Introdução
Não são as finanças. Não é a estratégia. Não é a tecnologia. O que continua resultando em maior vantagem competitiva é o trabalho em equipe.
Um amigo meu, fundador de uma empresa que cresceu e atingiu uma receita anual de 1 bilhão de dólares, foi quem melhor expressou o poder do trabalho em equipe: “Se você conseguir colocar todos os funcionários de uma empresa remando na mesma direção, poderá dominar qualquer indústria, em qualquer mercado, contra quaisquer competidores, em qualquer época.”
Toda vez que repito isso para um grupo de líderes, eles logo balançam a cabeça em concordância, mas de maneira um tanto desesperada. Parecem concordar com essa afirmação e, ao mesmo tempo, se render à ideia de que é impossível conseguir um grupo de funcionários unidos em prol do trabalho.
O trabalho em equipe sempre foi ilusório em muitas organizações, apesar de toda a atenção que recebe de acadêmicos, coaches, professores e da mídia. O fato é que, já que são compostas de seres humanos imperfeitos, as equipes são inerentemente disfuncionais.
Mas isso não quer dizer que o trabalho em equipe esteja fadado ao fracasso. Na verdade, criar um grupo forte de profissionais é possível e simples, mas é também dolorosamente árduo.
Como muitos outros aspectos da vida, esse processo pode ser resumido em dominar um conjunto de comportamentos que são descomplicados na teoria, mas extremamente complicados de colocar em prática no dia a dia. O sucesso só vem para os grupos que vencem as tendências humanas que corrompem as equipes e fazem com que políticas ineficientes sejam criadas dentro delas.
Há poucos anos, escrevi meu primeiro livro, As cinco tentações de um executivo, sobre as armadilhas comportamentais que atormentam os líderes. Durante o trabalho com meus clientes, percebi que alguns deles estavam aplicando as minhas teorias na tentativa de aprimorar o desempenho das equipes sob sua gestão.
Assim, ficou claro para mim que aquelas cinco tentações se aplicam não apenas a líderes, mas também, com algumas diferenças, a grupos. E não somente em empresas. Clérigos, treinadores, professores e outros profissionais descobriram que esses princípios se aplicam a seu âmbito de atuação tanto quanto ao salão nobre de uma empresa multinacional. E foi assim que este livro surgiu.
Como em minhas outras obras, Os 5 desafios das equipes começa com uma fábula sobre uma organização realista porém fictícia. Descobri que isso permite que os leitores aprendam melhor, pois se envolvem com o relato e se identificam com os personagens. Essa tática também os ajuda a entender como esses princípios podem ser aplicados em um ambiente real, onde o ritmo de trabalho e o volume de distrações diárias fazem com que a tarefa mais simples pareça árdua.
Para ajudá-lo a aplicar as dicas em sua empresa, após a fábula há uma seção com as cinco disfunções descritas de forma detalhada. Incluí também um questionário para avaliação da sua equipe e sugestões de ferramentas para vencer os problemas de desempenho.
Finalmente, embora este livro seja baseado em meu trabalho com CEOs e suas equipes de executivos, as teorias apresentadas aqui podem ser aplicadas por qualquer um que se interesse pelo trabalho em equipe, seja o líder de um pequeno departamento dentro de uma empresa ou membro de um grupo que precisa melhorar o desempenho. Qualquer que seja o caso, espero, sinceramente, que este material ajude a sua equipe a vencer seus desafios, de modo a alcançar mais do que um indivíduo conseguiria sozinho.