Em novo livro, Greg McKeown amplia as ideias apresentadas em “Essencialismo” e defende que é possível tornar mais simples as nossas atividades essenciais.
Em novo livro, Greg McKeown amplia as ideias apresentadas em “Essencialismo” e defende que é possível tornar mais simples as nossas atividades essenciais.
Vivemos em uma época veloz e de muitas oportunidades. No entanto, o outro lado da moeda da vida moderna é o nível de exigência e sobrecarga que enfrentamos diariamente. As 24 horas do dia nunca são suficientes. Basta reparar quantas pessoas à nossa volta se queixam do excesso de demanda, em todos os setores da vida.
O resultado disso é uma espécie de burnout coletivo – sim, estamos nos referindo à exaustão crônica e ao consequente colapso da mente e do corpo decorrente do esforço excessivo. E, quando simplesmente não dá para se esforçar mais, é hora de procurar um caminho diferente.
Mundialmente conhecido por difundir a filosofia essencialista e autor do best-seller Essencialismo, Greg McKeown experimentou na pele as consequências da sobrecarga de atividades e esteve a ponto de desmoronar quando precisou enfrentar um grave problema de saúde de sua filha e ainda lidar com uma agenda superlotada de compromissos.
“Admiti a realidade da situação: eu estava esgotado. Escrevera um livro que ensinava a ser essencialista, e lá estava eu, sobrecarregado e forçado a ir muito além dos limites. Eu sentia uma pressão autoimposta de ser o essencialista perfeito, mas não restava nada não essencial para eliminar. O que aprendi foi: eu estava fazendo todas as coisas certas pelas razões certas, mas estava fazendo do jeito errado.”, desabafa o autor em seu novo livro.
“Nem todas as coisas difíceis na vida podem ser facilitadas. Mas é possível tornar mais fácil aquilo que é mais importante.” Este é um dos conceitos centrais defendido pelo autor em Sem esforço, seu mais recente lançamento. Quando já começamos a semana assoberbados diante da avalanche de atividades que temos pela frente, devemos antes nos questionar: Como estou tornando a vida mais difícil do que o necessário?
Greg argumenta que é preciso encontrar o jeito certo para fazer as coisas: faça menos, mas dê o melhor de si. Qual é a coisa mais importante que eu tenho que fazer hoje? Onde serei mais útil? O que vai ser melhor para mim a curto, médio ou longo prazo? Afinal, como explica o autor no livro, o burnout não é uma medalha de honra e a sobrecarga de trabalho prejudica o nosso desempenho onde não podemos falhar.
Essencialismo e Sem esforço são obras que se complementam. A primeira defende que é preciso eliminar o que não é essencial e evitar desperdícios, em todos os sentidos. Devemos aprender a reduzir e simplificar a vida. Manter o foco no que nos importa e em como priorizamos o nosso tempo já escasso. A segunda vai além e nos mostra que só motivação e boa vontade não bastam para garantir um bom desempenho, porque são recursos limitados. Para avançarmos nas coisas que realmente importam, precisamos de um jeito novo de trabalhar e viver.
“Eu me esforçava para ser um modelo de Essencialista. Para viver de acordo com o que ensinava. Mas sentia as falhas do pressuposto a que sempre me agarrara: que, para obter tudo o que queremos sem nos ocupar demais nem nos forçar ao impossível, bastava ter a disciplina de só dizer ‘sim’ a atividades essenciais e ‘não’ a todo o resto. Mas agora eu me perguntava o que fazer quando a vida já está reduzida ao essencial e ainda há coisas demais.”, analisa Greg.
3 hábitos ensinados no livro para alcançar o Estado Sem Esforço:
“O Estado Sem Esforço é aquele em que você está fisicamente descansado, emocionalmente aliviado e mentalmente energizado. Está cem por cento presente, atento e focado no que é essencial naquele momento. É capaz de fazer com facilidade o que mais importa.” – Greg McKeown
Desfrutar:
E se pudesse ser também divertido?
Há uma falsa dicotomia na sentença: “Eu trabalho bastante para depois me divertir bastante.” Combine as atividades mais essenciais com as mais divertidas. Trabalho e diversão podem coexistir quando aprendemos a transformar tarefas tediosas em rituais significativos.
Libertar-se:
O pode deixar pra lá.
Vivemos numa cultura da reclamação que se inebria ao manifestar sua indignação – principalmente nas redes sociais. Mas pensamentos tóxicos se acumulam depressa e ocupam um enorme espaço mental.
Quando você se concentra no que falta, perde o que tem. Quando você se concentra no que tem, obtém o que falta. Use esta receita de hábito: “Cada vez que eu reclamo, direi algo pelo qual sou grato”. E, por fim, aceite aquilo que você não pode controlar.
Descansar:
A arte de não fazer nada.
Em nossa cultura em que tudo funciona 24 horas por dia, algumas pessoas simplesmente não sabem relaxar. Para evitar a exaustão, limite sua prática de trabalho a um volume do qual seja possível se recuperar por completo diariamente. Muita gente luta com o dilema entre não fazer o suficiente e fazer demais.
O jeito mais fácil é recarregar continuamente nossa energia física e mental realizando pausas curtas. Planeje esses intervalos ao longo do dia. Outra dica: tire um cochilo!