O mais simples presente | Sextante

O mais simples presente

Stefanos Xenakis

Aprendendo a observar o mundo com a alma e a encontrar beleza em todos os lugares

Aprendendo a observar o mundo com a alma e a encontrar beleza em todos os lugares

 

Fenômeno editorial na Grécia, O mais simples presente conquistou o mundo com suas lindas histórias que nos ensinam a amar e viver plenamente.

 “O livro que você tem em mãos é feito de vida. Da minha vida. Da nossa vida. De algumas histórias e muito amor.” – Stefanos Xenakis

 

 

“Acho que eu estava no quinto ano da escola, mas parece que foi ontem. Eu me lembro de ter lido que, embora a maioria das pessoas consiga enxergar, poucas observam os detalhes das coisas ao seu redor. Naquela época, não fez muito sentido para mim.

No entanto, tempos depois, entendi o que aquilo queria dizer. Aprendi a observar, a fotografar o mundo com os olhos e, acima de tudo, com a alma.

As fotografias que eu tirava eram de coisas que muitos podem considerar triviais: um pôr do sol, uma flor, um sorriso, um aceno.

Comecei a encontrar beleza em todos os lugares. Até na feiura.

Ao longo do caminho, fui compartilhando a beleza que eu encontrava. Aprendi a conectar a minha vida com a vida de outras pessoas e, ao fazer isso, descobri que nos tornávamos um só.

Foi quando percebi que esse era o verdadeiro propósito da minha vida.”  – Stefanos Xenakis

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Ficha técnica
Lançamento 21/06/2022
Título original The Simplest Gift
Tradução Rita Paschoalin
Formato 14 x 21 cm
Número de páginas 240
Peso 300 g
Acabamento Brochura
ISBN 978-65-5564-386-2
EAN 9786555643862
Preço R$ 49,90
Ficha técnica e-book
eISBN 978-65-5564-387-9
Preço R$ 29,99
Ficha técnica audiolivro
ISBN 9786555645156
Duração 05h 39min
Locutor Alex Ferreira
Lançamento 21/06/2022
Título original The Simplest Gift
Tradução Rita Paschoalin
Formato 14 x 21 cm
Número de páginas 240
Peso 300 g
Acabamento Brochura
ISBN 978-65-5564-386-2
EAN 9786555643862
Preço R$ 49,90

E-book

eISBN 978-65-5564-387-9
Preço R$ 29,99

Audiolivro

ISBN 9786555645156
Duração 05h 39min
Locutor Alex Ferreira
Preço US$ 7,99

Leia um trecho do livro

INTRODUÇÃO

 

Acho que eu estava no quinto ano da escola, mas parece que foi ontem. Eu me lembro de ter lido na apostila que, embora a maioria das pessoas consiga enxergar, poucas observam os detalhes das coisas ao seu redor. Naquela época, não fez muito sentido para mim.

No entanto, tempos depois, entendi o que aquilo queria dizer. Aprendi a observar, a fotografar o mundo com os olhos e, acima de tudo, com a alma. As fotografias que eu tirava eram de coisas que muitos podem considerar triviais: um pôr do sol, uma flor, um sorriso, um aceno. Comecei a encontrar beleza em todos os lugares. Até na feiura.

Ao longo do caminho, fui compartilhando a beleza que eu encontrava. Aprendi a conectar a minha vida com a vida de outras pessoas e, ao fazer isso, descobri que nos tornávamos um só. Foi quando percebi que esse era o verdadeiro propósito da minha vida.

Descobri que podia correr riscos, enfrentar meus medos, questionar minhas crenças e sair da zona de conforto. Aprendi a escapar do cárcere da rotina. Encontrei liberdade no dia a dia, a cada hora e a cada minuto.

Dominei a arte de manter a cabeça erguida, sorrir, expor minha verdade, dizer uma palavra gentil, pensar antes de falar e trabalhar duro para realizar meus sonhos. Percebi que nada me seria dado de bandeja e que eu precisaria batalhar constantemente pela minha vida.

Um tio muito querido costumava me dizer que a comida só dura o tempo que está na boca. Por isso, é preciso mastigá-la bem. Ao engolir, já era. Acabou. A mesma ideia se aplica à vida. Aprendi a saboreá-la como se fosse o melhor jantar preparado pela minha mãe. Aprendi a apreciar cada momento.

Vou compartilhar com você uma história que sempre me toca. Um lavrador estava cavando um buraco na terra. Em determinado momento, a picareta que ele usava bateu em alguma coisa dura e quebrou. O homem ficou furioso e se abaixou para ver o que havia destruído sua ferramenta. Era uma caixa. E dentro dela havia um tesouro.

Assim como aquele lavrador, percebi que é preciso abrir os presentes que a vida nos dá, mesmo que não gostemos da embalagem. Afinal de contas, em minha experiência, alguns dos meus melhores presentes vieram em embalagens feias. Aprendi que a vida por si só já é um presente.

Por fim, comecei a aceitar meus passos em falso e meus erros. Aprendi a respeitá-los, a amá-los e, assim, a amar a mim mesmo. Esse foi o ponto-chave para mim. Em vez de tentar cometer menos erros, eu me permiti ser livre para cometê-los. E, por causa disso, passei a errar menos.

