INTRODUÇÃO
O QUE FAZER ENQUANTO ESPERAMOS PELA CURA
Existe um espirituoso dito americano que afirma: “De tudo o que já perdi, o que sinto mais falta é da minha cabeça.” Por algum motivo, essa frase sempre me incomodou, e, nos últimos tempos, me incomoda mais do que nunca. Após um exame rotineiro de colesterol há poucos anos, descobri por acidente que carrego um gene que me torna extremamente suscetível a desenvolver a doença de Alzheimer. Minhas duas irmãs mais novas também. Cerca de 25% dos norte-americanos carregam esse gene, chamado ApoE4, e, embora não seja o único associado ao Alzheimer, é o mais dominante já descoberto.
É claro que isso não significa que eu e outras pessoas com essa marca genética estejamos condenados a desenvolver a doença. Mas, ao saber que herdei esta minibomba-relógio, que, aos poucos e de maneira metódica, talvez já esteja desconstruindo minhas células cerebrais e vaporizando meu intelecto, passei a dar enorme atenção a formas de neutralizar essa ameaça ao meu cérebro em fase de envelhecimento.
Talvez já há muito tempo eu tenha pressentido que poderia ser um alvo. Durante os quase quarenta anos em que me especializei em escrever sobre nutrição e saúde – principalmente sobre as mazelas do envelhecimento –, venho acompanhando de perto as pesquisas sobre o Alzheimer e a perda de memória relacionada à idade – desde os estudos cada vez mais animadores sobre causas biomecânicas básicas até o aumento recente de pesquisas sobre como deter o avanço ou mesmo reverter a patologia e os sintomas da perda de memória.
Como jornalista sênior da editoria de medicina no canal CNN, nos anos 1980 produzi um documentário sobre a busca dos cientistas pela cura da doença de Alzheimer. Para mim, o momento mais marcante se deu quando o renomado pesquisador Peter Davis, da Faculdade de Medicina Albert Einstein da Universidade Yeshiva, Nova York, abriu um freezer e pegou um cérebro afetado pelo Alzheimer. Naquele corte, obtido durante uma autópsia, havia buracos enormes – ventrículos alargados e corroídos pela doença. “É como um queijo suíço”, comentou ele ao pôr o órgão congelado em minhas mãos. A imagem do cérebro destruído pela doença ficou gravada em minha mente. Muitas vezes, eu me via pensando em como devia funcionar a arquitetura biológica do Alzheimer, ao criar aquele vazio que roubava de determinado cérebro sua função e sua humanidade; e também imaginava se um dia a ciência seria capaz de interromper ou prevenir a devastação que talvez esteja acontecendo em mim mesma.
Felizmente, muitos pesquisadores nos maiores centros médicos do mundo estão fazendo essas mesmas perguntas e empregando suas mentes criativas na tentativa de solucionar o quebra-cabeças da doença de Alzheimer. Nos últimos 25 anos, eles aprenderam muito sobre sua patologia – e desenvolveram diversas teorias sobre o que faz os neurônios adoecerem, funcionarem mal e morrerem; por que o cérebro se reduz de forma anormal; e por que o aprendizado e a memória desaparecem. Claro que a tentativa de compreender a doença é um prelúdio para o antídoto ou a cura – possivelmente uma vacina ou poções farmacêuticas que, um dia, serão capazes de deter os danos a um cérebro danificado, ou talvez até restaurar sua saúde.
Muitos especialistas com quem converso acreditam que um dia vencerão o Alzheimer, que hoje aflige 35 milhões de pessoas no mundo e ameaça se tornar um tsunami global de 115 milhões de afetados até 2050, à medida que a expectativa de vida aumenta e nos deixa uma população cada vez mais idosa.
