INTRODUÇÃO
Imagine estar ao lado do ser amado sem nenhuma negativi-
dade. Imagine um relacionamento harmonioso e afetuoso, construído com base em amabilidade, valorização, elogios, afeto, apoio, honestidade, ternura e atenção. Imagine vivenciar todos os dias estas qualidades tão plenas.
A chave para um casamento feliz é a qualidade dos hábitos que vocês compartilham. Hábitos saudáveis e positivos criam um casamento extraordinariamente feliz. Hábitos negativos geram uma insatisfação crônica.
A boa notícia é que os hábitos saudáveis podem ser aprendidos. Este livro irá ajudá-lo a aprender e integrar esses hábitos à sua vida diária. Você pode ler os capítulos do começo ao fim, ou pode apenas escolher um hábito de cada vez, de qualquer seção que mais o interesse. As quatro partes deste livro são:
Parte I – Os fundamentos – oferece uma base profunda de elementos essenciais para entender o amor extraordinário e a natureza dos hábitos.
Parte II – Hábitos que criam conexão – oferece dois capítulos com hábitos úteis no dia a dia, para ajudar o casal a se conectar emocional e fisicamente.
Parte III – Hábitos que criam comunicação – oferece dois capítulos com hábitos para auxiliar vocês a conversarem um com o outro quando saírem juntos ou quando estiverem vivenciando conflitos (que, aliás, são inevitáveis).
Parte IV – Hábitos que criam intimidade – oferece três capítulos com hábitos que enfocam os sentidos, o coração e o espírito como portões que levam o relacionamento a uma nova dimensão, mais profunda e, ao mesmo tempo, mais elevada.
Nós sabemos que estes hábitos funcionam porque são baseados em técnicas inovadoras de orientação matrimonial, ciência da atenção plena, medicina energética, psicologia positiva, neurociência, teoria do apego, princípios espirituais e bom senso.
Cada um dos 75 hábitos é ativado por um “gatilho” comum em sua vida, como a hora do jantar ou o momento em que vocês estiverem vendo TV juntos. Você irá descobrir que os hábitos quase não demandam tempo para serem absorvidos e transformados em um estilo de vida. Adotar somente alguns também pode ser de grande valor para seu casamento.
Cada hábito é ilustrado com uma história. Muitas delas são combinações baseadas nos meus 25 anos de experiência clínica. Os nomes dos clientes e as características que pudessem identificá-los foram modificados para proteger sua privacidade.
Este livro foi escrito quase totalmente na primeira pessoa, mas ele é fruto de colaboração mútua. Daniel não apenas atuou como um editor e colaborador atento como também desenvolveu, testou e continua a viver os hábitos comigo. Esta obra não poderia ter sido realizada sem essa parceria.
Daniel e eu tivemos a sorte de experimentar um amor muito rico e curativo. Nosso casamento nos supre e nos enriquece de forma recíproca. Entretanto, sabemos que não podemos nos descuidar de nossa relação. Até mesmo o amor mais extraordinário perde a força se for crivado de hábitos de negligência ou abuso. Nosso casamento tem a força dos hábitos de felicidade que cultivamos todos os dias.
Se você almeja uma conexão mais profunda com seu parceiro – se anseia por mais intimidade no dia a dia –, estes hábitos são para você. Leia. Aprenda. Pratique. Você merece ser feliz em seu casamento. E, com as ferramentas aqui apresentadas, você pode ser.
Ashley Davis Bush
PARTE I
OS FUNDAMENTOS
Se alguém lhe pedir que defina o que constitui um casamento feliz, talvez você tenha alguma dificuldade no primeiro momento. Muitas vezes, é mais fácil reconhecer um casamento feliz do que explicar em que ele consiste. Todos nós conhecemos casais que têm um relacionamento bem-sucedido. E provavelmente conhecemos casamentos que atravessam uma crise atrás da outra, ou que ficam estagnados em uma parceria sombria onde não há paixão e muito menos amor.
Mas o que queremos dizer, de verdade, quando afirmamos que duas pessoas têm um casamento feliz?
