Um único hábito pode mudar sua vida | Sextante
Livro

Um único hábito pode mudar sua vida

Mel Robbins

Celebre quem você é. Valorize suas conquistas. Construa o futuro que você merece.

Mel Robbins é uma das principais vozes no campo do desenvolvimento pessoal.

Sua palestra no TEDx é uma das mais assistidas de todos os tempos.

 

Se você vive apoiando e incentivando os outros, mas raramente faz isso por si mesmo, vai aprender neste livro como fazer da automotivação um hábito.

Uma das palestrantes mais requisitadas do mundo, Mel Robbins mostra como transformar a maneira como você se vê e como encara os desafios da vida.

 

VOCÊ VAI APRENDER A

• Construir uma confiança sólida por meio de atitudes positivas
• Substituir a autocrítica e a autossabotagem por aceitação e incentivo
• Priorizar a si mesmo e colocar em prática o que é importante para você

E DESCOBRIR COMO

• Transformar a insegurança, o medo e a inveja em motivadores poderosos
• Reduzir a ansiedade e sentir-se bem sendo quem é de verdade
• Abandonar crenças limitantes e treinar sua mente para realizar seus sonhos

PARA CRIAR UMA VIDA COM MAIS


• Equilíbrio
 – Ao aumentar sua força e autoestima, você vai se sentir mais feliz
• Propósito – Você vai entrar em profunda conexão com seus desejos e necessidades
• Sentido – Ao se colocar em primeiro lugar, vai sentir que finalmente está vivendo a vida que merece

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Ficha técnica
Lançamento 13/04/2022
Título original The High Five Habit
Tradução Débora Chaves
Formato 14 x 21 cm
Número de páginas 272
Peso 360 g
Acabamento Brochura
ISBN 978-65-5564-326-8
EAN 9786555643268
Preço R$ 49,90
Ficha técnica e-book
eISBN 978-65-5564-327-5
Preço R$ 29,99
Lançamento 13/04/2022
Título original The High Five Habit
Tradução Débora Chaves
Formato 14 x 21 cm
Número de páginas 272
Peso 360 g
Acabamento Brochura
ISBN 978-65-5564-326-8
EAN 9786555643268
Preço R$ 49,90

E-book

eISBN 978-65-5564-327-5
Preço R$ 29,99

Leia um trecho do livro

CAPÍTULO 1

Você merece uma vida incrível

 

Permita-me contar sobre o dia, não muito tempo atrás, em que fiz uma descoberta simples e transformadora.

Tudo começou numa manhã em que eu estava escovando os dentes e, ao ver meu reflexo no espelho do banheiro, pensei:

Cruzes!

Fiz uma careta e comecei a implicar com tudo que não me agradava: as olheiras, o queixo proeminente, o seio direito menor que o esquerdo, a pele flácida da barriga. Meu pensamento extrapolou o bom senso: Estou horrorosa. Preciso malhar mais. Odeio o meu pescoço. Esses pensamentos só pioraram a imagem que eu fazia de mim mesma e o modo como me sentia.

Olhei o relógio. A primeira reunião pelo Zoom começava em 15 minutos. Preciso passar a acordar mais cedo. Pensei no prazo que eu tinha que cumprir. No negócio que estava tentando fechar. Nos e-mails que não havia respondido. No cachorro que precisava ser levado para passear. Nos resultados da biópsia do meu pai. Em todas as coisas que as crianças esperavam de mim. Eu me sentia completamente sobrecarregada e ainda nem tinha tomado o café da manhã.

Ufa!

Tudo o que eu queria fazer naquele momento era preparar uma xícara de café, me esparramar diante da TV e esquecer tudo que me aborrecia. Mas eu sabia que isso era impossível, era errado. Sabia que ninguém iria se apresentar para resolver os meus problemas, terminar os projetos da minha lista, se exercitar por mim ou encarar aquela conversa difícil que eu precisava ter no trabalho.