Mesmo assim, os investigadores do Alzheimer também abordam o dilema do que fazer enquanto não se descobre a cura. Muitos estão voltando o foco para a necessidade fundamental da prevenção – a ideia de que devemos tentar bloquear o avanço das terríveis consequências da doença antes que ela afete nosso cérebro de forma irrecuperável. “É bem mais fácil salvar um neurônio doente do que um neurônio morto”, constata o Dr. David Bennet, pesquisador de destaque na área neurológica que atua no Hospital da Universidade Rush, Chicago. Ele e outros líderes nesse campo de estudos têm buscado exaustivamente novas maneiras de identificar, prevenir e adiar o aparecimento de mudanças e sintomas da neurodegeneração associada à idade, antes que se tornem irreversíveis.
Também expressaram essa visão num recente editorial do Journal of the American Medical Association os médicos Eric B. Larson e Thomas J. Montine, principais investigadores da doença de Alzheimer no Instituto de Pesquisas Group Health e na Universidade de Washington, ambos em Seattle. Com o aumento dramático na expectativa de vida da população mundial, eles escrevem: “É difícil expressar como é urgente encontrar soluções para prevenir, retardar, desacelerar e tratar a doença de Alzheimer e as demências relacionadas à idade.”
Talvez você se surpreenda ao descobrir que hoje muitos pesquisadores veem o Alzheimer e outras formas de demência como doenças de “estilo de vida”, assim como de herança genética. Isso pode acalmar um pouco o nosso medo e a sensação de desesperança em torno da doença. Estudos mostram que americanos acima de 55 anos, entre os quais me incluo, têm mais medo do Alzheimer do que de qualquer outra doença, até câncer, acidente vascular cerebral (AVC) e problemas cardíacos. Ao mesmo tempo, a maioria de nós adota a visão de que somos totalmente impotentes para nos proteger contra uma doença que aparenta ser tão misteriosa e cruel que não nos permite qualquer possibilidade de evitá-la. É compreensível, mas hoje as autoridades dizem que, em grande parte, isso é um mito.
Cada vez mais os pesquisadores constatam que, em termos de estilo de vida do paciente, a doença de Alzheimer tem algumas das mesmas origens de cardiopatias e do diabetes, como a obesidade, o excesso de colesterol ruim (LDL), a hipertensão arterial (pressão alta) e o sedentarismo –, embora, claro, as perdas sejam muito maiores quando o alvo da doença é o cérebro. Nada supera a ameaça de perder a identidade: o intelecto, a personalidade ou as razões para permanecer vivo. Reconhecendo isso, muitos pesquisadores buscam com afinco desenvolver estratégias de prevenção e tratamento para os estágios iniciais da doença de Alzheimer.
AFINAL, O QUE É O ALZHEIMER?
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência (palavra que vem do latim e significa “privado da mente”), e consiste em 60% a 80% dos casos. Na definição estritamente científica, trata-se da deterioração e atrofia lenta e progressiva do cérebro, caracterizada por dois tipos de dano neuronal: aglomerados e placas de uma gosma pegajosa, um peptídeo chamado beta-amiloide; e novelos (ou emaranhados) neurofibrilares gerados pelo mau funcionamento da proteína tau, que passa a emitir uma neurotoxina. É com certeza uma doença do envelhecimento; a idade é o maior fator de risco. É raro que os sintomas apareçam antes dos 65 anos. Nos Estados Unidos, cerca de metade das pessoas acima de 85 anos tem a doença, de acordo com a Associação de Alzheimer. No entanto, isso não significa que esse quadro faça parte do “envelhecimento normal”. É uma doença crônica, e a perda de memória em níveis anormais é um alerta para esse diagnóstico.
Era comum que os pesquisadores definissem o Alzheimer como um só tipo de demência, mas na verdade a situação é bem mais complexa, afirma o Dr. Eric Larson. Na maioria das vezes, há uma combinação de demência de Alzheimer, demência vascular – doença dos vasos sanguíneos do cérebro – e algo chamado demência do corpúsculo de Lewy, caracterizada por depósitos de proteína também encontrados na doença de Parkinson. Os sintomas gerais dessas demências são parecidos: deficiências cognitivas severas (principalmente na memória) e, muitas vezes, comprometimento de atividades motoras, impedindo o comportamento e as funções executivas normais.