Certamente não estamos nos referindo ao fato de viverem juntas há muito tempo. (Uma cliente certa vez me disse que estava contente com a morte do marido, com quem fora casada por 53 anos, uma vez que passara o último meio século sentindo-se infeliz.) Um casamento longo não significa um casamento feliz. Entretanto, nós quase sempre supomos que sejam sinônimos. Bodas de prata, bodas de ouro – em geral, consideramos essas datas especiais como grandes feitos, raras conquistas em uma sociedade repleta de casamentos fracassados. Mas a verdade é que um casamento longo é apenas isso – longo. Só significa que duas pessoas estiveram legalmente unidas por muitos anos – talvez felizes, talvez infelizes, ou talvez ambos.
Um casamento feliz, porém, possui certa efervescência, além de uma qualidade de santuário emocional que faz do mundo um lugar melhor.
Esta seção analisa os fundamentos do que cria uma união feliz (Capítulo 1) e os hábitos necessários para manter essa felicidade (Capítulo 2).
CAPÍTULO 1
Amor extraordinário
Ah, eu amo casamentos. Grandes ou pequenos, luxuosos ou simples – todos são repletos de esperança e de promessas de amor. Encontrar alguém e assumir o compromisso de juntar suas vidas é algo impressionante!
Durante os primeiros estágios de um relacionamento, você se sente inebriado pela intimidade. Você pensa incessantemente no ser amado e mal pode esperar para ver se ele telefonou, mandou um e-mail ou uma mensagem de texto. Você fantasia sobre ele ou ela durante o dia, e passam as noites e os fins de semana juntos porque não existe outro lugar onde gostariam de estar. É como se uma bolha protetora tivesse se formado ao seu redor, em um mundo reservado, de muito amor. Vocês habitam com naturalidade essa bolha. Concentrar-se no ser amado é algo tão natural e espontâneo que você nem se dá conta do que está fazendo.
Todos os casais têm a sua história sobre “como se apaixonaram”, uma época em que o relacionamento era recente e excitante. Quando um casal me procura em busca de aconselhamento, embora ambos estejam ansiosos para me contar tudo o que está acontecendo na relação (ou tudo o que está errado com seu cônjuge), tenho um interesse especial em saber como foi o namoro dos dois. O que os atraiu? Como se comportavam quando estavam se apaixonando? Eles seriam capazes de me contar a história de seus primeiros tempos juntos com um brilho nos olhos?
Daniel e eu nos conhecemos na Cidade das Esmeraldas, na Terra de Oz; foi literalmente “mágico”. Eu era Glinda, a Bruxa Boa do Norte, e ele fazia parte da equipe de técnicos de uma produção amadora de O mágico de Oz. Jamais me esquecerei de quando coloquei os olhos sobre meu marido pela primeira vez. Ele estava acima do palco, inclinando-se sobre um buraco de 9 metros, olhando para baixo. Eu estava sentada na primeira fila do teatro quando olhei para cima e nossos olhos se encontraram. Ele abriu um sorriso enorme, como o do gato de Cheshire do livro Alice no país das maravilhas. Acho que enrubesci. “Por que ele está sorrindo?”, pensei. Aquele sorriso era o prenúncio do grande amor que estava prestes a ser descoberto.
JUNTOS E FELIZES
Mas, como acontece a todos os casais, a euforia dos estágios iniciais da paixão, alimentada por uma constante dose de hormônios do prazer (oxitocina e dopamina), foi diminuindo aos poucos (em geral, após um período de 6 meses a 2 anos). O que acontece quando o amor enfrenta a vida real? Vocês ficam condenados a uma versão gasta e pálida daquele brilho inicial?
Muitas pessoas vivem como se isto fosse uma verdade absoluta. De fato, eu me arrisco a dizer que a maioria das pessoas em relacionamentos monogâmicos (sejam velhas, jovens, sem filhos, com filhos, casadas mais de uma vez, homossexuais ou heterossexuais) vive em variados graus de infelicidade.
Existe o casal mal-humorado e o que não faz sexo, o casal no qual cada um leva uma vida paralela e o que se mantém junto em um silencioso desespero. Existem casais presos em um padrão de disfunção e outros que acabam se resignando a viver como colegas de quarto.