 

Eu só queria dar um tempo… da minha vida

 

Os últimos meses tinham sido caóticos. O estresse era permanente. Eu estava muito ocupada em cuidar de tudo, em me preocupar com todos… mas quem estava cuidando de mim?

Tenho certeza de que você já se sentiu assim. Momentos como esse, em que as exigências da vida só aumentam e você só se irrita, podem levar a comportamentos autodestrutivos.

Eu precisava que alguém me dissesse: Você tem razão, sua vida é difícil mesmo. Você não merece o que está acontecendo. Não é justo… Se há alguém que pode resolver tudo, esse alguém é você. Era o que eu queria ouvir. Eu precisava de palavras de apoio e estímulo. E, embora eu seja uma palestrante motivacional muito bem-sucedida, fiquei sem saber o que fazer diante da imagem que eu via no espelho.

De repente, não sei o que deu em mim. Nem sei por que agi assim, mas ali em pé no banheiro, só de calcinha, ergui a mão e fiz um high five (Toca aqui!) comigo mesma. Eu vejo você, era o recado. Eu vejo você e gosto do que vejo. Vamos lá, Mel. Você consegue.

Todo mundo já bateu a mão aberta contra a mão de outra pessoa incontáveis vezes ao longo da vida. Todo mundo já falou um “Toca aqui” ou “Bate aqui” para saudar alguém. Talvez meu gesto tenha sido seja meio piegas, mas, encostada na pia do banheiro, praticamente nua, sem dizer uma única palavra, eu definitivamente estava transmitindo uma mensagem. Estava reafirmando que eu podia fazer qualquer coisa. Estava torcendo por mim mesma e encorajando a mulher que eu via no espelho a levantar a cabeça e seguir em frente.

Quando a palma da minha mão tocou o espelho e encontrou o meu reflexo, senti que fiquei um pouco mais animada. Eu não estava sozinha. Eu tinha a mim mesma. Foi um gesto simples, um ato de gentileza para comigo. Algo que eu precisava e merecia.

Imediatamente senti o aperto no peito relaxar. Endireitei os ombros e esbocei um sorriso ao me dar conta daquela atitude boba. No entanto, ao mesmo tempo percebi que minha lista de afazeres não parecia mais tão assustadora. Eu não me sentia mais tão cansada. Então segui com a rotina.

Na manhã seguinte, o alarme tocou no mesmo horário. Os problemas eram os mesmos, assim como a sobrecarga de tarefas. Eu me levantei. Arrumei a cama. Fui ao banheiro… e lá estava o meu reflexo: Oi, Mel. Sorri e, sem pensar, novamente bati a mão espalmada em meu reflexo no espelho.

Na terceira manhã, acordei e percebi que estava ansiosa para chegar ao banheiro e fazer um high five comigo mesma. Sei que parece ridículo, mas é verdade. Arrumei a cama mais rápido do que o habitual e entrei no banheiro com uma animação rara para quem acorda às 6 da manhã. A única maneira de descrever a sensação que tive é a seguinte:

 

Parecia que eu ia encontrar uma amiga

 

Mais tarde naquele dia, eu me perguntei quantas vezes na vida eu tinha dado ou recebido um high five. Lembrei-me das corridas com as minhas amigas, das torcidas nos jogos de beisebol, da comemoração quando um amigo era promovido ou quando fazíamos alguma boa jogada juntos.

Foi então que me lembrei de um dos pontos altos da minha vida: a Maratona de Nova York em 2001, realizada dois meses após os ataques terroristas de 11 de Setembro, que mataram 2.977 pessoas e destruíram as Torres Gêmeas.

Foram 42,1 quilômetros de calçadas lotadas de espectadores e, até onde a vista podia alcançar, de bandeiras americanas enfeitando as janelas dos edifícios ao longo do percurso entre os cinco bairros que compõem a cidade de Nova York.