Nossa vulnerabilidade ao Alzheimer e a outras demências é influenciada pelos genes. Mas estes não são o fator decisivo final. Os genes podem ganhar ou perder importância, ou mesmo ser anulados, por seu estilo de vida e meio ambiente. Também é importante distinguir entre o Alzheimer de início precoce, antes dos 60 anos, e o de início tardio, após os 60. A forma precoce se dá por mutações genéticas e tem forte caráter hereditário, mas é rara, consistindo em apenas 5% dos casos. Para a maioria, a grande ameaça é o Alzheimer de início tardio, que pode ser influenciado pelos chamados genes da suscetibilidade, como o ApoE4. Isso significa que quem carrega esses genes tem mais predisposição, mas não está predestinado a desenvolver Alzheimer. Além disso, talvez seja possível restringir a expressão desses genes logo no início do processo da doença, essencialmente “curando” o Alzheimer antes que se torne irreversível.
O mais importante é que os pesquisadores deixaram de encarar o Alzheimer como uma catástrofe repentina do envelhecimento; agora veem a doença como um processo contínuo que dura décadas e pode ser influenciado por fatores como nutrição, infecções, nível educacional, diabetes e atividade física e mental – tanto na meia-idade quanto depois. Em geral, essas influências causam um impacto no cérebro ao longo da vida, até que a pessoa chegue aos 60, 70 e 80 anos. Assim como outras doenças crônicas, o Alzheimer leva tempo para se desenvolver.
Até que a patologia apresente seus sintomas à vista de todos, podem-se passar de vinte a trinta anos de neurodegeneração, sem que ninguém perceba. O funcionamento do cérebro piora à medida que os neurônios encolhem e morrem, principalmente nas regiões do cérebro ligadas a atividades cognitivas, como o córtex frontal e o hipocampo, principais vítimas do Alzheimer.
Em novas e surpreendentes descobertas, possíveis graças às técnicas de mapeamento cerebral e de análise do líquido cefalorraquidiano, cientistas agora podem detectar as origens das mudanças danosas no cérebro, que só produzirão sintomas anos depois. Usando tomografias sofisticadas, o renomado médico e pesquisador John Morris, diretor do Centro de Pesquisas da Doença de Alzheimer da Universidade Washington, em Saint Louis, encontrou depósitos tóxicos de beta-amiloide, uma das marcas principais do Alzheimer, no cérebro de grande parte de idosos que ainda não apresentavam qualquer dificuldade mental.
Seu trabalho pioneiro documenta que muito antes de os sintomas surgirem, há um prelúdio prolongado de normalidade disfarçada (com sementes de destruição que aparecem nas imagens do cérebro), frequentemente seguido por cerca de uma década de declínio gradual, na qual há um comprometimento cognitivo leve – para ser mais preciso, o estágio inicial do Alzheimer. É durante esse longo período de mudanças pré-sintomáticas e déficit leve que o Dr. Morris e outros médicos esperam identificar os indivíduos mais vulneráveis e intervir de forma a deter a progressão da doença por muitos anos ou preveni-la por completo – o que essencialmente significa adiar os sintomas sérios de Alzheimer até a pessoa morrer por outras causas.
Como explica a geriatra Laurel Coleman, do conselho da Associação Americana de Alzheimer: “Digamos que, pela progressão natural, você teria o Alzheimer aos 82 anos; talvez seja possível adiar isso até você chegar aos 92.” Pesquisadora de destaque na área, Suzanne Tyas, da Universidade de Waterloo, em Ontário, Canadá, sugere que talvez seja possível interromper o avanço dos sintomas de Alzheimer por tanto tempo que “só apareceriam numa idade em que a maioria das pessoas nem está mais viva”.
