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Livro

Precisamos nos ver mais

Billy Baker

Um relato esclarecedor e divertido sobre por que os homens precisam de amigos homens

Um relato esclarecedor e divertido sobre por que os homens precisam de amigos homens

 

“Uma mistura agradável de ciências sociais, memórias e humor.” – The New York Times

“Quando se tornam ocupadas demais, as pessoas não limitam o tempo que passam com os filhos ou no trabalho. Elas limitam o tempo que passam com os amigos.”  – Billy Baker                            

 

Ao ser convocado para escrever uma matéria sobre a epidemia de solidão na meia-idade, Billy Baker achou que não era a pessoa certa para a tarefa. Afinal, era extrovertido, sociável e tinha muitos amigos. Pelo menos achava que tinha.

Pesquisando mais sobre o assunto, percebeu o vazio que o distanciamento dos amigos causara em sua vida. E descobriu que, além de muito comum, a solidão pode ser extremamente perigosa.

Determinado a desafiar as probabilidades, Baker iniciou uma ousada e divertida jornada para resgatar suas antigas amizades. Suas tentativas nem sempre bem-sucedidas se transformaram em um inesperado caminho de autoconhecimento.

Este livro é um relato dessa busca e também um estudo sobre a importância das relações humanas para nossa saúde física e mental.

A partir de pesquisas e entrevistas, Baker investiga como a solidão se instala sorrateiramente com o passar dos anos. Mas com muito bom humor, charme e franqueza, mostra que é possível driblar as estatísticas e manter os amigos como prioridade em nossa vida.

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Ficha técnica
Lançamento 12/07/2022
Título original We need to Hang Out
Tradução Carolina Simmer
Formato 14 x 21 cm
Número de páginas 208
Peso 300 g
Acabamento Brochura
ISBN 978-65-5564-403-6
EAN 9786555644036
Preço R$ 49,90
Ficha técnica e-book
eISBN 978-65-5564-404-3
Preço R$ 29,99
Lançamento 12/07/2022
Título original We need to Hang Out
Tradução Carolina Simmer
Formato 14 x 21 cm
Número de páginas 208
Peso 300 g
Acabamento Brochura
ISBN 978-65-5564-403-6
EAN 9786555644036
Preço R$ 49,90

E-book

eISBN 978-65-5564-404-3
Preço R$ 29,99

Leia um trecho do livro

Um

Vamos começar pelo momento em que percebi que eu era um velho solitário, que ocorreu pouco depois que me disseram que eu estava destinado a me tornar um.

Fui convocado à sala do editor com uma das mentiras mais clássicas do jornalismo: “Temos uma história perfeita para você.” É assim que os editores falam quando estão prestes a enrolar você e a convencê-lo a fazer algo desagradável. Essa mentira não é aposentada porque funciona bem com certos tipos de ego.

E foi assim que acabei levantando da minha mesa, na editoria de notícias locais do antigo prédio do The Boston Globe, e fiz a curta caminhada até o outro lado da redação, onde ficava o pessoal que trabalhava na revista de domingo. Verifiquei se meu sensor de papo furado estava ligado antes de desabar irritado em uma cadeira na sala do editor.

– Queremos que você escreva sobre o fato de homens de meia-idade não terem amigos – disse ele.

Como é que é?

Ele não esperou por uma resposta e começou a apresentar seus argumentos com rapidez, exibindo papéis sobre a mesa e janelas no computador enquanto defendia sua tese: as amizades modernas passavam por uma crise, com consequências desastrosas para a saúde física e mental das pessoas.

Ei, cara, está dizendo que eu não tenho amigos?

Aliás, você me chamou de velho?

Ele ignorou minha expressão facial, que alternava entre a vontade de brigar e a de chorar, e chegou à grande conclusão, outra das mentiras mais testadas e aprovadas no jornalismo:

– Vai ser divertido! – exclamou.

Finalmente, o silêncio indicou que havia chegado minha hora de falar, mas eu não sabia como responder àquela proposta; mal tinha começado a processar o pedido.

