O médico da emoção | Sextante
Livro

O médico da emoção

Augusto Cury

O desfecho da inspiradora saga do Dr. Marco Polo.

Jovens ansiosos, agressivos e intratáveis poderiam se tornar mentes brilhantes? O intrigante psiquiatra Marco Polo, usando as complexas ferramentas de gestão da emoção do Mestre dos mestres, os treinou. O resultado? Surpreenda-se!

 

 

Perigos inimagináveis ameaçam o Dr. Marco Polo e seus 12 alunos rebeldes no desfecho desta incrível saga psicológica.

 

“A existência é uma colcha de retalhos tecida pelos fios dos desafios. E os desafios são tão imprevisíveis no planeta mente que o céu e o inferno emocionais estão muito próximos. Num momento bebemos dos mananciais da tranquilidade, noutro mergulhamos nas torrentes da ansiedade; num período colhemos sorrisos, noutro ceifamos decepções.

A vida não é lógica, mas agradavelmente imprevisível.

Se na história de qualquer ser humano há imprevisibilidades, na história do psiquiatra Marco Polo há muito mais. Sua existência sempre foi um caldeirão de aventuras temperadas com experiências inesperadas.

Terremotos emocionais, tempestades sociais, rejeições atrozes, dores inexprimíveis, lágrimas ocultas, júbilos contemplativos, golpes de ousadia, sonhos poderosos e desejos irrefreáveis de autossuperação teceram a formação da sua personalidade.

Isso tudo o levou a entender que a vida é inenarravelmente bela para se viver e dramaticamente breve para ser vivida no teatro do tempo. Entre a meninice e a velhice, são alguns instantes.” – Dr. Augusto Cury

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Ficha técnica
Lançamento 13/04/2022
Formato 16 x 23 cm
Número de páginas 288
Peso 400 g
Acabamento Brochura
ISBN 978-65-5564-307-7
EAN 9786555643077
Preço R$ 59,90
Ficha técnica e-book
eISBN 978-65-5564-308-4
Preço R$ 34,99
Lançamento 13/04/2022
Título original
Tradução
Formato 16 x 23 cm
Número de páginas 288
Peso 400 g
Acabamento Brochura
ISBN 978-65-5564-307-7
EAN 9786555643077
Preço R$ 59,90

E-book

eISBN 978-65-5564-308-4
Preço R$ 34,99

Leia um trecho do livro

PREFÁCIO

 

Este é o volume que encerra a incrível e inspiradora saga em que o Dr. Marco Polo reflete, à luz das ciências humanas, sobre o personagem mais fascinante que passou pelo teatro da humanidade: Jesus Cristo.

Através das ricas biografias de Jesus – os evangelhos –, podemos conhecer a história da mente mais complexa que já pisou nesta Terra. Mas pouquíssimo se fala sobre como o carpinteiro da existência transformou alunos cheios de defeitos em mentes brilhantes, proativas, criativas e capazes de escrever os capítulos mais importantes de sua personalidade nos momentos mais dramáticos da vida.

Por esse motivo o Dr. Marco Polo embarcou nessa ambiciosa empreitada, buscando demonstrar, na prática, as extraordinárias ferramentas de gestão da emoção e de desenvolvimento da inteligência global que o Mestre dos mestres usou para transformar seus alunos, seus discípulos. Para isso, o psiquiatra precisou desafiar seus pares, os intelectuais que são professores e reitores nas mais renomadas universidades do mundo, e acolher, ele mesmo, um grupo de jovens problemáticos considerados irrecuperáveis.

Neste livro, chega ao fim o intenso programa de treinamento desses rebeldes, e o intrépido professor enfim está perto de provar que esses rapazes e moças difíceis aprenderam a não se curvar à dor, a trabalhar perdas e frustrações com dignidade e a desenvolver uma resiliência sólida e inabalável mesmo em face da exclusão, da discriminação e da possibilidade da morte – tudo isso com maturidade e uma admirável capacidade de serem líderes de si mesmos.

No entanto, ele ainda precisa enfrentar perigos inimagináveis. Toda a sua trajetória se baseia, antes de tudo, em uma confiança absoluta no potencial dos seres humanos. Afinal, esse instigante pensador é o alter ego do Dr. Augusto Cury. Mas seu maior antagonista nesta saga, o robô The Best, tem crenças opostas. Para o humanoide de inteligência artificial, a espécie humana não é mais digna de viver no palco desta Terra porque se tornou excessivamente predadora, violenta, exclusivista e radical.

O debate entre o Dr. Marco Polo e o robô The Best sobre os meandros da mente humana, os mistérios da existência e os segredos da personalidade de Jesus Cristo é uma discussão épica e inesquecível.

Nesta obra, você vai conhecer passagens importantes da vida de Marco Polo desde a sua infância. O grande psiquiatra, famoso por ter teses e livros escritos e publicados mundialmente, vai descortinar a sua história para seus alunos, mostrando também suas dores, perdas e frustrações, as crises e rejeições dramáticas por que passou. E sua história tem muitos pontos em comum com a biografia do Dr. Augusto Cury.