Se não fosse pelas pessoas que ocupavam as calçadas dos dois lados da pista, que batiam na minha mão e torciam por mim, acho que eu não teria conseguido completar a prova. Sozinha eu não teria resistido, pois não tenho o preparo físico de um fuzileiro naval. Bastam dois lances de escada para eu perder o fôlego. Na época, eu tinha acabado de dar à luz, trabalhava o dia inteiro, cuidava de duas crianças com menos de 3 anos. Sem contar que não tinha treinado adequadamente para uma prova tão longa e não usava tênis confortáveis. Mas terminar a maratona estava na lista de coisas que eu queria fazer antes de morrer, então, quando tive a chance de participar, estava determinada a ir até o fim. Em muitos momentos meus joelhos se dobraram, a bexiga vazou, a mente arranjou pretextos para desistir. Às vezes, eu desacelerava e avançava capengando. Por que não me preparei melhor? Por que escolhi esses tênis? Perto do quilômetro 26, implorei aos voluntários que distribuíam água que me aconselhassem a parar. Eles sequer me ouviram. Abandonar a prova? Agora? Mas já chegou tão longe! O entusiasmo deles encerrou a minha dúvida, então lá fui eu.

 

Você é muito mais forte do que pensa

 

Só terminei aquela maratona por causa do constante encorajamento e dos cumprimentos que recebi ao longo do percurso.

Se tivesse escutado as vozes em minha cabeça, teria parado no quilômetro 14, quando as bolhas nos meus pés estouraram e cada passo virou uma tortura. Era tão bom ser aplaudida que o incentivo manteve minha mente focada e meu corpo em movimento. Aqueles tapinhas que recebi me convenceram que era possível fazer algo que eu nunca tinha realizado na vida.

Quando eu me sentia desanimada ao ver tantos corredores me ultrapassando, bater as mãos com algum desconhecido me impedia de desistir.

Esta é a questão: o high five é muito mais do que apenas bater as mãos. É uma transferência de energia e de confiança. Esse gesto desperta algo dentro de nós. Cada high five que eu recebia durante a corrida queria dizer Eu acredito em você. Isso me ajudou a apostar em mim mesma e na minha capacidade de persistir, passo a passo, durante seis horas, até cruzar a linha de chegada e conquistar o meu objetivo.

Quando você pensa no incrível poder que tem o cumprimento de um estranho, é fácil traçar paralelos entre a vida e uma maratona. Ambas podem ser longas, gratificantes, emocionantes e, às vezes, dolorosas.

Imagine acordar todas as manhãs e receber a mesma energia estimulante de um high five?

Pense nisso.

E se você pudesse parar de se criticar e aprender a se animar todos os dias, passo a passo, à medida que avança na direção de seus objetivos e seus sonhos? Imagine que você é seu maior fã e encorajador. É difícil de imaginar, não é mesmo? Mas não deveria. Quero que você me responda com sinceridade: Com que frequência você torce por si mesmo?

Aposto que você respondeu igual a mim: quase nunca.

A questão é: Por quê? Se a sensação de ser amado, encorajado e celebrado é tão boa, se isso o estimula a continuar e o ajuda a conquistar seus objetivos, por que você não age sempre desse modo?

 

“Coloque a máscara de oxigênio primeiro em você mesmo.”

 

Já escutei esse conselho milhões de vezes, mas a verdade é que nunca soube como aplicá-lo ao meu dia a dia. Caramba, esse cumprimento no espelho abriu os meus olhos: para me colocar em primeiro lugar, preciso torcer por mim mesma, porque é exatamente isso que eu faço com todo mundo.

Pense em como é bacana apoiar e celebrar as conquistas das outras pessoas. Torcer por seu time, acompanhar a carreira de seus artistas, músicos e influenciadores favoritos. Você compra ingressos para os jogos, aplaude de pé em seus shows, segue suas recomendações, compra a coleção de roupas que eles assinam e vibra a cada vitória deles, dos campeonatos aos prêmios Grammy.