– Vou pensar no assunto – falei para o editor. É assim que repórteres tentam desconversar quando querem fugir de uma tarefa indesejada.

Enquanto voltava para minha mesa, repassei mentalmente uma lista de amigos para quem poderia ligar para comprovar que eu não era a pessoa certa para escrever uma matéria sobre solidão. Em primeiro lugar, havia o Mark. Nós estudamos juntos no ensino médio e ainda nos falávamos o tempo todo, nos víamos sempre e…

Espera, com que frequência a gente se encontrava? Talvez umas quatro ou cinco vezes por ano? Talvez menos?

E havia meu outro melhor amigo da época da escola, Rory… Sinceramente, não consegui me lembrar da última vez que vi Rory. Fazia um ano? Era possível.

E havia meu irmão, Jack, mas ele tinha se mudado para a Califórnia depois da faculdade e, se nos víamos duas vezes por ano, era muito.

Continuei repassando minha lista mentalmente, pensando em bons amigos, ótimos amigos, amigos de uma vida inteira, amigos que tinham a obrigação moral de ir ao meu enterro. A maioria parecia ainda fazer parte da minha vida, mas por quê? Porque eu conhecia seus filhos pelo Facebook? Fazia anos que não via aquelas pessoas. Décadas, no caso de algumas. Como os dias podem parecer tão demorados enquanto os anos passam em um piscar de olhos?

Quando cheguei à minha mesa, já tinha sido inundado pela decepção e sabia que a raiva viria logo em seguida.

O editor tinha razão. De fato, eu era perfeito para a matéria. Não porque havia algo de errado comigo, mas porque eu era um sujeito dolorosamente comum.

E, se as informações apresentadas por aquele editor idiota estivessem certas, eu estava seguindo por um caminho perigoso.

Eu tinha feito 40 anos havia alguns meses. Era casado e tinha dois filhos pequenos. Recentemente havíamos comprado uma casa meio feia, com revestimento branco na fachada, em uma pequena cidade costeira a uma hora ao norte de Boston. Nossa garagem abrigava dois carros tipo perua, que tinham camadas de biscoitos salgados esmigalhados no chão fazendo as vezes de tapetes. Quando eu pisava em uma peça de Lego de madrugada, a caminho do banheiro, dizia a mim mesmo que era legal ter me transformado no estereótipo de pai de seriados americanos.

Durante a semana, boa parte da minha vida girava em torno do trabalho. Ou de me arrumar para o trabalho. Ou de dirigir para o trabalho. Ou de dirigir para casa voltando do trabalho. Ou de mandar mensagens para minha esposa avisando que eu me atrasaria para voltar do trabalho.

Sim, eu tinha amigos na redação, mas apenas pela proximidade acidental. Raramente encontrava aquelas pessoas fora dali. A maior parte do meu tempo restante girava ao redor dos meus filhos. Eu passava muito tempo perguntando a eles onde estavam seus sapatos e eles passavam muito tempo me perguntando quando teríamos uma “hora com o papai”. Sempre que ouvia essa frase, meu coração apertava e eu ficava paralisado pela culpa, porque eles costumavam pedir isso nos momentos em que percebiam que não seriam atendidos – quando eu estava distraído com um e-mail no celular, ou escondido no quarto de hóspedes me matando para entregar uma matéria dentro do prazo, ou lidando com a logística chata e infinita de manter uma casa.

Normalmente, uma “hora com o papai” era encaixada antes de eles irem dormir – em geral, brincávamos de luta ou líamos um livro – e todos os dias eu ainda dava conta de separar um tempo para mim, que costumava se resumir a acordar antes de amanhecer para ir à academia ou sair para correr antes de começar a procurar os sapatos dos meus filhos.

Mas, somando tudo, não sobrava tempo para os amigos. Mesmo sem perceber, eu era o culpado por ter me tornado uma pessoa solitária.

– Você devia aproveitar essa matéria para tomar uma atitude.