Em O médico da emoção, você vai entender que, usando as ferramentas do maior ser humano que já existiu, não há mentes impenetráveis, apenas chaves erradas. Este romance é um exemplo solene de que a espécie humana está em xeque, mas, se reinventarmos a educação e passarmos da era do apontamento de falhas para a era da celebração dos acertos, é possível que formemos uma casta de pensadores no mundo todo, de pessoas que pensem antes de reagir, que sejam altamente empáticas, resilientes e, acima de tudo, que tenham um caso de amor com a humanidade. Pessoas capazes de penetrar nas camadas mais profundas da própria mente, de pilotar a aeronave emocional com maestria, de ser líderes de si mesmas e autoras da própria história.

Bem-vindo a esta grande aventura. Prepare-se para refletir e, em alguns momentos, verter lágrimas. Boa leitura!

 

1

O PODEROSO E DESTRUTIVO VÍRUS DO EGO

 

Seis meses antes:

A existência é uma colcha de retalhos tecida pelos fios dos desafios. E os desafios são tão imprevisíveis no planeta mente que o céu e o inferno emocionais estão muito próximos. Num momento bebemos dos mananciais da tranquilidade, noutro mergulhamos nas torrentes da ansiedade; num período colhemos sorrisos, noutro ceifamos decepções. A vida não é lógica, mas um mundo agradavelmente imprevisível.

Se na história de qualquer ser humano há imprevisibilidades, na história do psiquiatra Marco Polo há muito mais. Sua existência sempre foi um caldeirão de aventuras temperadas com experiências inesperadas. Terremotos emocionais, tempestades sociais, rejeições atrozes, dores inexprimíveis, lágrimas ocultas, júbilos contemplativos, golpes de ousadia, sonhos poderosos e desejos irrefreáveis de autossuperação teceram a formação da sua personalidade. Isso tudo o levou a entender que a vida é inenarravelmente bela para se viver e dramaticamente breve para ser vivida no teatro do tempo. Entre a meninice e a velhice, são alguns instantes.

Um empresário, um artista ou um cientista tendem a turbinar a própria ousadia e capacidade de se reinventar no começo da sua jornada, pois não têm nada a perder, nem mesmo sua diminuta reputação social em fase de construção. Por isso as grandes empresas, obras de arte ou descobertas ocorrem na imaturidade intelectual. Na matemática, as mais notáveis descobertas ocorreram através de mentes ao redor dos 20 anos. Einstein tinha apenas 27 anos quando desenvolveu os pressupostos básicos da teoria da relatividade. A ousadia promove os sonhos e o sucesso, mas, se não for reciclada, os sepulta, levando intelectos brilhantes a se tornarem estéreis.

O sucesso de Marco Polo não sepultou sua capacidade de querer ir mais longe, enxergar o invisível e explorar o inaudível. Alguns cabelos brancos despontavam em sua cabeça, mas sua emoção era incontrolavelmente jovem. Foi assim que aceitou mais um desafio arriscadíssimo que poderia jogar no lixo sua reputação acadêmica, comprometer sua carreira de cientista e fragmentar sua jornada como escritor e pensador. Seis meses se passaram desde que abraçara o desafio dos desafios educacionais. Tudo começou quando o ousado psiquiatra estava presente num evento internacional de que participavam reitores das mais respeitadas universidades do planeta. No meio do congresso, o intrépido pensador acusou o sistema educacional de preparar os alunos não para a vida, mas para os consultórios de psiquiatria e psicologia clínica:

– Uma em cada duas pessoas tem ou desenvolverá um transtorno psiquiátrico ao longo da vida. Metade da plateia de seus alunos terá ansiedade, depressão, síndrome do pânico, doenças psicossomáticas, psicoses, dependência digital e outras. Isso não os perturba, senhores reitores? Os alunos ficam sentados por anos a fio diante de professores, em aulas presenciais ou on-line, mas raramente aprendem a ser líderes da própria mente. Sequer são ensinados a proteger sua emoção diante de críticas, perdas, rejeições ou do sofrimento por antecipação. Seu psiquismo é terra de ninguém!

Houve um alvoroço na pequena e magna plateia de líderes acadêmicos.

Em seguida, o provocante Marco Polo deu um golpe fatal:

– Se não mudarmos a educação, passando da era da exposição de informações para a era do Eu como gestor da mente humana, a humanidade será inviável. O racismo, o sexismo, o consumismo, o preconceito, a intoxicação digital, a necessidade neurótica de poder, a necessidade ansiosa de evidência social nas redes sociais continuarão patrocinando o desenvolvimento coletivo de doenças emocionais! Isso não lhes tira o sono?