Você também tem um papel importante quando apoia e estimula as pessoas que ama – parceiro, filhos, melhores amigos, familiares e colegas de trabalho. Você planeja festas de aniversários e comemorações para todos, assume uma parte maior do trabalho para ajudar um colega sobrecarregado, é o primeiro a elogiar o amigo quando ele mostra o perfil no site de namoros (Você está maravilhoso!) ou quando ele começa a vender suplementos (Vou comprar o suficiente para um ano). Você incentiva todo mundo a buscar a realização pessoal e profissional, inclusive aquela mulher que acabou de conhecer na aula de ioga. (Quando o instrutor mencionou o próximo programa de formação de professores, você não hesitou um segundo: Vai se inscrever? Você deveria! Sua postura do cachorro olhando para baixo é incrível.)

Mas quando se trata de celebrar e incentivar a si mesmo, você não sabe muito bem como agir e, geralmente, só sabe se criticar. Quando se olha no espelho, não vê nada de bom. Você é um juiz de si mesmo e sabota seus próprios objetivos. Não mede esforços para ajudar as outras pessoas, mas nunca faz o mesmo por você.

 

Está na hora de ter o incentivo que você merece

 

Autovalorização, autoestima, amor-próprio e autoconfiança começam com a construção desses atributos dentro de si mesmo. É por isso que eu quero que você comece o dia com um high five diante do espelho. Trata-se de um hábito que deve ser incorporado, compreendido e praticado todos os dias. E esse gesto é apenas o começo.

Neste livro, você vai aprender maneiras de fazer do apoio e da celebração de si mesmo um hábito. Vou apresentar pesquisas e estudos, vou mostrar histórias pessoais e resultados práticos que esse hábito já produziu na vida de pessoas do mundo todo, além de estimular você a assumir o controle de sua vida com a ajuda de um high five todos os dias. Na verdade, isso é mais do que um hábito, é uma atitude holística em relação à vida, uma lógica estudada, uma ferramenta poderosa que reprograma os padrões inconscientes da mente.

Você vai aprender a identificar os pensamentos e as crenças que causam tristeza, culpa, ciúme, medo, ansiedade, insegurança. O mais importante é praticar como transformar esses pensamentos e crenças em ideias e comportamentos que o estimulem e o mantenham sempre em movimento. Vou analisar todas essas questões, mostrar como colocá-las em prática e explicar as pesquisas que provam por que essas ferramentas funcionam.

Esse método vai além de fazer você acordar feliz, de animá-lo quando estiver se sentindo deprimido ou de tentar empolgá-lo nos momentos decisivos.

Os ensinamentos que apresento aqui farão você melhorar seu relacionamento com a pessoa mais importante da sua vida: você.

Você irá descobrir estratégias mentais comprovadas que o ajudarão a lidar com os altos e baixos da vida e que o encorajarão a não desistir da pessoa que está vendo no espelho.

 

Como você se vê é a forma como você vê o mundo

 

Depois de colocar em prática o hábito do high five, percebi que havia passado as primeiras décadas da vida criticando minha própria imagem, me sentindo decepcionada com ela ou ignorando completamente a mulher que via no espelho. É irônico quando penso no que faço para viver.

Como autora de best-sellers internacionais e palestrante motivacional, meu papel é oferecer as ferramentas e dar o incentivo necessário para você mudar a sua vida. Minha confiança em você aumenta a sua confiança em você. Quando paro e penso no trabalho que realizo, vejo que ele equivale a um high five. Tudo o que faço e compartilho nas palestras, nos livros, nos vídeos do YouTube, nos cursos on-line e nas redes sociais é pensado para transmitir a seguinte mensagem: Eu acredito em você. Seus sonhos são importantes. Você sabe o que fazer.

Ainda que eu venha distribuindo apoio a quem me lê ou ouve, nem sempre agi desse jeito comigo mesma. Sou minha pior carrasca. Aposto que você tem o mesmo tipo de atitude. Só recentemente, quando comecei a dar high five no espelho, e depois de outras formas simbólicas, é que as coisas começaram a se encaixar.

