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Encare seus dilemas, converse sobre suas divergências!

Enfrentar conflitos, contrapor opiniões, se posicionar diante de antagonismos: “Conversas difíceis” ensina como lidar com situações que preferimos evitar, mas não podemos fugir.

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Enfrentar conflitos, contrapor opiniões, se posicionar diante de antagonismos: “Conversas difíceis” ensina como lidar com situações que preferimos evitar, mas não podemos fugir.

Há um ditado popular que diz: “cada cabeça uma sentença”. Pessoas têm suas próprias opiniões, enxergam uma mesma situação por ângulos distintos e chegam a diferentes conclusões sobre um mesmo assunto. E, quando as opiniões divergem, a melhor solução e a mais eficaz é o diálogo. Afinal, ter a famosa DR faz parte da vida!

A maior parte das pessoas prefere evitar conversar polêmicas, mas procrastinar o debate é quase sempre a pior saída diante de situações conflitantes. Enfrentamos conversas difíceis, geralmente, quando lidamos com algum embate. Para resolvê-lo, mudanças de perspectiva e novos acordos são fundamentais. Isto vale na vida pessoal, nas relações profissionais e também na esfera política e nas relações internacionais entre países.

Sentimentos como raiva, culpa e mágoa só crescem se não forem devidamente enfrentados. Postergar não resolve. Sentar e conversar são, portanto, fundamentais para que algum consenso seja alcançado. No livro Conversas difíceis, os professores da Harvard Law School Bruce Patton, Douglas Stone e Sheila Heen indicam caminhos de como podemos encarar diálogos delicados com menos estresse e mais sucesso.

O trio de especialistas de Harvard define uma conversa difícil quando nos deparamos com qualquer assunto que seja complicado expor. O desconforto e o constrangimento, porém, não se restringem aos temas reconhecidamente controversos. Há muitas paletas de cores quando se fala sobre sentimentos e relacionamentos interpessoais.   

“Conversas difíceis não desaparecem nunca. Elas são inerentes à vida em sociedade e à interação entre pessoas. As empresas mais produtivas têm conversas difíceis. A família idealizada como perfeita tem conversas difíceis. Pessoas que se amam e amigos de longa data também precisam enfrentá-las.”, avaliam os autores.

Para se estabelecer uma comunicação eficiente em meio à diversidade humana – representada pelas diferenças de experiências, crenças, gênero, raça, política e de sentimentos – é necessário assumir uma postura mais ampla, com mente e coração abertos, além de buscar desenvolver habilidades de expressão que fazem toda a diferença quando temos que abordar temas delicados.

“Transmitir uma mensagem difícil é como jogar uma granada. Não importa se foi pintada de ouro ou se foi atirada com ou sem força, uma granada sempre provoca danos. Optar por não transmitir uma mensagem difícil é como ficar segurando a granada depois de puxar o pino.” analisam.

Os autores argumentam que, em vez de tentarmos convencer os outros a agirem conforme as nossas expectativas, devemos procurar compreender o ponto de vista alheio, mas sem deixar de expor a nossa perspectiva. Só assim será possível trabalhar em conjunto para descobrir uma forma de administrar um problema. Com isso, é maior a probabilidade de a outra pessoa estar aberta a ser convencida e, ao mesmo tempo, de aprendermos algo que mude significativamente a nossa forma de enxergar o problema.

Na prática, estabelecer uma conversa difícil pode se revelar ainda mais desafiador. Por isso, os autores aconselham que o embate seja substituído por uma conversa-aprendizado. Separamos aqui situações hipotéticas apresentadas no livro para que você encare a sua próxima DR sem medo e com sabedoria!

Este post foi escrito por:

Felipe Maciel

Jornalista com 20 anos de experiência no mercado e pós-graduação em Mercado Editorial e em Tradução, trabalhou em jornais, revistas e agências de comunicação. Foi coordenador de comunicação do Sesc Rio. Desde 2010, trabalha no mercado editorial com passagens por algumas das principais editoras do país.

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