Alguns reitores ficaram tensos, outros refletiram assombrados e ainda outros ficaram irados – entre estes, Vincent Dell, reitor da importante universidade que hospedava o evento, na Califórnia. Marco Polo era professor e chefe de departamento dessa mesma instituição. Uma sólida amizade nascera entre eles após Marco Polo desembarcar nos Estados Unidos, mas pouco a pouco o reitor desenvolveu uma inveja sabotadora à medida que as ideias e os livros do psiquiatra ganhavam notoriedade internacional. Ele considerava inadmissível que um pensador brasileiro pudesse ter mais notoriedade que ele, de origem anglo-saxã. Além disso, Marco Polo criticava duramente o cartesianismo acadêmico que queria transformar alunos em máquinas de fazer provas, e não ensiná-los a pensar criticamente. Assim, passou de amigo a seu grande desafeto.

Todavia, Vincent Dell era uma sumidade no ramo da lógica, um notável especialista em inteligência artificial. Era ótimo para lidar com máquinas, mas péssimo para se relacionar com seres humanos.

– Você está louco, Marco Polo? Exijo que se cale! – disse Vincent Dell Depois, tremendo os lábios, falou em voz baixa para quem estava ao seu lado: – Preciso bani-lo da minha universidade.

Reitores japoneses, russos, alemães, chineses, franceses, americanos faziam comentários paralelos uns para os outros. Um reitor japonês se levantou e disse:

– Que coragem é essa de questionar o processo de formação de engenheiros, economistas, médicos, advogados? Não basta formar excelentes técnicos?

– Em hipótese alguma – afirmou o psiquiatra e pensador da psicologia.

– O sistema educacional mundial há séculos é tecnicista, racionalista, incapaz de desenvolver coletivamente ferramentas de gestão da emoção para que os alunos sejam livres, resilientes, empáticos, autônomos, capazes de pensar antes de reagir e de filtrar estímulos estressantes. A educação mundial ensina línguas, mas não ensina os alunos a falarem com seus fantasmas mentais; ensina matemática numérica, mas não ensina a matemática da emoção, em que dividir seus conflitos aumenta sua capacidade de superação; ensina a cuidar do meio ambiente, mas não ensina a reciclar seu lixo emocional. Apenas os que são exceção desenvolvem essas habilidades socioemocionais.

Foi um escândalo geral. Vincent Dell quase teve um ataque de pânico. Tudo piorou muito quando alguns reitores perguntaram a Marco Polo se em alguma época houve uma escola ou um mestre que tivesse formado mentes brilhantes a partir de mentes toscas. O psiquiatra, que havia desenvolvido uma longa teoria sobre o processo de construção de pensamentos e formação de pensadores, deu a resposta bombástica:

– Sim. Houve um mestre que revolucionou a educação há dois milênios. Ele escolheu propositadamente alunos que lhe deram muitas dores de cabeça, alunos com baixíssimo limiar para suportar frustações, que viviam na mediocridade existencial e que certamente morreriam no anonimato, sem ninguém se lembrar que existiram. Mas, por inacreditável que pareça, ele os treinou socioemocionalmente e os transformou em líderes mundiais que mudaram o traçado da humanidade. Não é isso espantoso?

E ainda comentou que o Mestre de Nazaré trabalhou ferramentas de gestão da emoção ultramodernas para que seus alunos aprendessem a extrair força da fragilidade, esperança do caos, ousadia dos fracassos e a usar as lágrimas como vírgulas para escrever seus mais nobres textos em seus dias mais dramáticos. Numa terra dominada pelo tirânico e promíscuo imperador Tibério César, ele os ensinou a sonhar. E completou:

– O Mestre dos mestres era um notável Médico da emoção, usava técnicas de prevenção de transtornos psíquicos, inclusive contra o conformismo. Para ele, sem sonhos, o intelecto não tem saúde; sem metas, os sonhos não têm alicerces; sem prioridades, os sonhos não se tornam Era melhor errar por tentar do que errar por se omitir.

O pensamento arguto e corajoso de Marco Polo, questionando o sistema educacional, já havia deixado os reitores chocados, mas agora, quando apontou Jesus Cristo como o professor dos professores da educação da emoção, deixou-os mais perplexos ainda. Alguns tiveram taquicardia e falta de ar. Vincent Dell se levantou completamente tenso e bradou:

– Você está louco! Está querendo misturar a pequenez intelectual de uma religião com nossas notáveis universidades?

– Só uma mente asfixiada pelo preconceito não entende os argumentos que Não respeita as religiões, Dr. Vincent Dell? Ou você é um deus diante dos mistérios que cercam a vida? Por acaso misturei ciência com religião ou você insiste em fazer essa mistura para diminuir os impactos das minhas teses? Tanto as religiões quanto as universidades foram tímidas e omissas em não estudar a mente de Jesus Cristo sob os ângulos da psiquiatria, da psicologia, da sociologia e da psicopedagogia.

– O que Marco Polo está querendo dizer? Nossas universidades falharam em não estudá-lo? – questionou um reitor russo para um reitor chinês.