Quando aprende a se enxergar e a se estimular, você identifica mais facilmente os momentos em que a depressão se insinua e é capaz de transformá-la em um estado de espírito mais forte e otimista. Com a mente positiva, você se sente motivado a agir para mudar a sua vida. Ao ter a energia e a atitude do high five, você pode fazer qualquer coisa acontecer.

Quando parei de me criticar e comecei a cumprimentar meu reflexo no espelho, tive a sensação de que esse era mais do que um gesto encorajador em um dia difícil. Era uma reviravolta naquela autocrítica e naquele ódio por mim mesma. Mudou a lente através da qual eu via a minha vida. Foi o início de uma grande mudança, uma linha na areia, o começo de uma conexão renovada com a pessoa mais importante da minha jornada: eu. Aprendi a adotar uma nova maneira de pensar sobre mim mesma e sobre o que era possível em meu dia a dia. Isso foi uma inspiração para que eu criasse uma forma diferente de viver.

Foi por todas essas razões que escrevi este livro.

 

Está na hora de torcer por você

 

Pergunte a si mesmo como quer se sentir em todas as áreas da sua vida. Você não quer ter uma vida high five? Um casamento high five, um emprego high five? Não quer ser um pai ou uma mãe high five, um amigo high five? Não deseja ser visto e ter o reconhecimento dos outros, não quer sentir que sua força e sua convicção o empurram para a frente?

Claro que sim. É disso que este livro trata: o encorajamento e a celebração de si mesmo. Com esse estado de espírito, você pode fazer e ser qualquer coisa, pois ele cria uma reação em cadeia que ajuda você a desenvolver um ímpeto positivo, a abraçar a celebração, a forjar uma ligação de confiança com você mesmo e a desfrutar da energia da alegria.

As forças mais poderosas do mundo são o incentivo, a celebração e o amor. E você as negou para si mesmo por tempo demais. Você não é o único. Todo mundo faz isso.

Talvez você tenha dificuldade em se amar ou em mudar, por mais que tente. Talvez tenha alcançado o sucesso, mas não consegue desfrutar de suas realizações porque está focado no que está errado, não no que está dando certo. Talvez seu passado esteja repleto de lembranças ruins de coisas que lhe fizeram ou que você fez para outras pessoas.

 

Independentemente do que aconteceu com você, quero que veja a verdade

 

Você tem uma vida linda pela frente e não consegue enxergá-la. Há um futuro incrível esperando você assumir o controle e torná-lo realidade. Você tem o aliado mais extraordinário, uma torcida e uma arma secreta olhando para você no espelho, mas ignora isso. Se você tem planos ambiciosos ou quer apenas ser mais feliz, precisa despertar e começar a se tratar melhor. Pode começar com esse encontro matinal no espelho.

 

Tudo começa com você

 

Se quiser mais aprovação, amor, reconhecimento e otimismo, deve proporcionar essas coisas a si mesmo. De verdade. Se você não torcer por si mesmo, quem mais fará isso? Se não consegue se olhar no espelho e ver alguém que merece ser amado, por que alguém o amaria? Aprender a se amar e a se apoiar é bastante benéfico para todos os relacionamentos de sua vida. Quando você celebra quem você é, está fazendo ainda mais pelos outros: amigos, colegas, familiares, vizinhos, parceiro/a. Isso acontece porque é impossível dar às outras pessoas o que você não deu primeiro a si mesmo.

 

Uma palavra de alerta

 

O hábito de dar um high five pode parecer simples, até mesmo tolo ou esquisito. Mas, por favor, acompanhe meu raciocínio porque há muita pesquisa envolvida nesse gesto.

A maneira como ele funciona no subconsciente e no nível da via neural é profundo. As mudanças que provoca em você são mais duradouras do que as digitais no espelho do banheiro. No começo, o high five é apenas um gesto, mas, com o tempo, a aprovação, a confiança, o apoio, a celebração, o otimismo e a ação que ele simboliza se tornam parte de quem você é.