A possibilidade de intervir e parar o relógio do Alzheimer tem implicações fascinantes. “Estima-se que, se adiarmos o início da doença em apenas cinco anos, o número de novos casos cairia pela metade”, afirma uma das principais pesquisadoras do campo, Suzanne Craft, da Universidade de Washington.
VOCÊ PODE SALVAR SEU CÉREBRO
Por mais trágico e devastador que seja o Alzheimer, há um otimismo crescente quanto à possibilidade de minimizar os riscos e talvez nos salvarmos deste mal. Um novo slogan, em total sintonia com o pensamento científico atual, vem aparecendo na internet: “Nós encontramos uma cura para o Alzheimer – a prevenção.” Os principais pesquisadores da doença estão nos dizendo que o Alzheimer não é inteiramente um capricho do acaso, má sorte, destino ou consequência inevitável do envelhecimento.
Sim, é possível que enfrentemos uma epidemia à medida que a geração do pós-guerra envelhece, e também é possível que, no futuro, se encontre uma cura parcial ou completa. Mas o fato é que, embora esteja em parte à mercê dos genes, nossa suscetibilidade ao Alzheimer, assim como a doenças cardíacas, câncer e diabetes, também pode ser influenciada por fatores sob o nosso controle. E o longo período pré-sintomático da doença também nós dá anos de oportunidades para fazer a diferença no prognóstico. É especialmente notável como o estado de saúde na meia-idade – dos 40 aos 59 anos – parece influenciar a futura condição do cérebro depois dos 70.
Além disso, a ciência claramente sugere que decisões diárias, até as menores, podem ajudar a manter seu cérebro funcionando bem até depois dos 90 anos, ou para o resto da vida. Os maiores cientistas da área já documentaram o nosso surpreendente poder sobre o destino do cérebro. Você pode reduzir suas chances de sofrer de Alzheimer, ou adiar o início da doença por tanto tempo que talvez ela não se manifeste antes de sua morte já em idade avançada. Para isso, basta, por exemplo, comer alimentos saudáveis, ter um grande círculo de amizades, fazer exercícios adequados, tomar as vitaminas necessárias e controlar o nível de açúcar no sangue, combater a depressão e o estresse.
Um estudo extraordinário da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington descobriu que uma dieta com alto teor de açúcar e gordura saturada provoca aumento dos níveis de beta-amiloide, a proteína tóxica responsável por espalhar a devastação do Alzheimer. Por outro lado, certos alimentos parecem diminuir a ameaça da amiloide aos neurônios. Após experiências surpreendentes, Carl Cotman, reconhecido pesquisador do cérebro na Universidade da Califórnia, em Irvine, concluiu que exercícios físicos eram mais eficazes que qualquer medicamento para proteger o cérebro dos danos que levam ao Alzheimer e a outras formas de perda de memória.
São fascinantes as evidências de que mesmo uma patologia severa não é um destino inevitável. Alguns cérebros de idosos funcionam bem até quando afetados pelas danosas placas e pelos emaranhados consistentes com o diagnóstico de Alzheimer. A explicação para isso, alguns cientistas sugerem, é que o estilo de vida influi: alta escolaridade, grande círculo de amizades e atividades intelectuais constantes podem estimular as reservas cognitivas do cérebro de forma a superar os danos físicos. Assim, o cérebro acaba funcionando normalmente até bem depois do tempo em que já poderia estar bastante comprometido. Isso nos leva a entender que ninguém pode prever os milagres de que o cérebro humano é capaz quando incentivado, estimulado e bem cuidado.
O neuropsicólogo Robert Wilson, da Universidade Rush, dá a explicação perfeita: “Agora compreendemos que a atividade cerebral depende não apenas dos genes, mas também de como a pessoa leva a vida. […] Boa parte dessa doença que chamamos de Alzheimer vai além das placas e dos emaranhados.”