Talvez uma de minhas clientes tenha feito o melhor resumo dessa situação quando pedi a ela que descrevesse seu relacionamento com o marido.
– É o que é – afirmou, sem a mínima emoção.
– Você se sente feliz no casamento? – insisti.
Ela respondeu, sem rodeios:
– Casamentos felizes são um mito, um conto de fadas. Aprendi isso há muito tempo.
Essa era a experiência de vida dela. Mas não tem que ser a sua. Na verdade, Daniel e eu decidimos escrever este livro porque sentimos, profundamente, que a maioria dos casais pode ser mais feliz do que é.
O amor não precisa diminuir depois que a dopamina escasseia. O amor é como um bom vinho tinto: ele melhora – quer dizer, tem o potencial de melhorar – com o passar do tempo. Isso acontece porque duas pessoas têm a oportunidade de crescer juntas, curar uma à outra e acordar para a vida de uma maneira diferente.
Isto pode soar um tanto otimista – e é mesmo. Entretanto, duas pessoas que se amam criam uma energia entre elas que se torna maior do que a soma de suas partes. O “você” e o “eu” iniciais transformam-se em “nós”. Essa terceira entidade, o relacionamento amoroso, se bem cuidado, pode levar à felicidade abundante.
As pessoas que formam casais felizes são mais saudáveis e vivem mais. Elas riem mais. Vivem uma vida mais agradável e profunda, e seu amor transborda para o mundo. Nós descobrimos essa enriquecedora maneira de viver e queremos que você também a descubra.
OS TRÊS COMPONENTES DO AMOR
Pode ser difícil definir o amor, mas há três componentes que são essenciais para que ele se torne extraordinário: conexão, comunicação e intimidade.
1. Conexão – é a capacidade de sentirem-se próximos, estarem ligados, unidos em sua abordagem da vida; possuírem interesses e valores em comum; se preocuparem com as necessidades do ser amado assim como com as próprias; colaboração e compromisso.
2. Comunicação – quando o casal é capaz de conversar livremente, de ser honesto um com o outro, de partilhar sentimentos; de ouvir e ser ouvido, entender e ser entendido; de demonstrar respeito e consideração mútuos.
3. Intimidade – é poder estar “nu” (física, emocional e espiritualmente) ao lado do outro; compartilhar suas vulnerabilidades, sem máscaras; ter transparência sobre quem realmente são e se aceitarem dessa maneira; ter autenticidade e franqueza; sentir segurança e confiança.
Cada um destes componentes é um fator essencial de sua nova parceria quando vocês estão se apaixonando, e eles podem, na verdade, ficar cada vez mais fortes com o passar do tempo. À medida que o tempo passa, casais bem-sucedidos fazem de tais componentes as bases sólidas de um casamento feliz.
HORA DE MUDAR A SITUAÇÃO
Mas digamos que essas qualidades não venham se aprofundando em vocês através dos anos. Talvez as tramas da conexão, comunicação e intimidade que vocês teceram durante o namoro tenham se desfeito. Talvez os fios estejam frágeis e o tecido, desgastado.
Chegou a hora de fazer um balanço e mudar essa situação – antes que seja tarde demais. Daniel e eu sabemos que os relacionamentos se desgastam. Em nossos primeiros casamentos (cada um de nós foi casado por 17 anos), nós havíamos permitido que conexão, comunicação e intimidade se desintegrassem. No meu caso, eu me ressentia da crescente distância entre mim e meu primeiro marido, mas minhas tentativas de reaproximação vieram sob a forma de reclamações e ataques. Eu atribuía à nossa vida repleta de afazeres o distanciamento que crescia entre nós. “Um dia isso vai melhorar”, pensava. Mas esse dia jamais chegou. Em algum momento, perdi a motivação até para tentar.
SEXO, DINHEIRO E FILHOS
O que causa o estresse e a tensão que, se não forem resolvidos, podem destruir um casamento? A maioria dos pesquisadores concorda que são três as maiores fontes de tensão entre casais.
1. Sexo – Algumas vezes, há muito pouco; algumas vezes, há demais. Algumas vezes, os parceiros não estão alinhados aos interesses e necessidades sexuais um do outro. E algumas vezes é apenas um enorme elefante sentado na sala de estar do relacionamento, esperando que alguém perceba a sua presença.