Você pode trabalhar arduamente para ser uma pessoa melhor e, ao mesmo tempo, ser gentil consigo mesmo. Pode correr riscos, se dar mal e aprender a lição sem ficar com vergonha. Pode ter grandes ambições e ainda assim tratar a si mesmo e aos outros com gentileza. Pode enfrentar situações realmente difíceis e redobrar o otimismo, a resiliência e a fé para continuar. Quando parar de se culpar pela maneira como se sente, você perceberá imediatamente que está melhor.

Somente quando aprender a torcer por você mesmo, a se encorajar e a se apoiar em meio aos desafios do dia a dia é que vai parar de resistir e, assim, permitir que a vida comece a fluir na direção esperada. Você não tem ideia de quanto tudo poderia ser mais fácil se parasse de ser tão exigente consigo mesmo. A vida poderia ser mais bela. Os bons momentos poderiam ser mais gratificantes se você não se rebaixasse mentalmente com frequência.

 

Você merece ser celebrado

 

Não daqui a um ano. Não quando conseguir aquela promoção, não quando alcançar o peso ideal. Você merece ser aplaudido pelo que é agora. Você merece e precisa desse estímulo. Porque ele satisfaz suas necessidades emocionais fundamentais: ser visto, ouvido e reconhecido. Pesquisas demonstram que as pessoas florescem quando recebem esse tipo de apoio. Sentir-se encorajado, considerado e reconhecido são as energias mais inspiradoras que existem. É por isso que acredito que a sua vida cotidiana deve incorporar hábitos de celebração e otimismo. Ao se alegrar de maneira intencional e deliberada com o simples fato de acordar e desenvolver hábitos para continuar em frente independentemente do que acontecer, você pode romper com as coisas que o atrapalham e alcançar a realização pessoal.

Depois de algumas semanas fazendo um high five comigo mesma no espelho, percebi que esse gesto estava me ajudando a mudar. Parei de prestar atenção nas coisas que achava que não gostava em meu corpo ou em minha personalidade. Comecei a perceber que não devia me preocupar tanto com a aparência e que a minha melhor parte é o que trago dentro de mim.

 

O que aconteceu comigo acontecerá com você

 

Quando esse se torna um hábito diário, você descobre o amor-próprio e a autoaceitação. Você para de focar seu lado físico e vê o seu eu interior – a pessoa que você é e tudo o que sua vida representa.

Ao fazer um high five no espelho, você não está apenas vendo o seu reflexo, está saudando a sua presença, como o vizinho que acena para você da varanda da casa dele. Você levanta a mão e, sem dizer uma palavra, pensa: Oi! Eu vejo você! Você consegue. Vamos em frente.

Esse tipo de pensamento teve um grande impacto no meu humor, nos meus sentimentos, na minha motivação, resiliência e atitude. Antes de incorporar esse hábito, eu costumava começar o dia com a sensação de estar empurrando uma grande pedra morro acima. Agora, saio do banheiro me sentindo leve.

Todas as manhãs, assim que bato a mão no meu reflexo no espelho, estabeleço uma conexão mais forte comigo mesma.

A sensação é tão boa que, um dia, decidi tirar uma foto desse gesto e publicar nas minhas redes sociais. Afinal, é isso que nós, influenciadores, fazemos. Compartilhamos o amor. Não coloquei legenda nem expliquei nada. Não coloquei sequer uma hashtag. Simplesmente publiquei no story do Instagram.

Como logo descobri, eu não era a única pessoa no planeta precisando de um high five naquele dia.

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Sobre o autor

Mel Robbins

MEL ROBBINS é uma das principais vozes da atualidade no campo do desenvolvimento pessoal. Com sua abordagem inovadora sobre mudança de comportamento, ela se tornou uma das palestrantes mais populares do mundo, treinando cerca de 60 milhões de pessoas todos os meses por meio de seus cursos on-line. Autora de A regra dos 5 segundos, já teve seu trabalho traduzido para 36 idiomas. Sua palestra no TEDx é uma das mais assistidas de todos os tempos. Ela mora na Nova Inglaterra com o marido e os três filhos.

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