Isso veio de Richard Schwartz. Ele é psiquiatra e eu entrei em contato porque meu editor mandou. Sou o primeiro da fila quando se trata de fugir de reflexões desagradáveis, então conversar com um psiquiatra não seria minha principal prioridade no momento. Mas Schwartz era de Boston e tinha publicado um livro com a esposa, a Dra. Jacqueline Olds, chamado The Lonely American: Drifting Apart in the Twenty-First Century (O americano solitário: o distanciamento no século XXI), que encontrei na seção “Corpo e alma” da biblioteca da redação. Com relutância, liguei para ele.

Schwartz parecia um cara legal e logo chegou a duas conclusões sobre mim: minha história era muito comum… e muito perigosa.

Ele me disse que, quando se tornam ocupadas demais, as pessoas não limitam o tempo que passam com os filhos ou no trabalho. Elas limitam o tempo que passam com os amigos.

– E os perigos disso para a saúde pública são incrivelmente perceptíveis – falou Schwartz com a seriedade apropriada.

A partir dos anos 1980, diversos estudos começaram a mostrar que pessoas socialmente isoladas dos amigos – independentemente do nível de atividade em suas vidas familiares – eram bem mais propensas a encarar uma lista imensa de problemas de saúde e apresentavam muito mais chances de sofrer morte precoce do que seus colegas socialmente conectados. Essas conclusões levavam em conta informações como idade, gênero e estilo de vida.

A solidão mata. E, no século XXI, é inegável que a solidão se transformou em uma epidemia.

Solidão é um estado subjetivo em que o sofrimento que você sente é causado pela discrepância entre as conexões sociais que deseja ter e as conexões sociais que realmente possui. Não é difícil chegar a esse ponto. Eu me encaixo muito nesse conceito. Muita gente se encaixa.

Você pode se sentir solitário quando está sozinho, mas também pode se sentir solitário no meio de uma multidão. Não importa a forma como ela se apresenta, as consequências da solidão são terríveis. Cite qualquer doença que você não deseja ter e haverá um estudo que a associa com a solidão. Diabetes. Obesidade. Alzheimer. Cardiopatias. Câncer. Um estudo descobriu que, em termos de danos à saúde, a solidão equivale a fumar 15 cigarros por dia.

Agora vejamos uma pesquisa de 2019 que apontou que 61% dos americanos são comprovadamente solitários, com base em sua pontuação na Escala de Solidão da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), o padrão-ouro há décadas. Essa porcentagem aumentou em sete pontos em apenas um ano. De acordo com outro grande estudo, conduzido pela AARP, uma organização com foco no estilo de vida dos cidadãos de meia-idade, mais de 42 milhões de americanos acima dos 45 anos sofrem de “solidão crônica”.

E a coisa piora: uma pesquisa da Universidade Brigham Young, que usou dados de 3,5 milhões de pessoas coletados ao longo de 35 anos, descobriu que indivíduos que sofrem de solidão, isolamento ou até aqueles que apenas moram sozinhos tiveram um aumento de 32% no risco de morte prematura.

Hoje mais pessoas vivem sozinhas do que em qualquer outro momento da história. Nos Estados Unidos, 27% dos lares são de uma única pessoa. Em 1970, essa porcentagem era de 17%. Para os americanos mais velhos, o número é ainda maior. Quase um terço da população com mais de 65 anos mora sozinha. Aos 86, o percentual sobe para 50%.

Apesar de ser nítido que a solidão é um problema gravíssimo para nossa sociedade, Schwartz me disse que lidar com ela é muito difícil por um motivo bem simples: ninguém quer admitir que se sente sozinho.

– Desde que eu e minha esposa escrevemos sobre solidão e isolamento social, passamos a atender um bom número de pessoas com esse problema – contou Schwartz. – Mas elas não costumam dizer que estão solitárias. A maioria se sente como você na sala do seu editor; admitir que vive na solidão é muito parecido com admitir fracasso. A psiquiatria luta para tirar o estigma de coisas como a depressão e teve sucesso em grande parte. Hoje as pessoas se sentem mais confortáveis em admitir que estão deprimidas. Mas não gostam de dizer que se sentem sozinhas porque não querem ser o aluno excluído da escola.