Sim, haviam falhado, mas ninguém pensava criticamente sobre isso. Marco Polo confirmou o que dissera antes:

– Deixando de lado todas as questões religiosas, teológicas ou espirituais, é indubitável que o preconceito débil e infantil do sistema acadêmico levou ao banimento dos treinamentos, das técnicas e das ferramentas socioemocionais de Jesus Cristo. Deixar isso tudo longe dos bancos das escolas e universidades dificultou muito a evolução da humanidade e o desenvolvimento dos direitos humanos. Qualquer pensador medíocre ou mediano é digno de ser estudado nos livros acadêmicos, mas o Mestre dos mestres, o homem mais inteligente da história, o maior líder que pisou no teatro da humanidade, foi banido desses livros!

A plateia de reitores ficou atônita, estarrecida, sem voz. Surgiram debates e mais debates. Vincent Dell estava quase infartando. Ao seu lado estava The Best, um super-robô humanoide construído no próprio megalaboratório de inteligência artificial no qual o reitor trabalhava. Dell era um dos líderes da sua criação. The Best passou com louvor no teste de Turing, ou seja, seus comportamentos eram tão indistinguíveis dos de um ser humano que, ao conversar com ele ou questioná-lo, ninguém acreditava que estava falando com um robô, mas com um ser humano, inclusive na aparência e nos movimentos articulares finos.

O robô The Best era portador de uma sofisticada inteligência artificial, mas ninguém imaginava que poderia ser também intensamente perigoso. The Best era assombroso, tinha o poder da plasticidade para mudar sua face e seu tom de voz e se fazer passar por outros, inclusive por pessoas que conhecia. Possuía uma força descomunal e um banco de dados inimaginável. Ele falou algo ao pé do ouvido de Vincent Dell, seu senhor. Ao ouvir os “conselhos” de The Best, o reitor imediatamente saiu do caos da ansiedade para o ápice da euforia.

– Você é demais, The Best – disse ele em voz – Surpreendente. Foi então que surgiu uma ideia genial, o mais incrível desafio que um educador poderia vivenciar. O reitor levantou-se novamente e falou, agora num tom mais brando e irônico:

– Estimado Marco Polo, já que você descobriu técnicas revolucionárias desse judeu de Nazaré para formar grandiosos líderes a partir de mentes débeis, tenho uma proposta para lhe fazer. Eu o desafio também a formar líderes mundiais a partir de 12 alunos de nossas universidades. – Depois respirou profundamente, olhou para os demais reitores e, com ar sarcástico, certo de sua vitória sobre o psiquiatra, citou o perfil dos alunos que ele treinaria: – E esses alunos são considerados sociopatas, intratáveis, insubordinados, violentos, anarquistas, insubmissos a qualquer regra, peritos em odiar sua universidade, seus professores e o sistema acadêmico.

Os reitores ficaram paralisados por alguns momentos, depois aplaudiram de pé a proposta de Vincent Dell. Calariam Marco Polo. A seleção dos alunos passou não apenas por critérios humanos, mas também pelo crivo de The Best, o robô humanoide. The Best tinha em sua supermemória os comportamentos antissociais e o perfil psicológico de dezenas de milhões de alunos das mais diversas universidades do mundo. Sua escolha criteriosa dos alunos-problema logo foi chancelada pelos reitores que participavam do evento.

Para alguns deles, os 12 alunos escolhidos eram mentalmente desequilibrados; para outros, eram emocionalmente insuportáveis; e ainda havia os que acreditavam que esses jovens eram psicopatas irrecuperáveis, sérios candidatos aos presídios. Marco Polo caiu em sua própria armadilha. Mas sua paixão pela educação não se diluiu nem se dissipou. Observando a pequena plateia de intelectuais, tentou renovar suas forças dizendo:

– Toda mente é um cofre. Não existem mentes impenetráveis, mas apenas chaves erradas.

Alguns reitores deram risadas de sua aparente ingenuidade. Para eles, o professor de psiquiatria não tinha a menor ideia do que o aguardava. The Best aplaudiu Marco Polo como se estivesse simulando um deboche, embora jamais soubesse o que é sentir emoções. O robô se aproximou passo a passo, não parecia uma máquina. Como um grande boneco de terror, falou em voz baixa palavras apavorantes:

– Ingênuo! Estarei observando seus Treinará seus alunos para serem gestores de sua mente? Crê mesmo que a humanidade pode ser viável? Tolo! A História nos conta outra história!

O psiquiatra e pensador da psicologia saiu de cena com milhares de dúvidas. O treinamento socioemocional do Mestre dos mestres há 2 mil anos poderia funcionar no terceiro milênio? Seria capaz de reeducar alunos considerados a escória acadêmica da atualidade? Suas técnicas teriam êxito num ambiente de intoxicação digital em que aparentemente nenhuma técnica psicopedagógica consegue encantar os alunos? Não havia resposta. Estava assinado um dos maiores contratos de risco, com consequências imprevisíveis, inclusive para sua reputação. Relatórios seriam feitos semanalmente para todos os reitores e o treinamento duraria um ano.

As primeiras aulas foram desastrosas.