Uma década atrás, comecei a escrever um caderno de milagres – minha lista de gratidão. No início, eu lutava para encontrar alguma coisa pela qual me sentir grato, mas depois eu não conseguia parar. Tudo que eu via era um milagre! O fato de poder falar, andar ou ter uma cama quentinha à minha espera no fim de um dia difícil. Minha percepção havia se transformado; eu passara a ver que a vida estava transbordando de beleza. Percebi que o encanto não estava no que eu via, mas em meus próprios olhos. A forma como eu encarava o mundo determinava a beleza que eu enxergava ao meu redor.

Depois disso, passei a carregar o caderno sempre comigo. Eu escrevia onde quer que estivesse: no trabalho, no trem, em casa – em qualquer lugar. Enchi linhas e mais linhas de palavras preciosas, páginas inteiras de milagres maravilhosos e também a estante de inúmeros cadernos.

E então, de repente, algo mágico aconteceu. Parei de escrever só para mim e passei a escrever para aqueles que me cercavam. Comecei a compartilhar essa energia magnífica que emanava de mim.

O livro que você tem em
mãos é feito de vida.
Da minha vida. Da nossa vida.
De algumas histórias e muito amor.

Espero que ele ajude a compartilhar a beleza que nos cerca.
Se este livro tocar apenas uma pessoa,
já terá valido a pena escrevê-lo.

TERÁ VALIDO A PENA CHEGAR ATÉ AQUI.

 

 

 

LILI

 

Fiquei surpreso. O telefone não costuma tocar às sete da manhã. Sou eu quem geralmente liga e dá bom-dia às meninas.

Era minha filha mais velha. Estava soluçando.

– Papai, a Lili morreu. Eu a encontrei morta na gaiola esta manhã.

Lili era sua coelhinha.

Ela soluça.

Fiz uma longa pausa antes de responder:

– Avra, querida, há quantos anos Lili está com a gente?

– Não muito, papai. Cinco ou seis anos.

– Ah, Avra… Esse é o tempo de vida de um coelho. – Mais soluços. – Desde a hora em que nascemos, a única certeza que temos é que, um dia, vamos morrer.

 

As coisas só começam para terminar.
E tudo só termina para recomeçar.

 

– Seis anos da vida da Lili correspondem, pelo menos, a 100 anos humanos. Ela teve filhotes, viveu uma vida feliz. Amou e foi amada. Poucas pessoas tiveram uma vida tão maravilhosa quanto a dela, meu amor.

Silêncio do lado de lá.

– Todos vamos ter um fim um dia, querida. Lili viveu mais de 100 anos humanos. Quantos anos você pretende viver? Dois, três séculos?

O início de uma risadinha…

As crianças precisam ter consciência dos fatos da vida desde cedo. Não devem ser poupadas da realidade.

Encontrei a pá do meu pai, fui buscar o corpinho da Lili, coloquei-o numa caixa e peguei as crianças na escola.

– Ei, meninas, vamos enterrar a Lili juntos?

A caçula se entusiasmou com a ideia. A mais velha hesitou um segundo ou dois e, por fim, concordou. Fomos até o nosso morro favorito, perto de casa, em Atenas, de onde é possível ver o mar se tornar um manto dourado no fim da tarde.

Achamos um lugar não muito cheio de pedras e cavei um buraco. Retirei a Lili da caixa e a embrulhei em papel de seda, como se fosse uma pequena noiva. Segurei-a com cuidado e, quando fiz menção de colocá-la na cova, minha filha mais velha protestou. Ela tomou Lili de meus braços, como uma mãe pegando o bebê no colo. Com muito zelo, desenrolou o papel de seda, aproximou a coelhinha do rosto e lhe deu um último beijinho. Depois, com delicadeza, colocou-a na cova e pôs umas folhinhas de alface ao lado dela, para que não sentisse fome.

– Feche os olhos, minha pequena Lili – choramingou. Minha filha colocou algumas flores perto da amiguinha e fechamos a cova. Depois, marcamos o lugar com duas pedras grandes, para que lembrássemos onde nossa amada Lili descansava.

E aí fomos tomar sorvete.

– Faz parte da vida, meninas. Tudo é uma coisa só. Apenas nós, humanos, separamos as coisas em “boas” e “ruins”. Chuva e sol são um; vida e morte são um; assim como o amor e o medo; o mar e a montanha; a calmaria e a tempestade. A chuva vem depois do sol; o inverno, depois do outono; e coisas ruins acontecem depois das boas. Antes, eu só gostava das coisas boas.

Hoje em dia, gosto de tudo – eu disse a elas, tentando tornar aquele momento mais leve.

Não esperava receber nenhuma resposta, porém minha caçula me deu a melhor de todas:

– ENTÃO, PAPAI, VOCÊ QUER DIZER QUE GOSTA DO QUE NÃO GOSTA?

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Stefanos Xenakis

Sobre o autor

Stefanos Xenakis

STEFANOS  XENAKIS é um empreendedor, um fenômeno das mídias sociais e um palestrante motivacional de sucesso. Considerado referência no assunto, ele reside em Atenas e se tornou um dos oradores motivacionais mais requisitados da atualidade.

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