2. Dinheiro – O dinheiro – ou a falta dele – coloca uma pressão maior sobre os cônjuges. Quando você está preocupado com dinheiro, isso se revela em outras partes do relacionamento. Em geral, essa preocupação encontra a parte mais fraca da relação e a golpeia até quebrá-la.
3. Filhos – Como falaremos mais adiante, ter filhos é algo mágico. E é também difícil. Vocês precisam tomar incontáveis decisões importantes sobre como educá-los. É natural que os casais briguem a esse respeito.
A vida no século XXI apresenta inúmeras demandas para um casal. Dar atenção ao relacionamento fica aguardando na fila de afazeres, atrás de exigências de trabalho, filhos, passatempos, tarefas e obrigações. É como se houvesse uma conspiração na vida moderna para tirar a prioridade do relacionamento a dois. As exigências da vida, as superficialidades que formam o nosso dia a dia, estão por toda parte. Pagar contas, chegar ao trabalho na hora certa, responder a e-mails, retornar telefonemas, assinar o bilhete enviado pela professora, aparar a grama, limpar a casa, ir ao supermercado, consertar o carro, alimentar os gatos, preparar refeições, passar fio dental nos dentes – é preciso continuar?
E então há os aparelhos que, com mais frequência do que imaginamos, desviam a nossa atenção daqueles que amamos: celulares, laptops, notebooks, netbooks, tablets, iPods. A cada ano, mais distrações aparecem no mercado.
Enquanto isso, as pessoas são altamente valorizadas quando trabalham em excesso. Foram criados horários após as aulas para as crianças cujos pais trabalham até mais tarde, caronas solidárias dos vizinhos e bônus anuais pela dedicação profissional. Mas são poucos os amigos, chefes ou colegas que dizem “Não se preocupe, eu tomo conta dos seus filhos. Concentre-se em seu relacionamento”.
Nosso foco implacável em carreira, família, filhos e passatempos e o ritmo intransigente da vida moderna corroem o tecido básico da intimidade. A “bolha de casal” deixa de ser um santuário.
Embora no início do relacionamento a bolha de casal seja valorizada e protegida, para muitos ela estoura em algum ponto do caminho. O “nós” essencial se torna vulnerável às incontáveis ocupações do dia a dia.
PADRÕES DE DESTRUIÇÃO
Como se a vida moderna já não fosse suficiente para desafiar o relacionamento romântico, à medida que o tempo passa os casais se esquecem de trazer o melhor de si para a relação. Os namorados, que antes demonstravam tanta paixão, vão deixando de valorizar um ao outro e, finalmente, acabam por ignorar-se. A menor quantidade de tempo juntos alia-se à má qualidade do tempo em que estão realmente um ao lado do outro, criando um sentimento de desconexão.
Os casais anseiam por sentir-se intimamente conectados, mas, quando os indivíduos não têm uma intimidade verdadeira, eles se sentem frustrados. Como consequência, começam a fazer uso de críticas, acusações e insultos. Eles se fecham em silêncios mal-humorados e param de ouvir um ao outro. Quando se veem presos a esses padrões de interação negativa, seu desespero só faz aumentar.
Até que um ou ambos os parceiros procuram ter suas necessidades de intimidade atendidas fora do casamento. As saídas típicas para essas situações são os casos extraconjugais, a ambição desmedida, o envolvimento excessivo na vida dos filhos, a obsessão por algum tipo de passatempo.
Ser infeliz e sozinho dentro de um relacionamento é algo extremamente doloroso. Sentir-se desimportante para o parceiro ativa um pânico primal. Quer se sofra por ser ignorado, quer por ter sido ofendido verbalmente, a dor da rejeição atinge o cerne da alma.
DOIS LADOS DA MESMA MOEDA
Meu trabalho me proporciona uma perspectiva interessante. Como terapeuta de casais, tenho contato com pessoas muito angustiadas, que se sentem infelizes em seu relacionamento e que anseiam pelo amor. Enquanto isso, como conselheira de indivíduos que passaram por alguma perda, testemunho a enorme tristeza de enlutados que eram extremamente felizes em seus relacionamentos e agora choram pela ausência de seu grande amor.