Claramente, a saúde do seu cérebro, assim como a do seu coração, é uma escolha muito mais pessoal do que você pensa. Todos podemos fazer algo para ajudar nosso cérebro a superar os perigos da idade avançada.
POR QUE ESTE LIVRO?
Nos últimos anos, tenho visto uma montanha crescente de pesquisas sobre o que se pode fazer para deter e postergar o
Alzheimer. Essa área de estudos sempre despertou meu interesse, por causa da aleatoriedade genética que triplicou meu risco de desenvolver essa doença algum dia. Sempre achei que, quando conseguisse coletar 100 possibilidades com base científica para viver mais tempo evitando o Alzheimer e o declínio da memória pelo envelhecimento, eu as colocaria num livro para ajudar a responder a seguinte questão: o que podemos fazer enquanto aguardamos uma possível cura?
Por fim consegui listar 100 ações simples para tornar seu cérebro mais resistente ao envelhecimento e capaz de funcionar bem durante toda uma longa vida. Tenho consciência de que talvez você não queira seguir todos os conselhos de uma vez, ou que nunca tente alguns deles. Pense neste livro como uma grande mesa de bufê. Você pode tentar experimentar um pouco de cada coisa, ou não. Sugiro que tente tudo o que lhe pareça mais interessante ou estimulante. Algumas coisas vão funcionar melhor para algumas pessoas do que para outras, dependendo de diferenças genéticas ou de preferências individuais. Nesse estágio das pesquisas é impossível dizer quais estratégias são mais eficazes para cada um, embora tenhamos consciência de que qualquer tipo de estímulo mental, exercício físico regular, relacionamentos sociais e uma dieta rica em antioxidantes sempre ajudam.
Como todos sabem, a ciência é cheia de surpresas. Durante anos, a medicina tradicional acreditou que as úlceras gastrointestinais fossem causadas por dieta e estresse. Um médico australiano levou uma década até provar aos céticos do establishment que as úlceras são causadas principalmente pela bactéria Helicobacter pylori, e, portanto, tratáveis com antibióticos. Por isso incluí algumas teses científicas alternativas. Sob muitos aspectos, as pesquisas sobre Alzheimer contêm uma fascinante miscelânea de teorias incertas, apesar de seu núcleo firme de crença científica. Não há certeza total sobre o que o causa ou como preveni-lo.
No entanto, o conteúdo deste livro inclui medidas preventivas baseadas apenas em pesquisas de investigadores credenciados, a maioria deles afiliada a instituições científicas de ponta na área das neurociências. Ideias pouco ortodoxas não serão mencionadas, a não ser que venham de fontes cientificamente válidas.
Se eu pratico religiosamente as sugestões que faço neste livro? Sim, a maioria, sobretudo na área de nutrição e dieta. Há pouco tempo, voltei a jogar tênis, depois de uma década sem praticar. Passei a fazer ioga e hidroginástica. Mas ainda não comecei a filtrar a água que bebo, nem faço palavras cruzadas (nunca fui boa nisso). Espero que escrever este livro tenha sido uma boa infusão de atividade mental, embora por outro lado eu tenha perdido algumas noites de sono – o que não é bom para o cérebro. Não tenho problema algum em ser sociável – isto faz bem ao cérebro –, mesmo que a vida de escritora exija passar muitas horas sozinha e de forma sedentária. Não faço muitas caminhadas ao ar livre, passo tempo demais em cinemas e, embora eu goste de pensar que filmes são mentalmente estimulantes, não tenho provas científicas disso. Para mim, o mais importante de tudo é que meu cérebro de 78 anos parece estar funcionando bem, apesar da propensão genética. E quero mantê-lo assim, em forma. Mas tenho consciência de que, tal como a ciência, a vida esconde algumas surpresas. Não sei se o Alzheimer está me esperando no futuro, mas tenho feito o possível para ter uma vida longa e livre da doença, e convido você a fazer o mesmo.