Camilla Lemos | Sextante
A criatividade é um direito de nascença
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A criatividade é um direito de nascença

Se inspire através das palavras do lendário produtor musical e ganhador de nove prêmios Grammy Rick Rubin.

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Se você já escreveu uma mensagem para um amigo, pensou na solução de um problema, reorganizou a mobília da sala ou cogitou um novo trajeto para evitar o engarrafamento, você criou algo. Criar é trazer à existência o que antes não existia – e nós estamos criando coisas todos os dias, mesmo que de forma inconsciente.

Quem não se dedica às artes tradicionais pode pensar que a criatividade é algo extraordinário ou uma espécie de vocação, mas o produtor musical e ganhador de nove prêmios Grammy Rick Rubin ressalta que essa habilidade é um aspecto fundamental do ser humano.

Para Rubin, pelo corriqueiro estado de ser, já somos criadores de maneira mais profunda: criamos nossa experiência da realidade e concebemos o mundo que percebemos:


"O Universo externo que interpretamos não existe como tal. Por meio de uma série de reações químicas, geramos uma realidade interna. Criamos florestas, oceanos, calor e frio. Lemos palavras, ouvimos vozes e fazemos interpretações. Então, num instante, produzimos uma resposta. Tudo isso num mundo que nós mesmos criamos."

Segundo o produtor, a fonte da criatividade é uma sabedoria que nos cerca e está sempre à nossa disposição. Ela pode ser encontrada através de experiências do dia a dia, como sonhos, intuições, fragmentos subliminares e outras maneiras ainda desconhecidas. Para aproveitar essa matéria-prima de criação, devemos treinar a forma com que absorvemos os acontecimentos e informações.

Em seu primeiro livro, “O ato criativo”, Rubin afirma que uma das ferramentas mais eficazes para destravar a criatividade é a distração e defende que vale a pena se afastar do projeto para criar espaço e permitir que a solução apareça.

É importante ressaltar que a distração não é a mesma coisa que procrastinação. De acordo com o autor, a procrastinação corrói constantemente a capacidade de criar, enquanto a distração é uma estratégia a serviço da obra. “Talvez esse processo de pensamento sem pensar nos permita ter acesso a uma área diferente do cérebro: aquela que vê mais ângulos do que o caminho direto”, argumenta.

Recentemente Rubin esteve no podcast “On Purpose with Jay Shetty” para falar sobre o lançamento de “O ato criativo” e ressaltou pontos importantes sobre a criatividade. Confira um trecho em que Rubin reflete sobre o bloqueio criativo mais comum e sugere como lidar com ele:

Este post foi escrito por:

Camilla Lemos

Jornalista com experiência em estratégias digitais, criação de conteúdo e social listening. Trabalhou na FSB Comunicação por três anos, atendendo clientes públicos e privados de diferentes setores. Atualmente colabora na produção de conteúdo para a Editora Sextante.

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