Nunca fui esse cara. Sou extrovertido e sociável. Jamais tive dificuldade de fazer amigos. Mantenho contato com todo mundo. Ou, pelo menos, comento os posts do Facebook das pessoas e elas comentam os meus.

Eu e minha esposa saímos com outros casais de vez em quando. E até já saí com caras que conheci através dos meus filhos, em algum trabalho ou qualquer coisa assim. Porém esses eventos quase nunca se repetem. Nós tomamos umas cervejas, conversamos sobre como não temos tempo para nada e raramente saímos de casa para nos divertir; fazemos planos vagos para nos encontrar de novo, apesar de os dois saberem que isso jamais acontecerá. É uma forma educada de chutar a bola pelo campo sem alcançar o gol. Eu gosto de você. Você gosta de mim. Isso basta? É assim que são as amizades nesta fase da vida?

Schwartz me convenceu de muitas coisas durante nossa conversa, mas não conseguiu me fazer admitir que me sinto solitário. Nada disso, eu não. Eu era apenas um caso típico da maioria silenciosa das pessoas que se recusa a admitir que está ávida por amizades, apesar de todos os sinais indicando o contrário.

Antes de desligar, Schwartz novamente me incentivou a tomar uma atitude. Sugeriu que eu encontrasse alguma atividade regular, e não precisei de um doutorado para entender por que esse é o conselho favorito dos especialistas da área. Como os médicos diriam, planejar qualquer coisa é um saco. Planejamento requer iniciativa e, se você precisa tomar iniciativa sempre que quiser encontrar um amigo, o esforço facilmente passa a ser encarado como outra chatice desnecessária. Qualquer um que já tenha se envolvido em uma interminável troca de mensagens para planejar o encontro de um grupo de amigos sabe a rapidez com que as complicações podem matar uma ideia. Com frequência, o momento de alegria não surge quando você encontra pessoas queridas, mas quando o planejamento termina.

Assim, a recomendação de especialistas é meio geriátrica: entre para uma equipe de boliche… basicamente.

Outro conselho é pegar o telefone – um problema, caso você seja igual a mim, isto é, um homem. Odeio falar ao telefone. Essa é uma reclamação tipicamente masculina, além de uma famosa barreira para as amizades. Para as mulheres, no entanto, o telefone é uma ferramenta para fortalecer as relações. Pouco depois de encerrar a conversa com Schwartz, li uma matéria sobre uma palestra recente de um professor de Oxford chamado Robin Dunbar apresentando um estudo que mostra que mulheres são capazes de manter relacionamentos próximos apenas falando pelo telefone. Os homens, não. Minha esposa consegue ter conversas demoradas ao telefone com a irmã e as amigas, e eu fico observando, impressionado, enquanto ela anda de um lado para outro da cozinha. Toda ligação que faço para algum dos meus amigos parece durar 45 segundos antes de algum dos dois dizer “Valeu, a gente se fala mais tarde”.

Homens precisam de atividades para criar laços. Essa descoberta é confirmada por vários estudos e pela simples observação: basta parar de olhar para o próprio umbigo e prestar atenção ao redor. É um fato inquestionável que homens formam suas amizades mais profundas em períodos de interação intensa, como durante a prática de esportes, o serviço militar ou a escola.

Nossa genética é programada assim: passamos milhões de anos caçando juntos. A troca de experiências não apenas é a melhor maneira de criarmos laços, mas também de mantê-los.

Aqui vai um detalhe que fará você fitar o horizonte e concordar com a cabeça. Pelo menos foi isso que aconteceu comigo quando Schwartz o mencionou em nossa conversa inicial. Aparentemente, psicólogos e sociólogos elaboram estudos em que tiram fotos de pessoas na surdina, sem elas repararem, e então as analisam em busca de padrões. Ao observarem as imagens de algumas dessas interações, perceberam uma diferença gritante na maneira como homens e mulheres se posicionam entre si.

Mulheres conversam cara a cara. Homens, lado a lado.

