psiquiátrico, minhas pacientes sempre estão em busca de informações sobre medicamentos e sobre como eles podem mudar a maneira como elas se sentem. Neste livro, abordo essas duas questões. Indico os medicamentos de que gosto e os que evito, falo sobre os efeitos colaterais mais comuns de cada um deles (em geral ganho de peso, perda de libido e apatia) e o que você pode fazer para combatê-los. Você vai descobrir a relação entre o seu humor e a sua alimentação, a importância de se exercitar e de manter horários de dormir, o que pode fazer para incrementar sua vida sexual e, talvez o mais importante, como entrar em sintonia com seu corpo para realinhá-lo com sua personalidade natural.

Quando abri meu consultório, há 20 anos, as mulheres me procuravam porque se sentiam confusas sobre o que estava acontecendo em seu corpo. Elas reclamavam da dificuldade de pegar no sono, do estado de agitação ou do choro fácil, mas não sabiam bem o que havia de errado. Eu as ajudava a compreender seus sintomas e indicava, para alguns casos, medicamentos que poderiam atenuá-los. Na época, eu precisava explicar em detalhes esse tipo de tratamento e passava uns quinze minutos acalmando os ânimos daquelas que temiam tomar algo que pudesse alterar sua química cerebral.

Atualmente, as pacientes me procuram certas de que precisam tomar remédios para ansiedade ou estresse, porque é isso que a maioria de suas amigas faz. Para elas, meu papel é apenas ajudá-las a descobrir qual o remédio ideal. Se antes eu ouvia coisas como “Por que fico acordando às quatro da madrugada?”, “Tenho dificuldade de me levantar de manhã e não vejo sentido em nada” e “Estou irritada o tempo todo e não sei a razão”, hoje a conversa mudou para “Qual é a diferença entre o Rivotril e o Effexor?”; “Não consigo descobrir se tenho TDAH ou TOC” e “Estou precisando tomar alguma coisa para relaxar”. E, por incrível que pareça, o que mais ouço das minhas pacientes é: “Existe algo novo que eu possa experimentar?”

A indústria farmacêutica americana começou a fazer propagandas direcionadas para o consumidor final nos anos 1980. Em meados da década de 1990, os anúncios começaram a surgir na televisão e nas revistas, alardeando o lançamento de novos antidepressivos e pílulas para dormir. Comecei a seguir essa tendência de indicar medicamentos psiquiátricos, cujo consumo triplicou nos Estados Unidos ao longo da década de 1990 como resultado desse marketing poderoso. Por volta de 2006, ficou claro para mim que havia algo errado. As empresas estavam gastando bilhões de dólares para transformar experiências humanas normais, como medo e tristeza, em doenças. Elas não estavam desenvolvendo a cura: estavam criando consumidores. O problema deixou de ser nossa instabilidade, mas o fato de sermos convencidas a controlá-la com remédios.

As últimas novidades são especialmente assustadoras. O Abilify, um medicamento originalmente formulado para tratar esquizofrenia, entrou no mercado de depressão e é agora o remédio mais vendido do país. Como psiquiatra, preciso dizer que é uma loucura que o medicamento mais rentável dos Estados Unidos seja um antipsicótico!

O percentual de pessoas com transtornos psiquiátricos diagnosticados não para de crescer em todo o mundo. Está ocorrendo uma epidemia de doenças mentais ou são os médicos que estão sacando rápido demais seu receituário em vez de oferecer soluções menos imediatas para as queixas de seus pacientes? Quatro em cada cinco receitas para antidepressivos não são prescritas por psiquiatras, mas por clínicos gerais. E, na maioria das vezes, para pessoas que não têm necessidade de remédios.

Da mesma forma que fazer seu filho escolher entre uma roupa vermelha e uma azul elimina a etapa do “você precisa se vestir”, o bombardeio da publicidade mudou a pergunta “Será que devo tomar um antidepressivo?” para “Qual antidepressivo devo tomar?”. Não permita que uma pílula mude
a maneira como você lida com seu humor. Existem muitas formas de tratar a
depressão, a ansiedade e a irritabilidade sem o uso de medicamentos.

Não é apenas o coquetel de neurotransmissores que dita nosso humor: a maneira como vivemos a nossa vida também influencia, e muito. Podemos nos sentir melhor se mudarmos nosso comportamento em relação à comida, ao sexo, aos exercícios, aos vícios e ao equilíbrio entre trabalho e família. Tomar pílulas da felicidade e continuar agindo como antes é o mesmo que varrer a sujeira para baixo do tapete. Minha intenção é fazer você levar esse tapete para fora e dar nele uma boa surra com a vassoura.

Essa tarefa começa com a compreensão – o processo natural de reconexão com você mesma e com seu corpo. Compreender o significado e a utilidade das suas variações de humor é algo poderoso. Recuperar sua personalidade original é libertador. E não apenas para você, mas também para seu parceiro, sua família e sua comunidade.

