“Provocadora e íntima dos desejos, em seu livro, Bruna Lombardi quer arrancar prazer de onde for, dos sinos mágicos do Tibet ao mangue da Lapa ou do brega baiano, com tudo vivo, pulsando, ruim, mágico, lindo, terrível.” – Maria Bethânia
A poesia de Bruna Lombardi é sempre impactante, sensual, sensorial, mas este livro tem revelações de uma intimidade inesperada, surpreendente. Clímax é confidencial, mostra a profundidade das relações, confessa segredos e expõe momentos de liberação. É complexo, exuberante nas emoções, na efervescência dos sentimentos e no prazer da entrega.
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“Só penso em sexo e Deus.” Bruna, qué fuerte!
Sempre soube que a paixão antecede o amor. Em Clímax, encontro o amor primeiro. E, para assegurar o profundo dele, a paixão precisa reinar para mantê-lo aceso, em uma manutenção firme, quentinha.
Você está sabida em uma porção de assuntos: mantras, abismos sobrevoados, estradas desenhadas por seus pés. Tudo bom, bonito e alto, mas me comove também te ver engatinhando no prazer e no amor, alcançando os astros e comendo a poeira do chão.
“Esse é o segredo do tesouro, transformar tudo em ouro.”
Provocadora e íntima dos desejos, em seu livro quer arrancar prazer de onde for, dos sinos mágicos do Tibet ao mangue da Lapa ou do brega baiano, com tudo vivo, pulsando, ruim, mágico, lindo, terrível.
Lembro de você Diadorim na tela da TV. Lembro de minha casa nas Canoas, onde você leu alguns de seus primeiros versos. Minha casa acesa do amor que morava nela. Imagino a casa acesa onde nascem seus versos por ser a casa do seu amor, seja Trancoso, L.A. ou Sampa. Luz acesa no céu dos teus sonhos, clara luz do teu homem que festeja em ti a vida.
“Para onde vai o tempo depois que passa por nós?”
Gosto do inquieto dos seus versos. E sempre é bom desejar coragem e vitória a quem se arrisca.
Brava!