Como o racismo criou o Brasil
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Neste livro, o sociólogo Jessé Souza mostra a versão mais madura de sua inovadora interpretação sobre a sociedade brasileira, baseada em mais de 40 anos de estudos teóricos e empíricos.
Jessé é autor de mais de 30 livros e de uma centena de artigos e ensaios em vários idiomas. Entre seus maiores sucessos se destacam A elite do atraso, A classe média no espelho e A guerra contra o Brasil.
O tema do racismo é reconstruído desde o início da civilização ocidental até nossos dias, de modo a permitir uma compreensão fundamental: a de que todo processo de desumanização e animalização do outro assume as formas intercambiáveis de racismo cultural, de gênero, de classe e de raça.
Perceber as diferentes facetas do racismo possibilita não se deixar fazer de tolo, por exemplo, quando o racismo racial assume outras máscaras para fingir que se tornou guerra contra o crime, como se a vítima não fosse sempre negra, ou luta contra a corrupção, usada contra qualquer governo popular no Brasil que lute pela inclusão de negros e pobres.
Apenas uma abordagem multidimensional permite efetivamente perceber como o racismo racial sempre esteve no comando da iniquidade da sociedade brasileira, da escravidão até hoje. Ao desvendar todas as máscaras de que o afeto racista se recobre para continuar vivo fingindo que morreu, podemos enfim perceber o racismo racial como a verdadeira causa de todo o atraso social, econômico e político do Brasil.
Este livro veio para levar a outro patamar de sofisticação teórica a discussão sobre o racismo no Brasil e para jogar luz sobre todo o ódio e todo o ressentimento social com que nos deparamos hoje em dia. O debate está posto!
Resenha especializada
Resenha especializada
“Este livro foi um esforço de compreensão do racismo multidimensional e de como, em sociedades como a brasileira, o racismo racial assume o comando do processo de dominação social, econômico e político ao construir a gramática, a maior parte das vezes implícita, por meio da qual afetos, necessidades inconscientes e, acima de tudo, anseios de distinção social orientam as alianças e lutas entre todos os indivíduos e todas as classes sociais.
Compreender efetivamente o racismo, e não apenas mostrar que ele existe, significa demonstrar como ele destrói o reconhecimento social e a autoestima de que todos nós necessitamos para levar uma vida digna deste nome.
Daí o racismo ser uma ferida tão profunda e covarde, em suas diversas manifestações, sobretudo sob sua forma racial. Ele surge sempre como manipulação das nossas necessidades mais básicas como seres humanos, seja para legitimar a exploração das classes privilegiadas, seja para criar alguma forma de distinção social positiva para os estratos também oprimidos de “brancos pobres” e dos “pobres remediados”, fazendo-os se sentir superiores a uma classe/raça de “novos escravos”, quase todos negros, uma classe/raça “Geni”, que todos podem cuspir, explorar, humilhar e matar sem temer consequências.
A luta contra o racismo entre nós é uma luta de vida e de morte para todos os envolvidos e interessa igualmente a todos. Ou acabamos com ele ou não restará vida social digna deste nome no Brasil.” – Jessé Souza
Ficha técnica
Ficha técnica
Impresso
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Jessé Souza
JESSÉ SOUZA é graduado em Direito e mestre em Sociologia pela Universidade de Brasília, a UnB, doutor em Sociologia pela Universidade de Heidelberg, na Alemanha, com pós-doutorado em Psicanálise e Filosofia na The New School for Social Research, em Nova York.Professor titular da Universidade Federal do ABC, professor convidado da Universidade de Sorbonne, Paris I, e pesquisador sênior da Universidade Humboldt, em Berlim, ele coordenou diversas pesquisas empíricas de amplitude nacional e internacional sobre desigualdade, preconceito e classes sociais no Brasil e no mundo.É autor de mais de 30 livros e de uma centena de artigos e ensaios em vários idiomas. Entre seus maiores sucessos se destacam A elite do atraso, A classe média no espelho e A guerra contra o Brasil (Estação Brasil), A tolice da inteligência brasileira, A subcidadania brasileira (Leya) e A ralé brasileira (Contracorrente).Ex-presidente do IPEA (2015/2016), é cofundador, com Eduardo Moreira, do ICL – Instituto Conhecimento Liberta.