Este livro começa com informações sobre o complexo funcionamento do corpo feminino, revelando por que as mulheres, como educadoras e cuidadoras, desenvolveram uma maneira de pensar e sentir tão diferente da dos homens. Explico a importância de sermos emotivas e os perigos de nos afastarmos dessa característica. Observo em detalhes as razões pelas quais o ciclo de 28 dias provoca lágrimas e uma fome insaciável (e mostro o que você pode fazer para resolver isso), e como os contraceptivos orais e os antidepressivos podem desorganizar as fases do desejo e da conexão, podendo levar você a escolher o homem errado ou descartar qualquer um.

A segunda parte do livro aborda os relacionamentos e a família, com um foco especial na maneira como o humor feminino reflete os pontos de transição fundamentais de nossa vida. Da menarca (a primeira menstruação) à gravidez, passando pela maternidade e a menopausa, nossos hormônios flutuantes não apenas ditam nossos comportamentos como também reagem a eles. O livro conta a verdade sobre a monogamia e o desejo, e mostra por que é provável que o antidepressivo que você toma não esteja lhe trazendo benefício algum na cama. Também explica as consequências físicas e emocionais da gravidez e da criação dos filhos: tornar-se mãe muda não apenas seu corpo, mas também o seu cérebro.

A terceira parte, o Guia de Sobrevivência para Mulheres, é um manual de instruções para o bem-estar em qualquer idade. Ele começa com uma introdução abrangente sobre a inflamação, que é a base de quase todas as doenças, inclusive da depressão. O estresse e a inflamação estão intrinsecamente ligados, e a solução para combatê-los está num sistema do qual você provavelmente nunca ouviu falar: o sistema endocanabinoide. Quando o estresse tira você do sério, é esse sistema interno que a ajuda a entrar nos eixos outra vez. Mesmo que você nunca tenha fumado um baseado, seu cérebro e seu corpo usam moléculas similares às da cânabis para torná-la resistente ao estresse, mais ou menos como fazem as endorfinas, que funcionam como um analgésico natural. Os canabinoides reduzem a inflamação e a reatividade no corpo, mantendo o metabolismo, a funcionalidade da imunidade, o aprendizado e o crescimento. Cito esse sistema ao longo do livro porque ele está envolvido em quase tudo o que fazemos, como dormir, comer, praticar exercícios, fazer sexo, parir e cuidar do bebê.

As informações detalhadas no guia de sobrevivência são ferramentas essenciais para estabelecer e preservar a saúde física e mental; elas foram criadas para diminuir o estresse e a inflamação e aumentar a capacidade corporal de produzir prazer. Você vai aprender sobre a nutrição natural (e então poderá interromper a dieta para começar a se alimentar para ter saúde) e sobre a importância do sono (para que reserve as horas de sono de que seu corpo precisa). Na realidade, sono e boa alimentação, aliados a atividades aeróbicas e ao ar livre, podem muito bem substituir seus remédios para depressão e ansiedade. A última parte do livro também inclui conselhos práticos e eficazes sobre sexo e aborda os principais obstáculos que as mulheres enfrentam para chegar ao orgasmo.

Nossa vida está fora de sincronia com a natureza. Quanto mais nos afastarmos do que é natural, mais doente vamos ficar. Por conta da distração constante dos nossos dispositivos digitais, nos esquecemos de uma regra básica: o ar fresco, a luz do sol e o movimento nos fazem sentir muito melhor. Os ciclos diários de luz e escuridão fazem mais pelo nosso sono do que qualquer pílula milagrosa.

Este livro é baseado em pesquisas científicas e na minha experiência profissional. A saúde começa com o conhecimento e meu objetivo é desmistificar a vida interior das mulheres para possibilitar a mudança necessária. Estou falando como psiquiatra, como esposa e como mãe de dois filhos.

Nosso corpo é mais sábio do que imaginamos. Medicamentos em excesso roubam nosso senso de controle e a rotina nos afasta do nosso ritmo natural. É compreensível que tantas mulheres reajam às demandas com lágrimas e frustrações. Na verdade, o sofrimento é o caminho para a saúde e a plenitude. Precisamos entrar em sintonia com o desconforto, e não rejeitá-lo. Verbalizar nossa sensibilidade, nossa irritação e nossas necessidades pode melhorar, e muito, a nossa qualidade de vida.

Quando começamos a prestar atenção em nosso corpo e entramos em harmonia com nosso temperamento, somos capazes de tomar uma atitude – que pode ser simplesmente diminuir a autocrítica. A resposta será diferente para cada uma de nós.

Precisamos mudar a forma como tratamos a nós mesmas, respeitando nossa natureza e nossa personalidade. O objetivo deste livro é mostrar o caminho para que você consiga fazer isso.

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Julie Holland

Sobre o autor

Julie Holland

Com 20 anos de experiência clínica, Dra. Julie Holland é psiquiatra especializada em psicofarmacologia. Durante nove anos, trabalhou na emergência do hospital psiquiátrico de Bellevue, o mais antigo dos Estados Unidos.Desenvolveu um protocolo inovador para o tratamento de esquizofrenia e é constantemente convidada como especialista em fármacos e doenças mentais a participar de diversos programas de TV, como The Today Show e Good Morning America. Além disso, atua como consultora forense e escreve artigos para revistas e jornais, como TimeThe Wall Street Journal e Los Angeles Times.Ela mora com o marido e os dois filhos em Harlem Valley, em Nova York. Mulheres em ebulição é seu quarto livro.

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