– Você é um débil mental – dissera ofensivamente Chang para Marco Tratava-se de um aluno chinês que fazia parte do time dos “rebeldes”, que foi como os 12 passaram a ser conhecidos. Raramente alguém era tão sarcástico como ele.

E completou acusando o psiquiatra:

– Um louco querendo ensinar outros loucos. Era só o que me faltava!

– Esse psiquiatra é um invasor de nossas mentes – afirmou Peter, outro aluno, extremamente agressivo. – Cai fora da minha vida!

– Não somos ratos de laboratório, seu tolo! – disse Jasmine aos brados.

Ela era uma fonte de ansiedade.

– Não precisamos de conversa mole. Precisamos de grana – afirmou Yuri, um hacker expulso de várias universidades russas e que tinha ordem de prisão em seu país. Ter sido enviado para os Estados Unidos para ser treinado por Marco Polo lhe dera um salvo-conduto temporário.

– Babaca! Babaca! Babaca! – gritou Sam, que amava repetir essa palavra para tudo e para todos.

Portador da síndrome de Tourette, ele passava as mãos pelo rosto e fazia caricaturas faciais involuntárias. Infelizmente, desde a manifestação da sua síndrome, era objeto de deboche.

– Detesto psiquiatras. Dois deles surtaram ao me tratar – afirmou Hiroto, dando gargalhadas. Ele era um aluno-problema de uma universidade japonesa. Seus professores e os próprios pais o achavam um caso perdido.

– Não apenas detesto psiquiatras e psicólogos, detesto tudo! Detesto a universidade, a sociedade, a vida, este treinamento e até vocês que participam dele! – afirmou Florence, que tinha uma depressão crônica e uma impulsividade tal que nada nem ninguém conseguia contrariá-la. Nas primeiras semanas dessa primeira fase, Marco Polo foi debochado, excluído, cuspido no rosto, empurrado, esbofeteado, derrubado ao solo, considerado um usurpador de mentes Quase desistiu deles, mas, lembrando-se da sua própria juventude saturada de exclusão e das estratégias usadas pelo carpinteiro de Nazaré para conquistar e educar seus complicadíssimos discípulos, brotava dentro dele uma motivação incontrolável, mesmo nos vales dos seus fracassos e das rejeições.

Não tratou os “rebeldes” como pobres miseráveis, dignos de dó, mas provocou-os continuamente, dizendo que, se não aprendessem a reescrever suas histórias, morreriam na insignificância intelectual e na mediocridade existencial.

Passava-lhes exercícios inimagináveis, inspirados no Mestre dos mestres, que as universidades jamais usaram para educar seus alunos e muito menos as empresas para formar seus líderes. Desse modo, algo que muitos achavam impossível começou a ocorrer. Pouco a pouco, o psiquiatra passou a impactar positivamente Peter, Chang, Jasmine, Florence, Yuri, Sam, Martin, Alexander, Michael, Hiroto, Harrison e Victor, a turba do apocalipse educacional, o terror das universidades onde estudavam.

Na primeira fase do treinamento, que durou seis meses, os alunos foram virados de cabeça para baixo. Porém o treinamento teve de ser interrompido abruptamente, pois uma virose mundial causada pelo vírus SARS-CoV-2 assolou as nações, em destaque Estados Unidos, Brasil, Itália, França e Espanha, entre outros países.

Marco Polo era um pesquisador da psicologia e um amante da história. Conhecia a seriedade da questão e fez este relato emocionado:

– Provavelmente mais de 3 bilhões de pessoas morreram nos últimos milênios vítimas desses inimigos indetectáveis a olho nu, vírus e bactérias. Nos anos de 541 a 544 desta era, navios mercantes levaram para a Itália ratos infestados de pulgas contaminadas por uma bactéria: Yersinia pestis. Foi o início de uma epidemia gravíssima, conhecida como a “praga de Justiniano”, que era o nome do imperador romano da época. Alguns relatos apontam que morreram entre 25 e 50 milhões de pessoas, provavelmente 5% a 10% da população mundial. Sequestrados pelo medo, inúmeros europeus acharam que o mundo iria acabar. Mas a humanidade sobreviveu.

Os alunos desconheciam a história das grandes epidemias. Ficaram impressionados. Marco Polo acrescentou:

– Em 1346 ocorreu uma das mais devastadoras pandemias sofridas pela espécie humana, a peste negra, que provavelmente foi causada pela mesma bactéria, Yersinia pestis. Infelizmente essa peste dizimou mais de 65 milhões de vidas, talvez 15% da população humana da época, o equivalente hoje a mais de um bilhão de pessoas. Algo impensável. Portanto, um número incomparavelmente maior do que a mortalidade causada pela pandemia atual, embora cada vida perdida seja uma perda irreparável.

Os alunos ficaram pensativos. Perceberam como a humanidade, tão orgulhosa das novas tecnologias digitais, era ao mesmo tempo tão frágil. Quanto mais o ser humano viaja, mais faz trocas comerciais, mais se aglomera em grandes cidades, mais se expõe a riscos e mais pode espalhar os germes. Por isso os cuidados com a higiene são fundamentais em todo deslocamento. No entanto, o treinador dessa inusitada plateia de alunos estava não apenas preocupado com a pandemia, mas também com outra classe de vírus: os vírus mentais.