Quando fiquei sabendo dessa informação, passou a ser impossível ignorá-la. As provas estão em todos os cantos. Bancos de bar e cadeiras nos estádios são projetadas para isso. Mesmo em situações em que os homens se sentam à mesa, notei que eles naturalmente ajeitam as cadeiras de modo a olhar na mesma direção, observando o mundo juntos.

Todas essas conversas e reflexões me fizeram pensar em uma experiência importante que tive recentemente com um amigo. Corri a Maratona de Boston com um camarada da faculdade, Matt. Ele morava nos arredores de Chicago, mas, enquanto treinávamos, sempre falávamos sobre como detestávamos correr e essas conversas levavam a outras coisas. Quando dei por mim, estávamos mais próximos do que nunca, apesar de nossa conversa mais demorada ter acontecido nas quatro horas que levamos para ir do subúrbio de Hopkinton a Boston. Repetimos o mesmo ciclo alguns meses depois, na Maratona de Chicago, e foi fantástico passar por essa vivência com um amigo. Eu jamais teria conseguido sem ele. Porém, desde o dia em que cruzamos a linha de chegada em Grant Park, praticamente não tive contato com Matt. Nós paramos de compartilhar a mesma experiência.

Talvez eu devesse ligar para ele e tal, mas detesto falar ao telefone.

Ao olhar para a minha vida, encontrei muitos motivos para ficar feliz. Tive a sorte de me casar com a mulher certa, caso eu precise desabafar com alguém. Meus filhos são maravilhosos. Todo mundo que amo está saudável e bem. Todas as peças se encaixavam. Tirando meus amigos. Eles não estavam nem na lista de “pendências”. E a parte mais triste era que isso tinha se tornado normal.

Eu sentia falta dos meus amigos. E precisava acreditar que eles sentiam falta de mim. Será que deveria esperar para nos reunirmos em um campo de golfe depois de nos aposentarmos? Aquela matéria idiota me mostrou que o isolamento não apenas era triste, mas também muito perigoso. Tipo surpreendentemente perigoso. Como um escorrega lubrificado que leva a um poço cheio de estacas afiadas.

Mas tive uma ideia. Ou melhor, eu iria roubar uma ideia. Pouco depois de nos mudarmos de Boston para Cape Ann, fiz uma aula de caiaque em uma lojinha em Essex que oferecia passeios guiados por Great Marsh. A loja era de um cara mais velho chamado Ozzie e de sua esposa, Sandy. Em algum momento, escutei Ozzie recusar um convite porque ele tinha a “Quarta à Noite”.

Não entendi direito, já que quarta à noite parecia ser algo que todo mundo tinha, mas Ozzie explicou que a “Quarta à Noite” era algo combinado com alguns amigos de muitos anos, um acordo fixo de que eles se reuniriam todas as noites de quarta-feira para fazer alguma coisa juntos. Qualquer coisa.

A ideia parecia perfeita, uma mistura de esquisitice e intensidade, começando pelo nome, que era uma ausência de nome, algo também muito típico dos homens. E… quarta-feira. Nada de interessante acontece nas quartas-feiras.

Porém, acima de tudo, o que me impressionou foi o fato de ele e os amigos seguirem esse acordo há décadas. Havia uma doçura oculta no gesto e Ozzie não era um cara doce. Não, aquilo era o simples reconhecimento de que eles precisavam dos seus camaradas sem nenhum motivo específico.

Assim que ele me explicou o conceito, eu soube que iria roubá-lo. Quer dizer, quando eu fosse mais velho e precisasse de algo assim.

Três anos depois, enquanto escrevia aquela matéria fatídica, percebi que já tinha esperado tempo demais.

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Billy Baker

Sobre o autor

Billy Baker

BILLY BAKER é jornalista e escreve para o The Boston Globe. Recebeu o prêmio Deborah Howell for Writing Excellence, da Associação Americana de Novos Editores, e foi membro da equipe que recebeu o Prêmio Pulitzer pela cobertura dos atentados à Maratona de Boston.

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