Descubra sugestões para presentear a pessoa amada. As dicas estão divididas por categorias: namorados empreendedores, emotivos, contestadores e contemplativos. A data é só uma desculpa. Isso aqui vale para o ano todo.
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim, claro que sim, mas também um livrinho de presente, por que não? Essa combinação, dizem as boas línguas, é a melhor maneira de acabar com esse negócio de um viver sem o outro. Livros juntam. O Dia dos Namorados está aí para isso também, reforçar laços. Embora oficialmente comemorado dia 12 de junho, a data lembra o que não se deve esquecer em qualquer dia que seja. Sem mais delongas, confira a listinha que separamos com dicas do acervo da Sextante.
Namorados Emotivos
Se seu par é fisgado por relatos de apelo emocional, há algumas pedidas certeiras por aqui. Em comum, o desdobrar de histórias contadas a partir de lições de vida edificantes. “A bailarina de Auschwitz”, livro escrito por Edith Eva Eger, é um desses exemplos. Sobrevivente do Holocausto, Eger recupera a história da família e narra sua chegada a Auschwitz, o principal campo de concentração nazista. Num dos trechos mais impactantes, ela recorda um lance que definiu sua vida: o dia que Dr. Mengele, carrasco conhecido como o Anjo da Morte, ordenou que ela dançasse para ele ao som de “Danúbio azul”.
Outra leitura sensível é a de “A morte é um dia que vale a pena viver”. Médica que cuida de pessoas em processo de morrer, Ana Claudia Quintana Arantes defende – e pratica – uma medicina mais humanizada e acolhedora, base de um princípio guiado pelo bem-estar do paciente conhecido como Cuidados Paliativos. Ao falar sobre a inevitável despedida, Ana Claudia lembra da preciosidade da vida e nos faz pensar em como podemos usar o tempo que ainda temos (e nunca sabemos quanto tempo é) a nosso favor.
Para encerrar o trio-emoção, lembro de “A próxima pessoa que você encontra no céu”. Basta dizer que o autor é Mitch Albom, responsável por sucessos como “A última grande lição”. Para quem ainda não fez a associação, um aviso: o novo título é a sequência de “As cinco pessoas que você encontra no céu” e acompanha o que aconteceu com o mecânico Eddie e com Anne, a garotinha pela qual ele sacrificou a vida. Leia com lencinhos como companhia.
Namorados Contestadores
A rebeldia é bem-vinda. Com conhecimento de causa, então: opa, senta aí que meu coração é seu e não se fala mais nisso. Se pensa (mais ou menos) assim, vá de Jessé de Souza, autor de “A elite do atraso” e “A classe média no espelho”. No primeiro, o sociólogo mostra como a escravidão é ponto central na necessária discussão sobre a desigualdade no país. Tendo isso mente, ele reconstrói a história até os dias atuais, contemplando o Brasil com Bolsonaro e Lava-jato. No segundo, uma provocação à classe média, Souza discute, entre outras coisas, a noção de privilégio. Atual. É para causar.
Já “Uma simples revolução” traz a sabedoria além-mar do também sociólogo, mas italiano, Domenico De Masi. Ele ficou conhecido mundialmente por cunhar o termo “ócio criativo” e esteve recentemente no Brasil para divulgar o novo livro. Nele, De Masi aponta como valores muitas vezes ignorados numa sociedade pós-industrial são, na verdade, os grandes motores da vida simples. Ele está falando de amizade, lazer, amor e satisfação.
Por falar nisso, “Utopia para realistas” nos faz desejar um futuro com mais sabedoria e sossego. Imagine jornadas de trabalho de 15 horas semanais!? Pois é, essa é uma das defesas do historiador holandês Rutger Bregman. Ele lembra que, apesar de todos os percalços, hoje vivemos mais e melhor que nossos ancestrais. Uma fagulha de esperança. Mas dá para melhorar.
Namorados Empreendedores
Esse assunto abastece estantes e estantes da editora, então fica até difícil pinçar algo. Mas estamos aqui para isso, né? Se a namorada ou o namorado não perde a chance de se atualizar sobre gestão e mundo empresarial, um bom presente são os livros da coleção 10 Leituras Essenciais, da Harvard Business Review. Para começo de conversa, é bom porque você não precisa fingir que estudou em Harvard para ter acesso ao conteúdo que traz o selo de qualidade de uma das instituições mais prestigiadas do mundo. Além disso, as publicações são compostas por artigos muito informativos e que vão direto ao ponto, focando nos tópicos mais importantes de cada tema abordado.
Outra dica certeira é “Me poupe!”. Se o casal está fazendo malabarismo para juntar dinheiro, eis aqui um tiro certo. Esqueça a Betina (alguém ainda lembra dela?) e foque em Nathalia Arcuri, jornalista e dona de um canal de finanças que bomba no YouTube. O livro é um desses títulos-coqueluche da Sextante que, mesmo tendo sido lançado no começo do ano passado, ainda não perdeu a força. Afinal, perder dinheiro ninguém quer, né? Poupem juntos e garantam, entre outras coisas, um jantarzinho a dois.
E, como não poderia deixar de ser, há o onipresente Gustavo Cerbasi. Ele destrinchou o assunto em diversos livros, mas tendo o Dia dos Namorados como alvo, lembramos do “Casais inteligentes enriquecem juntos”. Precisa dizer mais?
Namorados Contemplativos
Ao contrário do que exige esse mundo superconectado, viver não é correr, num ir e vir sem fim. Viver também é contemplar, usufruir o momento – vagarosamente, se possível -, olhar mais para si e, assim, olhar melhor o mundo ao redor. Para quem essas frases fazem sentido, livros que abordam o poder da meditação e de práticas voltadas à vida interior são ótimas pedidas. Fique de olho em “A magia do silêncio”, da monja francesa Kankyo Tannier. Ou, quem sabe, “Mindfulness para uma vida melhor”, de Eduardo Elias Farah, caso o par tenha interesse em conhecer a atenção plena, cada vez mais difundida.
Os que estão buscando um livro de cabeceira para ler com calma vão se sentir representados com a escrita deliciosa de Ruth Manus, cujas crônicas foram reunidas em “Um dia ainda vamos rir de tudo isso”. Se apreciar a beleza das imagens emociona seu namorado ou namorada, o “Tudo sobre fotografia” certamente vai agradar. O livro de Juliet Hacking reúne algumas das imagens mais icônicas da história e traça um panorama da arte. É um presente que deixa qualquer um bem na foto, né?