Entre a lucidez e a esperança
Um olhar sobre a finitude para quem não tem tempo a perder
Entre a lucidez e a esperança
Entre a lucidez e a esperança
Um olhar sobre a finitude para quem não tem tempo a perder
Entre a lucidez e a esperança
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Da mesma autora de Enquanto eu respirar e Vida inteira.
"Aproveitem cada palavra deste livro. Ele foi escrito com tudo o que mais falta neste mundo: Amor." – Ana Claudia Quintana Arantes, autora de A morte é um dia que vale a pena viver
“Falei tanto sobre vida e morte, sobre viver o presente, sobre legado, que não me parecia correto sair à francesa e deixar o leitor no vácuo. Então a gente já combina aqui: nesta história a menina não morre no final. Ela vive: nas palavras. E isso basta.”
A jornalista Ana Michelle Soares já convivia com o câncer fazia mais de uma década quando, em 2022, a doença se agravou. A descoberta de lesões no cérebro levou a uma radioterapia agressiva.
Com efeitos colaterais devastadores, AnaMi entendeu que talvez a finitude estivesse bem perto. O caminho pelo desfiladeiro da vida ficava cada vez mais estreito.
Então, com coragem e presença, ela criou a derradeira lista de desejos e começou a realizá-los, um por um. A casa na montanha. A festa de 40 anos. Não deixar nada por dizer às pessoas que amava. Escrever o último livro, este.
Sem jamais perder a esperança, AnaMi em nenhum dia deixou de viver, se adaptando às limitações que surgiam. Foi assim até o último suspiro, no dia 21 de janeiro de 2023.
Na fase mais difícil de todas, ela ousou olhar a morte nos olhos, sem medo, com curiosidade pelo grande mistério, preenchendo a alma de eternidade até o final deste tempo chamado vida.
Resenha especializada
Resenha especializada
"Entre a lucidez e a esperança traz um caminho que só pode ser percorrido a pé, passo a passo.
A lucidez oferece o risco do chão em brasa que queima os pés, do chão de gelo que faz escorregar, do chão de abismo que exige voar.
Lucidez não é mérito disponível para quem prefere a covardia da ilusão. Coragem pede a companhia do medo. Mas a lucidez só sobrevive ao lado da esperança. Ana Michelle sabia disso. Não apenas sabia: ela viveu isso.
AnaMi fechou seu ciclo de vida aos 40 anos. Foi pouco e foi absoluto. Como geriatra, conheço um número imenso de pessoas que não aprendem a viver nem aos 70, 80, 90, 100 anos. Tem gente que talvez nunca tenha a coragem, nunca se entregue tão intensamente à experiência humana de estar viva como fez AnaMi.
Para ela só faltou futuro. Presente para AnaMi era a chance maior desta vida, então ela não desperdiçou nenhum momento sequer. Viveu o que estava para ser vivido. Na sua fragilidade havia coragem e havia força, havia delicadeza e sensibilidade. Ela voava com leveza e mergulhava determinada como uma flecha na direção do alvo do dia, fosse ele digitar mais um capítulo do livro ou enfrentar mais uma estadia na UTI.
A lucidez nos faz inspirar. A esperança nos dá a coragem de expirar. Viver a distância entre uma e outra é escolha nossa. Tudo pode ser pela última vez.
Não ter um futuro com AnaMi é uma dor da qual não abro mão. O luto é o preço do amor. E eu tenho reservas para pagar esse preço alto. Não sentir saudade dela é algo que eu nunca quero que aconteça. E até que a gente se veja de novo em alguma infinita dimensão, que o vento nos faça voar e nos faça mais leves nesta vida que só nos pede a coragem de viver.
Aproveitem cada palavra deste livro. Ele foi escrito com tudo o que mais falta neste mundo: Amor." – Ana Claudia Quintana Arantes, autora de A morte é um dia que vale a pena viver
Ficha técnica
Ficha técnica
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Ana Michelle Soares
ANA MICHELLE SOARES ou AnaMi, como gostava de ser chamada, era jornalista de formação e paliAtivista de coração. Paciente de câncer de mama desde 2011, AnaMi criou o perfil @paliativas no Instagram, onde compartilhava sua rotina como protagonista do próprio tratamento, desmistificando o conceito de cuidados paliativos e transformando a finitude na mais importante ferramenta de autoconhecimento que existe. Entre uma quimioterapia e outra, realizava desejos de sua bucket list e vivia intensamente os últimos melhores momentos de sua vida. Faleceu em 2023, logo após concluir o manuscrito de Entre a lucidez e a esperança.