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Palavras que confortam e elevam

Coletânea reúne as principais reflexões de Pema Chödrön, a monja budista com o dom de expressar de forma simples os conceitos dessa filosofia milenar

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Coletânea reúne as principais reflexões de Pema Chödrön, a monja budista com o dom de expressar de forma simples os conceitos dessa filosofia milenar

“A vida é uma boa professora e amiga. Se pudéssemos perceber, veríamos que tudo está em transição.” Pema Chödrön

O jeito despojado e a capacidade de se apresentar como uma pessoa comum que trata de suas limitações e lutas abertamente é um dos principais trunfos para a imensa popularidade de Pema Chödrön no mundo inteiro. A monja budista de 83 anos tornou-se mundialmente conhecida por sua aptidão para inspirar milhões de pessoas com sua mensagem pela paz e a habilidade de abordar sentimentos como a raiva, o ciúme e a tristeza com franqueza e profundo entendimento.

A autora de mais de uma dezena de títulos traduzidos em diversos países foi ordenada budista em 1974, quando se aproximava dos 40 anos. Discípula por mais de uma década do notório mestre de meditação Chögyam Trungpa, Pema é professora residente em Gampo Abbey (Nova Escócia, Canadá), o primeiro monastério tibetano na América do Norte, onde transmite aos alunos ocidentais os ensinamentos das práticas de meditação, cura e insights.

A recém-lançada coletânea Palavras essenciais reúne em 108 pequenos textos os principais preceitos de Pema Chödrön, que, ao introduzir conceitos complexos da filosofia milenar budista com sua escrita, ultrapassa as barreiras religiosas, alcançando leitores das mais diversas fés e origens.

Alguns dos conceitos e dos ensinamentos de Pema Chödrön:

Bodhichitta: Palavra de origem sânscrita que significa “coração nobre ou desperto” está presente em todos os seres. “Essa joia pode ser trazida para a luz a qualquer tempo e resplandecerá com todo o seu brilho, como se nada tivesse acontecido. Não importa o quanto estejamos comprometidos com a rudeza, o egoísmo ou a ganância, o autêntico coração do bodhichitta não pode ser perdido. Está bem aqui, em tudo que tem vida, intacto e completamente íntegro.”

O treinamento bodhichitta: O treinamento do bodhichitta não é uma garantia de final feliz e nem se trata de evitar a incerteza e o medo, alerta Pema, mas como podemos nos relacionar com o inevitável desconforto da vida. “Em vez disso, esse ‘eu’ que deseja encontrar segurança – que quer algo a que se agarrar – pode, finalmente, aprender a crescer.”, explica a autora.

Por que meditar?: Engana-se quem acredita que a prática da meditação proporcionará somente o bem-estar. “A meditação nos torna exatamente como somos, com nossa confusão e nossa sanidade. Essa completa aceitação de nós mesmos, como somos, é chamada de maitri, um relacionamento simples e direto com nós mesmos.”, aponta Pema Chödrön.

No começo e no fim: Ao levantar pela manhã, reflita sobre o dia à frente e busque preservar o coração e a mente abertos. No fim do dia, antes de dormir, reflita sobre suas ações. “Se cumpriu sua aspiração, mesmo que uma só vez, regozije-se com isso. Caso tenha ido de encontro à sua intenção, regozije-se por ser capaz de observar o que fez e por não estar mais vivendo na ignorância.”

Não existe felicidade permanente: Pema relata que em um de seus primeiros ensinamentos ouviu de seu instrutor: “Não sei por que vocês vieram até aqui, mas, desde já, gostaria de avisá-los que a base de todos os ensinamentos é que vocês nunca vão conseguir ter tudo completamente organizado.” A monja sentiu como se tivesse levado um tapa no rosto ou um balde de água fria. Mas esta, que foi uma de suas primeiras lições nunca foi esquecida. “Uma das coisas que nos mantêm infelizes é essa contínua busca por prazer ou segurança, por uma situação um pouco mais confortável, seja no aspecto familiar ou espiritual, ou em termos de tranquilidade mental.”,

Este post foi escrito por:

Felipe Maciel

Jornalista com 20 anos de experiência no mercado e pós-graduação em Mercado Editorial e em Tradução, trabalhou em jornais, revistas e agências de comunicação. Foi coordenador de comunicação do Sesc Rio. Desde 2010, trabalha no mercado editorial com passagens por algumas das principais editoras do país.

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