Meu trabalho com enlutados por mais de 25 anos me trouxe um ponto de vista singular. Já ouvi inúmeras histórias de perdas que dilaceram o coração: a viúva em estado de choque, cujo marido de 36 anos morreu de repente no trabalho, deixando-a sozinha para criar três filhos de menos de 5 anos de idade; a mulher cujo marido morreu enquanto dormia duas semanas antes da esperada aposentadoria de ambos; o viúvo inconsolável que nunca poderia se imaginar sobrevivendo à amada esposa com quem viveu por 45 anos e que perdeu a batalha contra o câncer.
Nunca é fácil perder o ser amado, não importa se o casal está junto há 2 ou 20 anos. Quando você se vê no enterro dele ou dela, só consegue pensar em como gostaria que tivessem tido pelo menos um pouquinho mais de tempo juntos. Tudo o que você deseja é mais um abraço, mais um beijo, mais uma noite ao lado do seu amor.
A lição da perda é clara: vocês precisam se dedicar aos hábitos de amor todos os dias, pois cada dia pode se o último.
NA SAÚDE E NA DOENÇA
É claro que uma coisa é saber racionalmente quanto a vida é valiosa e outra é reconhecer esse valor no fundo do coração – sentir na alma. Passar bem pertinho da mortalidade é algo que ressalta o que é realmente importante na vida.
Tínhamos alguns anos de casados quando Daniel foi diagnosticado com câncer de cólon. Eu me lembro de ter ouvido as palavras “a biópsia mostrou que é câncer”. Dan estava fazendo um treinamento como consultor de saúde mental. Estávamos no meio dos ensaios de uma peça teatral comunitária, Um violinista no telhado. Estávamos começando a trabalhar neste livro. Estávamos no meio da vida; como uma coisa dessas podia acontecer?
Todos os nossos planos foram engavetados enquanto lidávamos com um novo mundo de consultas médicas, exames, cirurgias, recuperação e, mais tarde, quimioterapia. Eu observava meu marido, um homem simplesmente lindo, lutar pela vida e tornar-se cada vez mais frágil e abatido.
Antes deste diagnóstico, ele era um homem forte, de 1,95 metro e 104 quilos. Perto da nona sessão de quimioterapia, era uma sombra de si mesmo, tendo perdido cerca de 23 quilos. E nos dias ruins (que eram muitos) ele mal podia levantar a cabeça do travesseiro. Meu super-homem, cheio de energia e iniciativa, não estava mais ali.
Senti enorme afinidade com os milhares de homens e mulheres que assistem a seus entes queridos declinarem em corpo e mente devido aos efeitos de câncer, mal de Alzheimer e outras doenças graves. E eu tive sorte, porque ele se recuperou.
Mesmo assim, tive uma visão. A partir daquele momento, comecei a ter uma lembrança constante de que nossas vidas terão fim cedo ou tarde. Não há tempo a perder.
ALINHAMENTO DAS ESTRELAS
De todos os bilhões de indivíduos deste planeta, você e seu cônjuge cruzaram o caminho um do outro em determinado momento de suas vidas. As estrelas se alinharam no universo e vocês se encontraram. Vocês se conheceram, se apaixonaram e tomaram a decisão de ficar juntos. Por algum motivo, com algum propósito, suas vidas estão ligadas.
O amor extraordinário não significa que todo dia é uma lua de mel. Por certo haverá um declínio de proximidade e até fluxos de distanciamento em seus múltiplos casamentos dentro do casamento. Cada etapa da vida a dois – ter um filho, perder um dos pais, doenças, o ninho vazio com a saída dos filhos, a aposentadoria – levará vocês a reavaliarem o relacionamento e a se reagruparem como um casal.
Mas, se vocês fizerem com que o curso de seu relacionamento seja uma profunda, crescente e inebriante união de almas, sua vida será inacreditavelmente rica. Considerem um presente oferecido ao outro o esforço para fazer com que o relacionamento seja o mais vibrante possível… hoje e em todos os dias de suas vidas.