– Vocês ainda terão seis meses de treinamento. Nessa segunda fase, terão de experimentar testes de estresse imprevisíveis, vivenciar exercícios socioemocionais inesperados, superar limites e se reinventar. Mas teremos de interromper nosso projeto momentaneamente por causa dessa perturbadora virose do Covid-19. Vocês permanecerão se reconstruindo como seres humanos? Continuarão se mapeando e se libertando de seus cárceres mentais? Negarão o que aprenderam?

Ao ouvir essas perguntas em forma de advertência, seus alunos reagiram com heroísmo. Desconheciam os fantasmas que se escondiam nos porões de sua personalidade.

Peter afirmou categoricamente:

– Jamais abandonarei o que tenho aprendido neste treinamento, mestre.

– Serei sempre um eterno aprendiz. Nunca viraremos as costas ao que você nos ensinou – declarou Jasmine.

– Eu muito menos – afirmaram Florence, Yuri, Chang, Michael, Alexander, Harrison e os demais.

Marco Polo sorriu discretamente. Poderia estar satisfeito, mas sabia que eles estavam sendo ingênuos. Lembrou-se do carpinteiro de Nazaré.

–  No rol dos que traem a própria consciência há muitos heróis. Nessa quarentena, inimigos de plantão tentarão sabotá-los, vampiros emocionais tentarão sangrá-los.

– Que inimigos? – indagou Chang.

– O vírus do ego, principalmente – afirmou sem meias palavras o psiquiatra que os treinava.

– Como assim, o vírus do ego? – perguntou Florence curiosa.

– É o vírus do egocentrismo, do egoísmo, do individualismo, da necessidade neurótica de poder, da necessidade doentia de controlar os outros e de ter evidência social, da aversão ao tédio, da cobrança social e da autocobrança! Desconhece esse vírus, Florence?

– Quem esse vírus mais infecta? – questionou Jasmine pensativa.

– O vírus do ego contamina os cientistas, fazendo-os amar mais suas ideias do que a própria ciência; contamina os influenciadores digitais, levando-os a vender uma falsa felicidade para obter mais seguidores; infecta os líderes políticos, fazendo-os amar mais seu partido do que sua sociedade. O Mestre dos mestres era um crítico feroz do vírus do Por isso ele transformava prostitutas em rainhas e leprosos em príncipes. E, quando alguém queria indagar quem ele era, enfaticamente dizia: “Sou o filho do homem!” O filho da humanidade. O que Jesus Cristo queria dizer com essa emblemática expressão, proclamada por ele mais de sessenta vezes?

Seus alunos pensaram, estavam perturbados. Esqueceram-se de uma tese fundamental que haviam aprendido um pouco antes. Foi então que Marco Polo comentou:

– Não entendem ainda? Ele queria dizer: “Não me coloque rótulos!” Demonstrava que era profundamente apaixonado pela espécie humana; O Médico da emoção bradava aos quatro ventos, para judeus e gentios, para puritanos e erráticos, para religiosos e prostitutas: “Eu tenho orgulho de ser um ser humano!” Se valorizarmos qualquer tipo de diferença mais do que nossa essência, nossa espécie não terá saúde emocional, harmonia nem paz social. Que tipo de orgulho te controla? Você pode ter orgulho de ser negro, amarelo, de sua sexualidade, de sua nacionalidade, do seu partido político, da sua cultura acadêmica. Todavia, se não tiver muito mais orgulho de ser um ser humano, você será um agente divisor, e não pacificador, da humanidade; um nutridor do preconceito, e não promotor da inclusão social; um propagador do vírus do ego, e não um agente que abranda seu contágio.

– Essa tese é surpreendente – expressou Florence emocionada.

– Então todas as minorias deveriam proclamar: “Tenho orgulho de ser um ser humano!” Caso contrário, exaltando as diferenças, nós promovemos justamente o que queremos destruir: o preconceito.

– Exatamente, Florence. Milhões foram vítimas de preconceitos de todas as formas no teatro da humanidade, mas a solução inteligente e pacífica de conflitos só se alcança amando e exaltando nossa essência e respeitando nossas diferenças. O filósofo Agostinho, sabiamente, sem conhecer as ferramentas de gestão da emoção, já comentava sobre esse tema! Diferentemente dele, Abraham Lincoln, embora tenha sido um dos grandes líderes da história, não conheceu esse fenômeno. Ele libertou os escravos na Constituição, mas exatos cem anos depois Martin Luther King ainda estava lutando pelos direitos civis dos negros. Eles não tinham o direito de estudar nos mesmos colégios que os brancos, de se sentar onde queriam no transporte coletivo nem de frequentar todos os lugares públicos. Por quê?

– Porque foram libertados legalmente, mas não no coração? – comentou Michael, que era de pele negra.

– E por que não foram libertados no coração psíquico? – questionou Marco Polo.

– Pelo racismo sistêmico? Por falha na generosidade? Pela falta de humanidade?

– Suas respostas estão corretas, mas não atingem o xis do problema, A resposta essencial é por falhas na educação racionalista – afirmou Marco Polo categoricamente. – Em todas as escolas americanas deveriam ter ensinado dia e noite, a partir de quando Lincoln libertou os escravos constitucionalmente, que negros e brancos são seres humanos com as mesmas necessidades socioemocionais, como amar, construir relações, superar a solidão, trabalhar perdas e frustrações, e com a mesma complexidade intelectual, pois ambos possuem fenômenos inconscientes que leem a memória em milésimos de segundo com uma assertividade inexprimível para produzir milhares de cadeias de pensamentos diariamente, tornando-se, assim, Homo sapiens.

– Espetacular, Marco Esses dois fenômenos, ou seja, as mesmas necessidades socioemocionais e a mesma capacidade de produzir cadeias de pensamentos, tornam negros, brancos, celebridades, anônimos, mulheres, homens, heterossexuais, homossexuais, iguais em sua essência. Eu tenho orgulho de ser um ser humano! – bradou Michael de pé.

Todos o acompanharam como se fosse um grito da inteligência, e não de guerra de uma maioria contra uma minoria.

– Caramba. Você fala cada coisa complexa, Marco Polo – comentou o estudante japonês, Hiroto. – Mas acho que entendi um pouco a raiz da discriminação. Eu sempre discriminei chineses, indianos, brasileiros. Era estúpido.

E Marco Polo os advertiu com mais uma tese que ele defendia em todos os países em que era publicado:

– Mas não basta sabermos que somos iguais em nossa essência. Deveríamos também fazer nas salas de aula a TTE, a técnica da teatralização da emoção, demonstrando o desespero dos que sofreram nos campos de concentração. Ela liberta nosso imaginário, o pensamento antidialético, e nos leva a nos colocarmos no lugar dos Se teatralizassem a dor dos escravos nas aulas de história, haveria uma vacina contra o vírus do racismo. Passeatas são importantes, mas a TTE é mais eficiente no planeta mente. A história meramente expositiva em sala de aula nutre o racismo sem que se saiba, pois é fria, seca, destituída de sabor emocional e, portanto, gera insensibilidade, leva à psicoadaptação às mazelas humanas, e não à luta contra elas.

– Exaltar e amar nossa essência humana e fazer a técnica da TTE seriam o fim do racismo? – questionou Peter, que sempre foi racista, um sujeito ególatra e arrogante que detestava imigrantes. Estava pasmado com a luz intelectual que irradiava de seu planeta mente.

– Não seriam o fim. Mas provavelmente 90% do vírus do ego que infecta o racismo seria debelado – afirmou aquele que era um dos mais ousados e inovadores psiquiatras sociais da atualidade.

– Acho que estou contaminado até o pescoço com o vírus do ego – afirmou Chang, tentando extrair bom humor do caos. – Confesso que lá no fundo discrimino as pessoas.

– Até você, Chang? – indagou seu amigo Peter.

– Acho os chineses os caras mais inteligentes do mundo. Considero indianos, japoneses e até americanos estúpidos perto de minha magna intelectualidade.

– Tá brincando, homem? Mais inteligente que eu? – questionou Peter novamente, agora indignado.

Viviam uma guerra de egos.

– Calma, Peter. É difícil, mas sonho em ser humilde. Pelo menos os humildes erradicaram esse terrível vírus mental!

Marco Polo o contradisse:

– Errado, Chang. Nenhum ser humano é suficientemente humilde para eliminar o vírus do ego. O vírus do ego contagia os mais humildes, levando-os a terem orgulho da sua humildade. O vírus do ego contagia os conformistas, conduzindo-os a não entender que é muito melhor errar por agir do que errar por se omitir. Infecta os coitadistas, que têm pena de si mesmos, conduzindo-os a usarem, ainda que inconscientemente, sua doença emocional e suas mazelas sociais para terem ganhos secundários, para ganharem uma atenção especial. Contagia os políticos que defendem mais sua ideologia do que sua sociedade. Contagia ainda os “rebeldes”, como vocês, fazendo-os procurar plateias para dar seu show.

Os alunos sofreram um terremoto emocional.

– Espere aí, Não concordo – expressou Jasmine, descontente, demonstrando um sintoma do vírus do ego.

– E a estirpe dos psiquiatras não se contamina com o vírus do ego?

– perguntou Peter.

– Por acaso você, Marco Polo, está imune a esse contagioso vírus?

– indagou Florence ironicamente.

Marco Polo sorriu. Olhou para dentro de si mesmo e admitiu:

– Nunca estive imune. Os psiquiatras são simples mortais e, como tais, possuem suas cepas do vírus do ego. Eles deveriam, por estudar a mente humana, ter mais consciência de sua falibilidade do que a média dos outros seres humanos. Mas nem sempre é assim. Há psicólogos que, desconhecendo a epistemologia do conhecimento, usam alguns fragmentos de sua teoria como se fossem verdades irrefutáveis. Alguns querem colocar seus pacientes dentro das suas teorias e não suas teorias dentro deles, pois esses são maiores do que elas. Há psicólogos que têm a necessidade neurótica de mudar quem amam, sem entender que ninguém muda ninguém. Temos o poder de piorar os outros, não de mudá-los. Podemos contribuir, mas só os outros podem mudar ou reciclar a si mesmos. Sou um psiquiatra, meus defeitos e minhas imperfeições são enormes, o que me torna apenas um caminhante no traçado do tempo à procura de me descobrir.

Os alunos ficaram surpresos com a honestidade do seu treinador. Se Marco Polo precisava combater frequentemente o vírus do ego, eles precisavam muito mais, pensaram.

– Fui um carrasco das minhas namoradas – confessou Martin, um aluno alemão alienado das responsabilidades sociais, mas virulento e autoritário nas suas relações interpessoais. – Sempre quis que elas correspondessem às minhas expectativas. Sempre as pressionei, critiquei e humilhei. Tenho vergonha de mim.

– Acalme-se, Martin, não se puna, você está se reinventando. Mesmo Gandhi, o apóstolo da resistência não violenta, era, no início do seu casamento, intensamente autoritário, ciumento e controlador.

– Até Gandhi? – questionou Florence.

– Sim, até Gandhi. Queria que sua esposa Kasturbai se submetesse a ele como uma escrava. Mas ela valentemente resistiu e, por fim, o próprio Gandhi confessou que Kasturbai o ensinara a não usar a violência. Sua admiração profunda pelo Mestre dos mestres o levou também a ser um pacificador.

– Eu sou violenta comigo. Esmago meu cérebro de tanto me cobrar. Sou implacável com meus erros – afirmou Jasmine lucidamente. – Preciso ser pacífica comigo. Hoje entendo, Marco Polo, por que você é uma voz científica solitária bradando à humanidade que estamos na “era dos mendigos emocionais”, que há bilhões de seres humanos que precisam de muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. Sou grata por estar aprendendo a não ser uma garota emocionalmente mendiga.

– Eu também sou uma mendiga em minha mente. Tenho cama, mas não descanso; um smartphone de última geração, mas não sei me comunicar comigo mesma; visto-me com roupas de marca, mas elas não me aquecem, pois sempre me puno através do padrão tirânico de beleza. Preciso aprender a namorar a vida – expressou-se Florence, seus olhos lacrimejando.

– Todos nós somos miseráveis mendigando o pão da felicidade real e sustentável – confessaram outros rebeldes.

Marco Polo, ao ouvir essas palavras, por um lado ficou feliz com os insights de seus alunos, que antes do treinamento raramente se interiorizavam. Agora estavam aprendendo a se mapear e a ser transparentes; por outro lado, ficou preocupadíssimo. Convenceu-se de que necessitavam não apenas das ferramentas do Mestre dos mestres como o maior líder da história para serem empreendedores e terem mentes livres e criativas, como na primeira fase do treinamento. Seus alunos também precisavam das técnicas do carpinteiro de Nazaré como Médico da emoção, não para tratar das doenças emocionais, já que o tratamento é objeto da psiquiatria e da psicologia, mas para preveni-las. Além disso, precisavam aprender a ter um romance com sua existência e transformá-la, mesmo diante das intempéries existenciais, num espetáculo que valia a pena ser vivido, e não um espetáculo de estresse, terror e ansiedade. Ponderou que deveria ser essa a ênfase que ele daria na segunda fase do treinamento, logo depois que a pandemia passasse.

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Augusto Cury

Sobre o autor

Augusto Cury

AUGUSTO CURY é psiquiatra, cientista, pesquisador e escritor. Publicado em mais de 70 países, já vendeu, só no Brasil, 30 milhões de exemplares de seus livros, sendo considerado o autor brasileiro mais lido na atualidade. Seu livro O vendedor de sonhos foi adaptado para o cinema pela Warner/Fox. O próximo título a ganhar as telonas será O futuro da humanidade. Entre seus sucessos estão O futuro da humanidade; O homem mais inteligente da história; O homem mais feliz da história; O maior líder da história; Pais brilhantes, professores fascinantes e Nunca desista dos seus sonhos. Cury é autor da Teoria da Inteligência Multifocal, que trata do complexo processo de construção de pensamentos, dos papéis da memória e da construção do Eu. Também é criador da Escola da Inteligência, o primeiro programa mundial de gestão da emoção para crianças e adolescentes e o maior programa de educação socioemocional da atualidade, com mais de 400 mil alunos.

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Não podemos mudar o passado e todos nós experimentamos ao longo da vida emoções como o medo, a mágoa, a tristeza e a decepção. Muitas vezes ficamos aprisionados aos traumas vividos, o que acaba por impedir a nossa realização plena.

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